RESUMO

Este artigo pretende tratar da origem da literatura, suas funções através do tempo, obras e autores relevantes mostrando como é primordial o papel da literatura infantil no processo de aprendizagem. Ele nos mostra como o homem usou a oralidade para transmitir sua herança cultural e as transformações ocorridas ao longo da história. Assim, a partir da oralidade a literatura surge, meio timidamente e mais tarde com a valorização da criança como um ser social, nasce a literatura infantil tão importante, transformadora e mágica como conhecemos atualmente.  

PALAVRAS CHAVE: História, Criança, Literatura, Infantil. 

A literatura surgiu com a tradição oral. Suas fontes são o folclore popular.  Mitos, narrativas, lendas que faziam parte dos acontecimentos de rotina e do imaginário popular eram contados com o intuito de preservação da herança cultural. É fato que o homem é o próprio criador da literatura porque buscava na ficção e ou na realidade transmitir ideias e acontecimentos.

Mais tarde com a valorização social da criança, essas narrativas passaram a ser contadas com o intuito formativo. As crianças eram vistas como um adulto em miniatura, projetos de adultos que deveriam ser moldados de acordo com as normas de conduta da sociedade. Não havia nenhuma preocupação com as capacidades e os anseios próprios da infância. A literatura surgiu com fins moralizadores e as fábulas contadas falavam de corvos, raposas, bois, cães, lobos e cordeiros. São desse período as primeiras fábulas com animais representando virtudes e defeitos humanos. A mais antiga coletânea vem do Oriente, com o nome de Calila e Dimma. São 14 livros, provavelmente escrito por um fabulista indiano de nome Bidpai ou Pilpay, essas obras foram traduzidas em diversos idiomas e acabaram exercendo influência sobre a literatura ocidental.

Dessa tradição vêm umas das fábulas mais conhecida, Esopo, um escravo grego que tornou conhecido por contar fábulas dando vida aos animais, como se fossem humanos com finalidade moral explícita.

Ainda na Idade Média surgiram os primeiros livros considerados de literatura infantil, foram os catecismos, criados pelos padres jesuítas para pregar o cristianismo às crianças.

É importante citar Charles Perrault e suas obras: A Bela Adormecida, A Gata Borralheira, Chapeuzinho Vermelho, O pequeno Polegar, A pele de asno. Os famosos Irmãos Grimm que criaram: A Branca de Neve e os sete anões, João e Maria e os Músicos de Bremen e o dinamarquês, Hans Christian Andersen que escreveu: O patinho feio e o Soldadinho de chumbo. A partir dessas histórias o universo infantil conheceu admiráveis escritores que tornaram a literatura infantil mais poética, com uma preocupação social e com uma visão sem preconceitos.

Os contos de fadas facilitam o uso do lúdico junto ao cognitivo; contribuindo, intensamente para o desenvolvimento da psique infantil, "A criança serve-se do real, justamente, para penetrar em sua fantasia" (JESUALDO, 1978, p.25) e assim viver seu lúdico, e aprender a conhecer os signos e significados do mundo que lhe cerca. Ela aprende a todo o momento, a cada segundo, assimilando assim, todos os mecanismos para agir.

A criança aprende o tempo todo e precisa ter como aliada a imaginação, segundo Vygotsky (1992, p.128) a imaginação é um momento totalmente necessário, inseparável do pensamento idealista.

A Literatura Infantil Brasileira surgiu muito depois do inicio da europeia. Com a implantação da Imprensa Régia, em 1808, começaram a serem publicados livros infantis no Brasil. Mas essas publicações eram esporádicas, mas a partir dessa data os livros infantis deixaram de ser objetos tão raros no Brasil. A Proclamação da República também acelerou o processo de expansão de mercado do livro didático.

Monteiro Lobato merece destaque porque entre os escritores brasileiros foi quem trouxe para a literatura infantil uma expressão linguística que tinham como referencial o povo brasileiro com seus costumes e tradições. Através de seus livros empenhou-se em trazer para seus leitores um nacionalismo, através de seus personagens que refletiam a brasilidade na linguagem, nos comportamentos, na afetividade e na relação com a natureza. 


CONCLUSÃO 

Acredito que literatura infantil tem como ideal fazer com as crianças unam o entretenimento e a instrução ao prazer da leitura. Portanto, a literatura vem educar a sensibilidade, reunindo a beleza das palavras e das imagens. A criança pode desenvolver suas capacidades de emoção, admiração, compreensão do ser humano e do mundo; enriquecendo suas experiências escolares, cidadãs e pessoais.

Como professora na educação infantil, tenho presenciado muitos momentos de magia e encantamento, quando conto histórias e vejo o brilho nos olhos das crianças. Penso que essa experiência seja a mais gratificante que no ocorre no processo de ensino – aprendizagem, justamento porque transcende o lugar e o momento do fato e reflete na vida do aluno que, naquele momento, foi contagiado pela magia da leitura e esta se tornando um leitor. Quando a leitura passa a ser parte da vida acontecerá uma busca incessante pelo conhecimento e isso é transformador.

 

REFERENCIAS

JESUALDO. A Literatura Infantil. São Paulo: Cultrix, 1976.

VYGOTSKY, L. S. O desenvolvimento Psicológico na Infância. São Paulo: Martins Fontes, 1992.