Itamar Dias   

Resumo 

Este Artigo foi produzido com base em leitura bibliográfica o texto trata do processo histórico da educação, na formação do ser humano, um processo que ocorre no decorrer da sua existência e em diferentes espaços formais e não formais. Tem também como ponto discorrer sobre a História como disciplina que foi organizada na perspectiva pragmática da formação do cidadão.

Palavras Chaves: História, educação, brasileira.

INTRODUÇÃO

De antemão fique evidente que esse posicionamento crítico foi construído ao analisarmos o texto, em alguns aspectos discordando ou concordando com ele, de acordo com nossa própria concepção crítica, levando também em consideração a opinião de outros autores, estudiosos nesta área, para uma formação de um posicionamento coerente com outras linhas de pensamento.

A história da educação 

Quando analisamos o papel histórico da educação, é perceptivo que a educação escolar sempre esteve atrelada às exigências de uma sociedade histórica, cujas camadas dominantes lhe determinam as tarefas. Logo vincula-se a educação a função diretamente requeridas pelas facções dominantes do processo econômico e social. Concordo, quando LUZURIAGA, 1983, afirma dizendo que embora não havia uma educação em forma de escola, e o conhecimento era passado de oral, sem contudo, perder sua objetividade, formar pessoas para o convívio em grupo. É sabido que nos tempos primitivo, quando não existia a escrita, a educação é ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. Nesse sentido falar de práticas ou manifestações educacionais verificadas na antiguidade é falar dos gregos. A Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia.

As famílias gregas mais abastadas e consequentemente mais poderosas entregavam seus filhos a tutores ou ao paidagogos, aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola que por sua vez eram responsáveis pelo ensino da oratória, do cálculo, da filosofia, da poesia. Enquanto as meninas recebiam educação apenas de suas mães, e aprendiam somente as lições do lar, para que se tornassem boas esposas e boas mães. Penso que o autor deveria ter abordado sobre o advento das polis, pois, com o seu advento, começaram a aparecer as primeiras escolas, visando atender a demanda educacional. As explicações que por sua vez eram predominantemente religiosas foram substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana e não mais divina. Vale salientar é a partir daí que surge a necessidade de elaborar teoricamente o ideal da formação, não do herói, submetido ao destino, mas do cidadão.

No que diz respeito a educação em Roma, vamos encontrar muitos pontos de convergência e de divergência com o ideal educacional dos gregos. De acordo com Lorenzo Luzuriaga (1983), a cultura e a educação romanas destacavam-se pelo apego aos seguintes princípios tais como: 1-Necessidade do estudo individual, psicológico do aluno; 2-Consideração da vida familial, sobretudo, do pai no exercício da educação; 3- Humanos: valorização da ação, da vontade, sobre a reflexão e a contemplação.  Penso que autor deveria ter falado além do ideal romano a visão que os romanos tinham em relação a educação. Pois, eles, os romanos visavam a universalização da cultura, da língua latina e do direito para alcançar esse objetivo eles utilizavam-se das escolas. Mas, vale lembrar que o principal meio de educação Romana era a família do tipo patriarcal, onde o educador era o pai, que por sua vez na sociedade familiar romana, desempenha o papel de Senhor e de Sacerdote isto é, pater-família que exercia a máxima autoridade. Contudo, a mãe também tinha um papel relevante, especialmente no diz respeito aos primeiros anos vida do filho, pois ela ensinava o respeito ao próximo. A educação romana, assim como as demais educações da antiguidade se apresenta de forma aristocrática onde a elite é a maior favorecida em termos de desenvolvimento intelectual e vale lembrar que o modelo de estruturação educacional romana vigora até a atualidade com a divisão do ensino em elementar, médio e superior.

Já na Idade Média, o processo de educação era de responsabilidade da Igreja. Portanto existiam nesse período escolas que funcionavam anexas às catedrais, as chamadas escolas monásticas que por sua vez funcionavam nos mosteiros. Vale destacar que nesse contexto, a Igreja assumiu a tarefa de disseminar a educação e a cultura aos medievos. Dessa forma havia um monopólio da cultura e do pensamento por parte da Igreja Católica, sendo assim, a educação teve grande influência religiosa. Eram os integrantes da Igreja que estabeleciam o que deveria ser estudado, os conteúdos e os objetivos da educação. As escolas eram, portanto, associadas às instituições religiosas católicas. De acordo com (AGUIAR,2016) as aulas eram interessantes quando ocorria debates entre mestres e alunos. Para a autora esse método de debate foi muito explorado por São Tomás de Aquino.

A metodologia de ensino baseava-se na leitura de textos e na exposição de ideias feitas pelos professores. As aulas muitas vezes eram animadas quando os debates entre mestres e alunos eram travados em público, discutiam sobre um tema determinado, essas aulas foram denominadas de scholastica disputattio. Esse processo de estudo foi muito usado por São Tomás De Aquino e foi chamado de escolástica. (AGUIAR,2016) 

Em suma a igreja influenciou muito no comportamento das pessoas, em seu modo de agir, pensar, na psicologia como um todo.Com a transição da Idade Média para a Idade Moderna, a educação passou a ser vista como um processo que molda e transforma as pessoas, passou a ter a concepção de educar que conhecemos hoje.

Educação brasileira

Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É sabido que é através da aquisição e produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida dos indivíduos. Não pode negar o Brasil avançou muito neste campo nesta últimas décadas. Porém, ainda há muito por fazer. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. De acordo com (BRUINI,2016). As mudanças mais profundas só ocorrerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.

Para facilitar essa criação de uma consciência crítica, faz-se necessário que observemos e analisemos como se deu esses fatores, utilizando assim como base de estudo os textos a nós destinados. Primeiramente como ordem metodológica, analisar a definição dada pela autora dos conceitos estabelecidos para situar os problemas relativos à educação num contexto mais amplo, a interligação desses conceitos para melhor compreender o nosso sistema educacional e sua evolução, o controle político do sistema, a correlação dos fatores para análise dessa evolução e também ao fato da educação sempre ter atentado aos interesses do processo de desenvolvimento econômico.

Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. A educação brasileira, que em outros contextos históricos era muito mais precária, hoje apresenta avanços significativos no que diz respeito a fatores como infraestrutura, formação de professores, material didático, inovações tecnológicas, entre outros aspectos que deveriam favorecer a aprendizagem. Mas, apesar dos investimentos e incentivos, os dados de aprendizagem obtidos através de avaliações como o SAEB SPAECE, ENEM, entre outros, apontam resultados que não condizem com os esforços governamentais e os investimentos feitos nesta área. O ensino ofertado em nossas escolas públicas não tem conseguido dar conta dos aspectos mais básicos e primordiais da aprendizagem, como aquisição de leitura e escrita, por exemplo. E com essa situação está longe de alcançar o objetivo ideal.

Vale lembrar que o Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países segundo a avaliação do PISA (Programme for International Student Assessment ) Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, ainda assim há 731 mil crianças que estão fora da escola IBGE. O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 IBOPE e 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler, 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita.

Considerações finais

Em suma, esses são apenas uma parte dos problemas da Educação brasileira atualmente. Ainda que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), mostre que as metas de qualidade instituídas para o Ensino Público vêm sendo cumpridas ano a ano, há muitos problemas a serem resolvidos, que vão além da aprovação e desempenho dos alunos nas avaliações. Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo.

 BIBLIOGRAFIAS

AGUIAR, Lilian Maria Martins De. "Educação na Idade Média"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historiag/educacao-na-idade-media.htm>. Acesso em 03 de julho de 2016.

BRUINI, Eliane Da Costa. "Educação no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-no-brasil.htm>. Acesso em 22 de abril de 2016.

LUZURIAGA, Lorenzo. História da educação e da Pedagogia. São Paulo: Cia Editora Nacional,                                                                           SANTOS, I. D.