História da educação: concepções e considerações sobre educação a partir dos autores: Moacir Gadotti, José Carlos Libâneo e Paulo Freire

1.     Introdução 

Todos os seres são sujeitos de um procedimento educacional e os seres humanos não são diferentes. Vivenciam experiências de aprendizagem em vários lugares, seja em casa, escola, na comunidade, na rua, na igreja, ou seja, em todo meio social em que está inserido. Assim, passam por experiências que permitem o sujeito à “a prender”, “a ensinar” e “ aprender-e-ensinar” (BRANDÃO, 1993).

Nesse contexto, educação contribui para a reflexão aos tipos de homens, mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar uns para os outros o conhecimento que o constitui e legitima. Causa o conjunto de crenças e valores, de qualificações e especialidades que despertam as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto constroem tipos de sociedades.

Segundo o referido autor, quando se fala de educação logo chega à imagem da escola, mas os antropólogos ao se referirem sobre o assunto pouco querem falar de processos formalizados de ensino. Estes estudiosos identificam processos sociais de aprendizagem onde não existe ainda nenhuma situação propriamente escolar de transferência do saber, como por exemplo, grupos indígenas.

 Sendo assim, o ato de educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência. (MATURANA, 1998)

Nessa perspectiva, cada tipo de grupo humano cria e desenvolve situações, recursos e métodos empregados para ensinar às crianças, aos adolescentes, e também aos jovens e mesmo aos adultos, o saber, a crença e os gestos que o tornarão um dia o modelo de homem ou mulher que o imaginário de cada sociedade ou mesmo de cada grupo mais específico, dentro dela idealiza, projeta e procura real.

Portanto, o ato educar ocorre, todo o tempo e de maneira mútua. Acontece como uma transformação estrutural eventual com uma história no conviver, e o resultado disso é que as pessoas aprendem a viver de uma maneira que se configura de acordo com o conviver da comunidade em que vivem (BRANDÃO, 1993).

Assim, a educação é um processo contínuo que dura toda a vida, e que faz da comunidade onde vivemos um mundo espontaneamente conservador, ao qual o educar se refere. Isso não significa, é claro, que o mundo do educar não mude, mas sim que a educação, como sistema de formação da criança e do adulto, tem efeitos de longa duração que não mudam facilmente.

Este trabalho tem por objetivo descrever e compreender as diferentes concepções de educação de autores importantes para a educação brasileira: Paulo Freire, José Carlos Libanêo, Moacir Gadotti.