Ouviram entre zanga, às margens ácidas
De um povo paranoico (ignorante),
Dessa sociedade, o mais estúpido,
Mostrou-se um genocida fulminante.

Se o senhor dessa maldade
Não ousarmos enfrentar de Sul a Norte,
Eu receio calamidade:
É difícil o SUS lutar sem ter suporte.

Está tramada,
Outra cilada:
Salve-se! Salve-se!

Brasil, me ponho tenso, caio lívido,
E toda esperança desvanece.
Se o teu formoso é réu, risonho, cínico...
Bem sabe, a impunidade o favorece.

Enquanto a milícia é uma empresa,
Eu para encher o bucho há tanto esforço,
E o meu futuro espelha uma incerteza
Escancarada!

E tantos mil, sofrem com o frio,
Sem pão, sem casa...

Com os filhos deste solo, és mãe senil:
Pátria amarga, Brasil!

Se na Europa é tudo tão "esplêndido",
Aqui, o povo só vai para o fundo...
Usuras do Brasil - chorão da América:
"Com hospital não faz Copa do Mundo!"

Tua terra suicida,
Não elege ser humano de valores?
Nosso estoque de comida,
Na cueca querem pôr, os Senadores!

Ó pátria inata,
E dólar trata:
Salve-se! Salve-se!

Brasil, o armamento virou símbolo,
Usado pra manter alienados.
Prossiga e vede o dolo dessa fórmula:
É isento se o morto é favelado.

Mas diante da injustiça, seja forte!
Verás sempre extorquir toda labuta?
Se a gente está entregue à própria sorte:
Terra arrasada!

Entre outras mil, as nossas mãos
Estarão dadas!

Com os filhos deste solo, és mãe senil:
Pátria amarga, Brasil! (Sr. Ferdinando)