Como nós brasileiros comemoramos o Dia da Bandeira Nacional, neste  19 de novembro, acredito que esta curiosidade ocorrida na Copa de 86, disputada no mesmo México, país onde o Brasil tinha encantado o mundo com o tricampeonato de 70. Em 1º de junho de 86, o Brasil estreava na Copa contra os espanhóis. A equipe não se comparava com a Seleção maravilhosa de Pelé, Rivelino, Jairzinho, Gérson,Tostão e cia, de 70, mas havia alguma expectativa, já que era praticamente a mesma de 82, que chegou encantar o mundo, com Zico, Sócrates e cia.

A surpresa foi antes do inicio do jogo. Ao invés de tocar o tradicional Hino Nacional do Brasil, o serviço de som colocou o Hino à Bandeira Nacional para a surpresa de atletas, comissão técnica e para a torcida brasileira que estava no estádio ou acompanhava pela televisão. Bom, o futebol brasileiro foi aquém da expectativa e  a Seleção teve dificuldades.

Só no segundo tempo, o Brasil fez 1 a 0, com Sócrates e os espanhóis reclamaram de impedimento. A chiadeira espanhola seria ainda maior ao ver que um gol legítimo foi anulado pelo árbitro australiano Cristopher Bambridge, que não viu a bola passar a linha fatal da meta do goleiro Carlos, depois de um chute de Michel que acertara o travessão. Melhor para o Brasil.

No mágico estádio Jalisco, em Guadalajara, 35.748 pessoas acompanhavam o jogo e elas viram, além do gol e das polêmicas, a distribuição de três cartões amarelos, sendo um para o espanhol Julio Alberto e dois para os brasileiros Sócrates e Branco. A exemplo de 82, o Brasil seguiria na Copa apenas até as quartas de finais, sairia invicto e sofrendo só um gol, mas empatou com a França em 1x1 no jogo decisivo e saiu da competição ao perder nos pênaltis. Era o fim da era do técnico Telê Santana.