Hermeticamente fechado

A maravilhosa sucessão de encontros e desencontros
Em meio a novelas e fatos da vida cotidiana
Leva-nos a crer na maldade e na divindade humana
Para que tanto mistério, Se já sabemos o que houve em tempo real?
E o passado?
Já temos tudo registrado, remodelado e já sabemos o final.
Paralelamente, temos as sociedades que guardam tudo na mente.
Que maravilha!
Não fossem nossa inocente experiência do "rato que roeu a roupa da rainha".
Não há como guardar com veracidade
Ainda que mais tarde, possamos escrever
Sobre a maravilha do ser que vive sobre a terra,
Na mais bela estratégia que tem de guardar para si
Para o porvir?
Pois este nunca virá a descobrir, se guardado só para aquela... Sociedade, quimera.
O jeito é deixar fluir, transparecer
Pois cada dia que passa há um novo amanhecer
Que belo o sol se visto com novo olhar
Daquele que já na tenra infância não vê nada subliminar.
Mas está bem perto de podermos ver o céu e constatar
Que nesse mundo nada há que a natureza não explique
Ainda que haja "trambique", falsas guerras, falsos profetas
Sempre haverá uma seta que te levará até ela (a verdade).