HEMOBA: A importância de captar possíveis doadores

Acadêmicas:

DEBORAH MARIELLEM MATOS VIEIRA

ADRIANA FERREIRA DOS SANTOS

FLAVIANE DA SILVA DOS SANTOS

JULIANA COELHO DA CRUZ

LAIANI CURSIN0 MADUREIRA

JOSÉLIA BARBOSA ALMEIDA

RAYANA TEREZA MARQUES AZEVEDO

MARIA CELDA FREIRA CARVALHO

 


 

Considerando o crescente aumento da população e os importantes avanços tecnológicos ocorridos no campo da área da saúde, o setor de assistência hemoterápica apresenta-se como área fértil para o desenvolvimento de estudos mercadológicos. Nesse cenário, um estudo desta natureza é relevante por tratar-se de um mercado carente e com múltiplas necessidades.

Em uma unidade hemoterápica ocorre que o doador e os colaboradores interagem para criar o serviço. Os prestadores de serviços necessitam trabalhar eficazmente para criar valor superior durante esses contatos.
A doação de sangue no Brasil é um ato voluntário, conforme disposto na Constituição da República e na Portaria n. 343 (Diário Oficial da União 2002; 19 fev) que estabelecem que não é admitido qualquer tipo de remuneração para a doação. A doação altruísta é, assim, a fonte de matéria-prima das unidades hemoterápicas.
Segundo o Ministério da Saúde, em torno de 3,5 milhões de bolsas de sangue são coletadas anualmente no Brasil. O maior desafio enfrentado pelas instituições de saúde, portanto, é manter e incrementar a doação de sangue, pois os doadores representam apenas 1,7% da população brasileira.

APRESENTAÇÃO

 

Segundo o Ministério da Saúde, em torno de 3,5 milhões de bolsas de sangue são coletadas anualmente no Brasil. O maior desafio enfrentado pelas instituições de saúde, portanto, é manter e incrementar a doação de sangue, pois os doadores representam apenas 1,7% da população brasileira. Então torna-se necessário um trabalho mais intensivo para captação de novos doadores de sangue, para que assim, possa obter uma quantidade considerável de bolsas sanguíneas coletadas, e com isso captar mais um para a corrente da doação, salvando vidas.

O presente projeto de intervenção será realizado através da Associação Obras Social Irmã Dulce, no Hospital do Oeste (HO) situado na Avenida do Antigo Aeroporto, nº 500, CEP: 478000-000 Vila Amorim, na cidade de Barreiras-Ba, durante o período do estagio curricular II, tendo como objetivo o desenvolvimento de ações incentivadoras através de palestras junto aos possíveis doadores enfocando a importância da doação de sangue.

 

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

 

O Hemoba fica localizado no HO fica situado na Avenida do Antigo Aeroporto, nº 500, a estrutura física é constituída por um ambiente climatizado, composto por uma recepção, uma triagem hematológica, duas triagens clínicas, uma sala de coleta, e uma sala de lanche, com equipe de multiprofissionais, sendo eles recepcionista, médico, enfermeiro, assistente social, técnico de enfermagem e laboratório e uma auxiliar de limpeza.

            A média mensal de doadores aptos está em torno de 400 pessoas, recepcionados em tempo diurno, sendo que na sua grande maioria tem preferência por realizar a doação pela manhã.  

 

  1. 1.      JUSTIFICATIVA

 

Este projeto de intervenção é uma proposta que possibilita e garante um aprendizado qualificado junto aos possíveis doadores, com o objetivo de enfocar a importância da adesão a essa doação de sangue, partindo do ponto de que a falta de conhecimento e orientações dificulta a adesão do mesmo.

Diante do exposto, visa-se então, a necessidade da realização desse projeto, pois a área estudada comporta um alto índice de clientela, então, a intervenção tem como objetivo principal orientar e incentivar a adesão ao procedimento já citado, para que assim, possa-se contribuir para um aumento na demanda de doadores e na perspectiva de vida dos receptores, além de contribuir com o aumento da solidariedade do ser humano.

Considerando o crescente aumento da população e os importantes avanços tecnológicos ocorridos no campo da área da saúde, o setor de assistência hemoterápica apresenta-se como área fértil para o desenvolvimento de estudos mercadológicos. Nesse cenário, um estudo desta natureza é relevante por tratar-se de um mercado carente e com múltiplas necessidades.

Em uma unidade hemoterápica ocorre que o doador e os colaboradores interagem para criar o serviço. Os prestadores de serviços necessitam trabalhar eficazmente para criar valor superior durante esses contatos.

A doação de sangue no Brasil é um ato voluntário, conforme disposto na Constituição da República e na Portaria n. 343 (Diário Oficial da União 2002; 19 fev) que estabelecem que não é admitido qualquer tipo de remuneração para a doação. A doação altruísta é, assim, a fonte de matéria-prima das unidades hemoterápicas.

Segundo o Ministério da Saúde, em torno de 3,5 milhões de bolsas de sangue são coletadas anualmente no Brasil. O maior desafio enfrentado pelas instituições de saúde, portanto, é manter e incrementar a doação de sangue, pois os doadores representam apenas 1,7% da população brasileira.

Na doação de sangue, onde o cliente não vai comprar um serviço, mas, sim, doar e possibilitar uma prestação de serviço que vai, ao final, beneficiar outra pessoa, a observação detalhada dos itens acima e o conseqüente aproveitamento dessas informações pode influenciar a prestação de serviços particularmente nas tarefas de contato com o doador. A verdadeira decisão para doar sangue envolve a escolha racional de confiar nas instituições e nos métodos que utilizam.

A pesquisa nos confirmou como é importante a influência do profissional de saúde na captação de possíveis doadores, pois visa a melhoria da qualidade de vida de quem tanto necessita da solidariedade do próximo, ao mesmo tempo em que nos dá o crescimento profissional, nos enriquece quanto seres humanos, transmitindo segurança. Ver o sistema de saúde se preocupar com a saúde do individuo, trabalhando na promoção da saúde da população, traz uma estimulação ainda maior para a nossa realização quanto acadêmica de enfermagem, e futuros profissionais da saúde.

Então, justifica-se a escolha do tema HEMOBA-transfusão sanguínea, do município de Barreiras - BA, tendo em vista, que as pesquisadoras, estão no momento estagiando na Associação Obras Social Irmã Dulce, no Hospital do Oeste (HO), e por meio desse estágio podemos então, realizar esta pesquisa para a produção do projeto de intervenção, e assim podermos contribuir com uma melhor conscientização da humanidade e um maior crescimento em nossos estudos, garantindo assim um aprendizado de qualidade para nós acadêmicas, como também, para população. Pois muitas pessoas precisam de uma doação de sangue em qualquer lugar do Brasil, mas infelizmente não são todos que a recebem quando necessário devido a falta de conhecimento e percebem a importância que é doar sangue. As estatísticas são terríveis, pois apenas 1,7% da população brasileira doa sangue e juntando todos os hospitais e clínicas que precisam realizar transfusões de sangue diariamente mais de 5.500 litros são precisos, ou seja, faltam doadores que contribuem com esse gesto de amor e consciência, pois doar sangue salva vidas.

 

  1. 2.      OBJETIVOS

 

2.1  Objetivo geral

- Sensibilizar o publico alvo da importância de se tornar um doador de sangue.

 

2.2  Objetivos específicos

- Captar possíveis doadores de sangue;

- Descrever as possíveis reações após a realização da doação de sangue;

- Orientar quanto aos critérios para a seleção dos doadores;

- Divulgar o trabalho oferecido pelo HEMOBA.

 

 

 

 

  1. 3.      REVISÃO BIBLIOGRAFICA

 

 

3.1 DOAÇÃO DE SANGUE

 

A expectativa do governo federal é ampliar o volume de sangue coletado no Brasil que, atualmente, chega a 3,5 milhões de bolsas por ano. Esta quantidade é considerada suficiente pelo Ministério da Saúde, que pretende atingir o padrão recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 3% da população. Segundo o ministério, 1,7% dos brasileiros são doadores. Em 2012, a meta do ministério é atingir a doação de 4 milhões de bolsas.

 A transfusão de sangue e hemocomponentes é uma tecnologia relevan­te na terapêutica moderna. Usada de forma adequada em condições de morbidade ou mortalidade significativa, não sendo prevenida ou controlada efetivamente de outra maneira, pode salvar vidas e melho­rar a saúde dos pacientes. Porém, assim como outras intervenções tera­pêuticas, pode levar a complicações agudas ou tardias, como o risco de transmissão de agentes infecciosos entre outras complicações clínicas.

O uso de sangue e hemocomponentes é uma prática cara para SUS, que necessita e utiliza tecnologia de ponta e recursos humanos altamente especializados, e tem seu fornecimento diretamente relacionado à do­ação voluntária. Tais particularidades, tornam indispensável a racio­nalização na utilização dos hemocomponentes, considerando sempre a segurança do doador, do receptor e a disponibilidade de acesso.

 A doação de sangue deve ser voluntária, anônima e não remunerada.  Por anonimato da doação entende-se a garantia de que nem os receptores saibam de qual doador veio o sangue que ele recebeu e nem os doadores saibam o nome do paciente que foi transfundido com componentes obtidos a partir da sua doação, exceto em situações tecnicamente justificadas.

O sigilo deve das informações deve ser mantido antes, durante e depois do processo da doação de sangue ser absolutamente preservado. O candidato deve assinar um termo de consentimento a autorização para que o seu sangue, quando não utilizado em transfusão, possa ser utilizado em produção de insumos e hemoderivados, autorizados legalmente. Antes do candidato assinar o termo deve ser esclarecidas as informações com  linguagem compreensível, sobre as característica do processo de doação, deve ser oferecido oportunidades ao  candidato de fazer perguntas necessárias para esclarecer seus duvidas a respeito do procedimento e de negar seu consentimento.

3.2 CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS DOADORES

 

3.2.1 Idade

O doador de sangue ou componentes deve ter idade de, no mínimo, 18 anos completos e, no máximo, 65 anos 11 meses e 29 dias.

O candidato cuja idade não esteja dentro destes limites só pode ser aceito em circunstâncias especiais. Para esta aceitação, deve ser previamente avaliado por um médico do serviço; caso este concorde com a doação deve fazer uma justificativa escrita, que deve ser anexada à ficha do doador.

No caso de doador com idade inferior a 18 anos, deve ser exigida ainda uma autorização escrita do responsável legal pelo menor.

 

3.2.2 Freqüência e intervalo entre as doações

 

Exceto em circunstâncias especiais, que devem ser avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico, a freqüência máxima admitida é de 4 (quatro) doações anuais, para os homens, e de 3 (três) doações anuais, para as mulheres.

O intervalo mínimo entre duas doações deve ser de 2 (dois) meses, para os homens, e de 3 (três) meses, para as mulheres, respeitados os limites descritos no parágrafo anterior.

Em caso de doador autólogo, a freqüência das doações pode ser programada de acordo com o protocolo aprovado pelo responsável técnico pelo serviço.

 

3.2.3 Doenças atuais ou anteriores

 

Candidatos com doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, auto-imune, diabetes tipo I, diabetes tipo II com lesão vascular, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade, epilepsia, ou que informem outras doenças, devem ser convenientemente avaliados e podem ser excluídos temporária ou definitivamente da doação. As doenças que contra-indicam, definitiva ou temporariamente.

 

 

3.2.4 Medicamentos

A história terapêutica recente deve merecer avaliação especial por parte de um médico, uma vez que tanto a indicação do tratamento, assim como o próprio tratamento, pode motivar a rejeição do candidato à doação. Cada medicamento deve ser avaliado individualmente e em conjunto, e registrado na ficha de triagem, sempre que possa apresentar alguma correlação com a doação de sangue.

A lista detalhada de medicamentos que contra-indicam a doação ou exigem cuidados especiais.

A ingestão do ácido acetilsalicílico (aspirina) dentro de 5 dias anteriores à doação exclui a preparação de plaquetas a partir desta doação, mas não implica na rejeição do candidato.

 

3.2.5 Anemia

 

Devem ser determinados a concentração de hemoglobina ou o hematócrito, em amostra de sangue do candidato à doação obtida por punção digital ou por venopunção. A concentração de hemoglobina não deve ser inferior a 12,5 g/dL para as mulheres e o hematócrito não deve ser menor que 38%. Para os homens, estes limites são de 13,0 g/dL e 39%, respectivamente.

 

3.2.6 Pulso

O pulso deve apresentar características normais, ser regular, e a sua freqüência não deve ser menor que 60 nem maior que 100 batimentos por minuto.

A aceitação de doadores com freqüências fora destes limites dependerá de avaliação médica.

 

3.2.7 Pressão arterial

A pressão sistólica não deve ser maior que 180 mmHg e nem inferior a 90 mmHg, e a pressão diastólica não deve ser menor que 60 mmHg nem maior que 100 mmHg.

Os candidatos à doação com pressão arterial não compreendida dentro dos valores mencionados só podem ser aceitos após avaliação e aprovação de médico do serviço de hemoterapia.

3.28 Gravidez e menstruação

 

As candidatas à doação que estiverem grávidas devem ser impedidas de doar. Este impedimento se mantém até 12 semanas após o parto. Em caso de doença hemolítica peri-natal, em que não seja possível encontrar sangue compatível para a transfusão do recém-nascido, a mãe pode ser autorizada a realizar a doação de sangue, desde que haja consentimento escrito do hemoterapeuta e do médico obstetra.

A candidata deve ser excluída por 12 semanas após um abortamento.

Não podem ser aceitas como doadoras as mulheres em período de lactação, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.

A doação autóloga de gestantes pode ser aceita se contar com a aprovação do obstetra da gestante e do médico do serviço de hemoterapia.

A menstruação não contra-indica a doação. A hipermenorréia, ou outras patologias da menstruação, deve ser avaliada pelo médico.

 

3.2.9 Peso

 

O peso mínimo para um candidato ser aceito para a doação é de 50 kg. Indivíduos com peso abaixo deste limite podem ser aceitos, após avaliação médica, desde que a quantidade de anticoagulante na bolsa de coleta seja proporcional ao volume a ser coletado.

Não devem ser aceitos como doadores os candidatos que refiram perda de peso inexplicável e superior a 10% do peso corporal, nos três meses que antecedem a doação.

 

3.2.10 Volume a ser coletado

 

O volume de sangue total a ser coletado não pode exceder 8 ml/kg de peso para as mulheres e 9 ml/kg de peso para os homens. O volume admitido por doação é de 450 ml ± 50 ml, aos quais podem ser acrescidos até 30 ml para a realização dos exames laboratoriais exigidos pelas leis e normas técnicas.

 

 

3.2.11 Jejum e alimentação

 

Não deve ser colhido sangue de candidatos que estejam em jejum prolongado. Como é comum aos candidatos à doação comparecerem em jejum, o serviço deve oferecer um pequeno lanche antes da doação para os candidatos que estejam em jejum e que não tenham nenhum outro motivo para serem considerados inaptos.

Não deve ser coletado sangue de candidatos que tenham feito refeição copiosa e rica em substâncias gordurosas ou que tenham ingerido bebida alcoólica há menos de 4 (quatro) horas.

Após a doação, é obrigatória a oferta de lanche e hidratação oral adequada ao doador. Deve-se recomendar ao doador que permaneça, pelo menos, 15 minutos no serviço após a doação.

 

3.2.12 Alcoolismo

 

Qualquer evidência de alcoolismo agudo ou crônico é causa de rejeição. O alcoolismo agudo contra-indica a doação por 12 horas. O alcoolismo crônico é causa de inaptidão definitiva.

 

3.2.13 Alergia

 

O doador alérgico somente será aceito se estiver assintomático no momento da doação. São inaptos definitivos aqueles que padecem de enfermidades atópicas graves, como por exemplo, asma brônquica grave.

Os tratamentos dessensibilizantes devem postergar a doação por até 72 horas depois da última aplicação.

 

3.2.14 Atividades


          Não devem ser aceitos para doação candidatos que não tenham condições de interromper, por pelo menos 12 horas após a doação, atividades que apresentem risco para si e para outros. Entre as atividades consideradas de risco estão: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.

 

3.2.15 Aspecto geral

 

O doador deve ter aspecto saudável e manifestar sentir-se bem.

 

3.2.16 Temperatura

 

A temperatura axilar não deve ser superior a 37 ºC.

 

3.2.17 Imunizações e vacinações

 

        A inabilitação dos candidatos para a doação depende de cada tipo de vacina.

 

3.2.18  Local da punção venosa

 

        A pele do doador na área da punção venosa deve estar livre de lesões.

 

3.2.19 Transfusões

         Os candidatos que tenham recebido transfusões de sangue, componentes sanguíneos ou hemoderivados nos últimos 12 meses devem ser excluídos da doação.

 

3.2.20  Doenças Infecciosas

 

          O doador potencial não deve apresentar nenhuma enfermidade infecciosa aguda, nem deve ter antecedentes de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue.

 

3.2.21  Enfermidades virais

 

           Não podem ser aceitos como doadores os candidatos que estejam gripados, ou que tenham tido sintomas de gripe nos 7 (sete) dias anteriores à doação. São definitivamente inaptas para a doação de sangue as pessoas que:

a) tenham antecedentes de hepatite viral após os 10 anos de idade.

b) tenham antecedentes clínicos, ou de laboratório, ou história atual de infecção pelos vírus HBV, HCV, HIV ou HTLV.


3.2.22 Paludismo (malária)

 

A inabilitação para o ato de doar sangue deve ocorrer segundo os critérios estabelecidos a partir da incidência da doença no local, usando-se como critério de referência o índice parasitário anual - IPA - fornecido por órgão oficial.

 

a) Em áreas endêmicas

  1. Antecedentes de malária;
  2. Rejeitar o candidato que tenha tido malária nos 12 meses que antecedem a doação;
  3. Rejeitar o candidato com febre ou suspeita de malária nos últimos 30 dias;
  4. Deslocamento para área de risco;
  5. Rejeitar o candidato procedente de área de alto risco de malária de acordo com o IPA;
  6. Aceitar os candidatos procedentes de área de médio e baixo risco, e submetê-los a teste parasitológico;
  7. Residência em área de malária;
  8. Rejeitar o candidato com residência em área de alto risco pelo IPA. Será considerado apto quando o IPA permitir;
  9. Aceitar os candidatos que residem em área de médio e baixo risco e submetê-los a teste parasitológico;

b) Em áreas não endêmicas

  • Excluir candidatos que, nos últimos 06 (seis) meses, estiveram em área endêmica com transmissão ativa;
  • Excluir candidatos que, nos últimos 03 (três) anos, tiveram malária ou que residiram em áreas endêmicas.

c) Em áreas endêmicas ou não endêmicas

  • Excluir, definitivamente, candidatos que tiveram infecção por Plasmodium malariae (Febre Quartã).

 

 3.2.23 Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS)

 

          Todos os doadores devem ser interrogados sobre situações ou comportamento de risco acrescido para a infecção pelo HIV, devendo ser excluídos quem os apresentar.

O interrogatório do doador deve incluir perguntas vinculadas aos sintomas e sinais da AIDS e sarcoma de Kaposi.

 

3.2.24 Doença de Chagas

 

Os candidatos com história de terem sido picados por Triatomíneo ou com diagnóstico clínico ou laboratorial de doença de Chagas, devem ser excluídos de forma permanente.

 

3.2.25 Doença de Creutzfeldt-Jakob (Encefalopatia Espongiforme Humana e suas variantes)

 

Serão definitivamente excluídos como doadores as pessoas que se enquadrem em uma das situações abaixo:

- Tenham recebido hormônio de crescimento ou outros medicamentos de origem hipofisária;

- Tenham recebido transplante de córnea ou implante de material biológico à base de dura-máter;

- Tenham história familiar de Encefalopatia Espongiforme Humana;

- Tenham permanecido no Reino Unido por mais de seis meses, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, de 1o de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 1996 ou por 10 ou mais anos, consecutivos ou intermitentes, de forma cumulativa, em Portugal, França e República da Irlanda desde 1980.

 

3.2.26 Enfermidades bacterianas

 

 Os doadores portadores de enfermidades bacterianas agudas serão excluídos temporariamente, até a cura definitiva (ver Anexo IV).

 

3.2.27 Uso de drogas ilícitas

 

História atual ou pregressa de uso de drogas injetáveis ilícitas é contra-indicação definitiva para a doação de sangue. Deverão ser inspecionados ambos os braços dos candidatos à doação para detectar evidências de uso repetido de drogas parenterais ilícitas. A presença destes sinais determina a rejeição definitiva do doador.

O uso de cocaína por via nasal (inalação) é causa de exclusão da doação por um período de 12 meses, contados a partir da data da última utilização.

A evidência de uso de qualquer outro tipo de droga deve ser avaliada.

 

3.2.28 Situações de Risco Acrescido

  • Serão inabilitados de forma permanente como doadores de sangue os candidatos que tenham evidências clínicas ou laboratoriais de doenças infecciosas que sejam transmitidas por transfusão sanguínea.
  • Serão inabilitados de forma permanente os candidatos que tenham doado a única unidade de sangue transfundida em um paciente que tenha apresentado soroconversão para hepatite B ou C, HIV, ou HTLV, sem ter qualquer outra causa provável para a infecção.
  • Serão inabilitados por 12 meses após a cura, os candidatos a doador que tiveram alguma Doença Sexualmente Transmissível - DST.
  • Serão inabilitados por um ano, como doadores de sangue ou hemocomponentes, os candidatos que nos 12 meses precedentes tenham sido expostos a uma das situações abaixo:
  1. Homens e ou mulheres que tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas.
  2. Pessoas que tenham feito sexo com um ou mais parceiros ocasionais ou desconhecidos, sem uso do preservativo.
  3. Pessoas que foram vítimas de estupro.
  4. Homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes.
  5. Homens ou mulheres que tenham tido relação sexual com pessoa com exame reagente para anti-HIV, portador de hepatite B, Hepatite C ou outra infecção de transmissão sexual e sangüínea. Pessoas que estiveram detidas por mais de 24 horas em instituição carcerária ou policial.
  6. Pessoas que tenham realizado “piercing” ou tatuagem sem condições de avaliação quanto à segurança.
  7. Pessoas que tenham apresentado exposição não estéril a sangue ou outro material de risco biológico;
  8. Pessoas que sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com história de transfusão sanguínea;
  9. Pessoas que tiveram acidente com material biológico e em conseqüência apresentaram contato de mucosa e ou pele com o referido material biológico. 

 

3.2.29 Cirurgias

 

Os candidatos submetidos a cirurgias de grande porte devem ser rejeitados por 6 meses a 1 (um) ano; para cirurgias de pequeno e médio porte, a rejeição é de três meses e para extração dentária não complicada ou manipulação dentária, este prazo é de 72 horas.

Condições básicas para doação de sangue:  

  • Esta bem de saúde (ter se alimentado bem e ter tido uma boa noite de sono)
  • Pesar acima de 50 kg.
  • Ter entre 16 a 68 anos (de 16 aos 18 anos incompletos somente com autorização dos pais ou responsáveis)
  • Apresentar documentos com foto.

Restrições para o dia da doação:

  • Nunca vai doar sangue em jejum.
  • Repouso mínimo de 6 horas de sono na noite anterior.
  • Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 antes da doação.
  • Evitar fuma 2 horas antes da doação.

O doador recebe instruções referentes ao seu bem-estar e cuidados que deverão ser tomados, tais como:

  • Beber bastante líquido nas primeiras 6 horas e alimentar-se normalmente;
  • Não fumar nas primeiras 2 horas;
  • Não praticar esportes radicais ou atividades de risco

Cuidados após a doação de sangue

  • Permaneça pelo menos 15 minutos após a doação na unidade para que possamos observá-lo;
  • Não fume na 1ª hora após a doação;
  • Tome bastante líquidos (ex.: água, suco, chá);
  • Evite atividades físicas vigorosas ou que coloquem em risco a sua segurança e a de outros nas próximas 12 horas;
  • Evite utilizar intensamente o braço onde foi realizada a punção;
  • Comunique o Serviço de Hemoterapia caso você queira informar algo que omitiu na entrevista ou achar que seu sangue pode ser prejudicial a outra pessoa;
  • Entre imediatamente em contato conosco caso apresente, no dia da doação ou nos dias seguintes a ela qualquer sinal de doença ex.: febre, diarreia, vômito, mal estar, etc.. Isto é muito importante;
  • Procure nosso serviço caso apresente qualquer problema que você ache que possa estar relacionado com a doação;
  • Utilize o nosso telefone: 08009796049 para falar conosco e/ou esclarecer qualquer dúvida;
  • Respeite o intervalo mínimo entre as doações, 2 meses para o homem e 3 meses para a mulher.

3.3 EXAMES DE QUALIFICAÇÃO NO SANGUE DO

 

3.3.1 Exames Imunohematológicos

 

Tipificação ABO

 

O grupo ABO será determinado testando-se os glóbulos vermelhos com reagentes anti-A, anti-B e anti-A,B. Caso sejam usados anti-soros monoclonais, a utilização do soro anti-A,B não é obrigatória.

A tipagem reversa deve ser sempre realizada, testando-se o soro ou plasma com suspensão de glóbulos vermelhos conhecidos A1 e B e, opcionalmente, A2 e O.

Uma unidade de sangue não deverá ser liberada para utilização até que qualquer discrepância entre a tipagem direta e reversa tenha sido resolvida.

 

Determinação do fator Rh (D)

 

O fator Rh(D) será determinado colocando-se os eritrócitos do paciente em contato com soro anti-Rho (Anti-D); em paralelo, deverá ser sempre efetuado um controle da tipagem Rh, utilizando-se para isto soro-controle de Rh do mesmo fabricante do soro anti-D.

Se a reação for negativa para a presença do antígeno D, deverá ser efetuada técnica para a exclusão de D-Fraco.

Quando a prova para D ou a prova para D-fraco resultar positiva, o sangue será rotulado como “Rh positivo”. Quando ambas as provas resultarem negativas o sangue será rotulado como “Rh negativo”.

Se a reação com o soro-controle de Rh for positiva, a tipagem Rh é considerada inválida, e a bolsa de sangue só deve ser liberada para uso após a resolução do problema.

 

 Resultados de tipificações prévias

 

O registro de uma tipagem ABO e Rh(D) prévia de um doador não servirá para a identificação das unidades de sangue subseqüentemente doadas pelo mesmo doador.

Novas determinações deverão ser realizadas a cada coleta. Se tiver havido doação prévia, deverá ser comparada a tipagem ABO e Rh (D) com o último registro disponível. Qualquer discrepância deverá ser resolvida antes de se rotular a unidade de sangue.

 

Provas para a detecção de anticorpos irregulares

 

Deverá ser realizada nos doadores a pesquisa de anticorpos séricos irregulares, empregando-se métodos que evidenciem a presença de anticorpos clinicamente significativos.

As unidades de sangue que contenham anticorpos irregulares deverão ser rotuladas como tais. As condições e situações nas quais estes componentes podem ser utilizados ficarão a critério do responsável técnico de cada local, sendo porém recomendável que o plasma não seja utilizado para transfusão.

 

 Controle de qualidade em imunohematologia

 

Os reativos devem ser armazenados de acordo com as instruções do fabricante, devendo ser evitada, ao máximo, a permanência do reativo fora das temperaturas indicadas para seu armazenamento.

O serviço deve realizar controles de qualidade em cada lote recebido para comprovar que os reativos estão dentro dos padrões estabelecidos e que não foram alterados durante o transporte.

Devem ser verificadas, periodicamente, possíveis alterações durante sua manipulação ou armazenamento no Serviço de Hemoterapia.

Os resultados dos controles devem ser registrados com nome do fabricante, o número do lote, a data de validade e o grau de reação obtido.

Devem ser estabelecidas medidas corretivas quando são detectadas anormalidades.

 

Controle de qualidade das técnicas empregadas

 

Devem ser utilizados, sistematicamente, e durante o procedimento técnico, controles negativos e positivos, para confirmar os resultados obtidos.

 

 Testes para Doenças Transmissíveis

 

Testes obrigatórios:É obrigatória a realização de exames laboratoriais de alta sensibilidade em todas as doações, para identificação das doenças transmissíveis pelo sangue.

Estes exames devem ser feitos em amostra colhida da doação do dia e ser testada com conjuntos diagnósticos (kits) registrados na ANVISA, em laboratórios específicos para tal fim.

Fica vedada a realização de exames em “pool” em amostras de sangue. Caso surjam novas tecnologias que tenham aplicação comprovada pela ANVISA para utilização em “pool” essa proibição será reconsiderada.

O sangue total e ou seus componentes não podem ser transfundidos antes da obtenção de resultados finais não reagentes, nos testes de detecção para:

● Hepatite B

● Hepatite C

● HIV-1 e HIV-2

● Doença de Chagas

● Sífilis

● HTLV-I e HTLV-II

Os algoritmos para testagem de cada uma das doenças acima apresentam:

Malária

Nas regiões endêmicas com transmissão ativa (alto risco, pelo Índice Parasitológico Anual - IPA), deve ser realizado o exame parasitológico/hematoscópico.

Em regiões endêmicas sem transmissão ativa recomenda-se o exame sorológico.

 Citomegalovírus (CMV)

Deve ser efetuada uma sorologia para CMV em todas as unidades de sangue ou componentes destinados aos pacientes:

  • Submetidos a transplantes de órgãos;
  • Recém-nascidos de mães CMV negativas ou com resultado de sorologia inexistente ou desconhecido.
  • No caso em que se transfunda sangue desleucocitado neste grupo de pacientes, esta sorologia pode ser prescindida.

 Controle de Qualidade Interno / Externo

É obrigatório que os serviços que realizem exames de triagem de laboratório participem de, pelo menos, um programa de controle de qualidade externo (proficiência), realizem controle de qualidade interno e disponham de sistema de garantia da qualidade na realização dos testes.

O controle de qualidade interno e o sistema de garantia da qualidade compreendem os seguintes itens:

  • Validação de cada lote de conjunto diagnóstico antes da sua colocação na rotina de trabalho;
  • Lidação das baterias de testes;
  • Lise periódica dos coeficientes de variância para cada marcador;
  • Tagem e validação de novas marcas ou novos tipos de testes antes de colocá-los na rotina;
  • Istro das não-conformidades;
  • Istro das análises e das medidas corretivas e preventivas tomadas sempre que forem observadas não conformidades em qualquer etapa da realização dos testes.

Os laboratórios de triagem de sangue devem trabalhar, com os tubos primários, colhidos diretamente do doador de sangue, até a fase de pipetagem das amostras nas placas ou estantes para a reação.

Quando ocorrer soroconversão confirmada, isto é, comprovada pelos testes confirmatórios, em doador de sangue que em doações prévias apresentava sorologia não reativa para HIV1 ou HIV2, HTLV I/II, HCV e HBV, deve-se instaurar um processo de retro-vigilância. Este procedimento consta dos seguintes itens:

 Caso o laboratório de triagem sorológica não realize os testes confirmatórios a amostra deve ser encaminhada a outro laboratório no prazo de dois dias úteis para a realização dos testes confirmatórios.

O laboratório que realizar os testes confirmatórios deverá remeter o resultado dos exames ao laboratório de triagem de sangue no prazo máximo de 10 dias úteis.

Deve ser rastreada a última doação efetuada por este doador, a fim de se determinar para qual hospital os hemocomponentes obtidos a partir desta doação foram enviados.

Caso a doação e os testes sorológicos tenham sido realizados na mesma instituição em que o componente foi transfundido, a comunicação deve ser feita diretamente ao médico assistente do paciente que recebeu a transfusão, por escrito. O fato deve ser igualmente comunicado à autoridade sanitária competente.

Caso a coleta tenha sido feita em uma instituição diferente daquela que distribuiu sangue, a instituição coletora deve comunicar à instituição distribuidora a sorocorvensão. Cabe a esta a identificação do local para onde o componente foi enviado, e a comunicação à instituição do problema. Esta comunicação deve ser feita por escrito. O fato deve ser igualmente comunicado à autoridade sanitária competente.

Caso algum hemocomponente originário da doação imediatamente anterior à soroconversão ainda esteja estocado, deverá ser imediatamente descartado.

Caso o plasma originário da doação imediatamente anterior à soroconversão tenha sido enviada para o fracionamento industrial, a indústria que recebeu o plasma deve ser comunicada por escrito do fato, simultaneamente à comunicação à autoridade sanitária federal, estadual e local.

O exame sorológico para o marcador em questão deve ser repetido na amostra da plasmateca, e um teste de detecção do genoma viral também deve ser realizado nesta mesma amostra, se este teste não tiver sido praticado quando da doação do sangue, e se a amostra da plasmateca ainda estiver disponível. Os resultados destes exames devem ser comunicados à autoridade sanitária competente e ao hospital que transfundiu o hemocomponente e/ou ao médico responsável pelo paciente.

Uma vez confirmada a soroconversão, o prazo máximo para comunicação do fato às autoridades sanitárias federal, estadual e local é de 3 (três) dias úteis após o recebimento do resultado do exame feito pelo laboratório que realizou o exame confirmatório.

Todos os registros relativos à comunicação da soroconversão, assim como os resultados da re-análise com a amostra da plasmateca devem ser conservados por pelo menos 10 (dez) anos, tanto na instituição que recebeu como na que enviou a comunicação.

 

3.4 COMPETE AO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA

 

Descartar a bolsa de sangue que tenha resultado reagente em qualquer um dos testes obrigatórios realizados na triagem laboratorial, segundo os preceitos estabelecidos na legislação pertinente.

 Em caso de envio dessa matéria–prima para a utilização em pesquisa, produção de reagentes ou painéis de controle de qualidade sorológica, os serviços deverão notificar à Vigilância Sanitária local (municipal) e esta às instâncias superiores (estadual e federal), informando o número da bolsa, a instituição à qual foi enviada e a finalidade a que se destina.

Caberá à ANVISA normatizar a distribuição de bolsas com resultados positivos nos testes de triagem para instituições de pesquisa, produção de reagentes ou de painéis de controle de qualidade.

  • Cumprir o algoritmo para cada marcador;
  • Convocar e orientar o doador com resultados de exames reagentes, encaminhando-o a serviços assistenciais para confirmação do diagnóstico ou, no caso dos exames confirmatórios terem sido realizados pelo Serviço de Hemoterapia, encaminhá-lo para acompanhamento e tratamento;
  • Manter arquivados, por no mínimo 10 anos, os registros dos resultados dos exames realizados, assim como as interpretações e disposições finais;
  • Notificar à autoridade sanitária competente todos os casos confirmados de doadores com resultados de exames reagentes.

 

Os resultados dos exames de triagem dos doadores são absolutamente sigilosos. Quando os exames forem feitos em instituição diferente daquela em que ocorreu a doação, o envio dos resultados deve ser feito de modo a assegurar a não identificação do doador, sendo vedada a transmissão verbal ou por via telefônica dos resultados. O envio por fax ou por e-mail é permitido, sem a identificação do nome por extenso do doador.

Não é obrigatório que o Serviço de Hemoterapia firme o diagnóstico da doença. Entretanto é facultado aos serviços o direito de realizar testes complementares confirmatórios. Deverá ser respeitado, em sua totalidade, o disposto nos itens anteriores.

 

Plasmateca

 

Uma amostra do plasma de todos os doadores de sangue deve ser conservada, em temperatura igual ou inferior a –20oC durante, pelo menos, 6 meses após a doação.

 

Detecção de hemoglobinas anormais

 

É recomendada a detecção de hemoglobina S e de outras hemoglobinas anormais nos doadores de sangue. Os componentes eritrocitários de doadores com pesquisa de hemoglobina S positiva devem conter esta informação no seu rótulo, mas não precisam ser descartados. É recomendado, também, que não sejam utilizados em pacientes com hemoglobinopatias, em pacientes com acidose grave, ou em recém-nascidos, e nem para a transfusão intra-uterina.

 

Conservação, Transporte e vencimento do sangue e componentes

 

Equipamentos para conservação

É necessário, que de acordo com o nível de complexidade dos serviços, as geladeiras e os congeladores em que se armazenam o sangue, os componentes sangüíneos e os hemoderivados devem ser de uso exclusivo.

Todos os equipamentos devem estar perfeitamente identificados ou codificados para evitar confusões.

As geladeiras utilizadas para conservar o sangue e seus componentes devem ter um sistema de ventilação para circulação de ar e ter uma capacidade e forma tal que permitam manter uma temperatura apropriada e uniforme em todos os setores.

Os componentes sangüíneos devem ser armazenados a temperaturas que resultem ótimas para sua função e segurança, a saber:

1. Sangue total e concentrado de glóbulos vermelhos: 4 ± 2ºC.

2. Plasma congelado £ - 20ºC.

3. Crioprecipitado £ - 20ºC.

4. Glóbulos vermelhos congelados em glicerol 40% £ - 65ºC.

5. Glóbulos vermelhos congelados em glicerol 20% £ - 120ºC.

6. Concentrados plaquetários 22 ± 2ºC ou 4 ± 2ºC.

7. Concentrados granulócitos 22 ± 2ºC

As geladeiras e os congeladores para hemocomponentes e as incubadoras de plaquetas devem ter um sistema de controle de temperatura, que pode ser automático ou manual, devendo registrar a temperatura pelo menos a cada 4 horas.

Quando os glóbulos vermelhos congelados são armazenados em nitrogênio líquido, a temperatura na fase gasosa deverá ser mantida abaixo de - 120ºC.

As geladeiras e os congeladores para hemocomponentes e as incubadoras de plaquetas devem ter um sistema de alarme com sinal audível.

O alarme deve ser ativado a uma temperatura tal que seja possível tomar as condutas apropriadas antes que o sangue ou os componentes fiquem armazenados a temperaturas incorretas.

O alarme deve ser audível em área com adequada cobertura de pessoal para que as medidas corretiva possam ser tomadas imediatamente.

O sistema de alarme nos congeladores de nitrogênio líquido deve ser ativado quando os níveis do mesmo não sejam adequadas.

Há que existir procedimentos escritos, facilmente disponíveis que contenham diretrizes de como manter o sangue e seus componentes, conforme as temperaturas permitidas, e instruções em casos de corte de energia elétrica ou alteração na refrigeração.

 

 Transporte

O sangue total e todos os componentes eritrocitários líquidos, devem ser transportados em forma tal que se assegure a manutenção de uma temperatura de 1 a 10ºC.

Os componentes regularmente conservados a 22 ± 2ºC devem ser transportados a 22 ± 2ºC e os componentes armazenados congelados devem ser transportados de maneira que se mantenha o congelamento.

Deve-se garantir a cadeia de frio durante o transporte.

Deve-se inspecionar a aparência de cada unidade no momento da recepção, descartando-se toda unidade que apresente alterações.

 

Vencimento

A data de vencimento é o último dia no qual o sangue ou um componente sangüíneo é considerado viável para fins transfusionais.

 

Sangue total

 O sangue total deve ser armazenado a 4 ± 2ºC na bolsa original, ou nas bolsas satélites unidas a ela em circuito fechado.

O sangue total coletado em soluções anticoagulantes ACD ou CPD terá uma data de vencimento de 21 dias a partir da flebotomia.

O sangue total coletado em solução anticoagulante CPDA-1 terá uma data de vencimento de 35 dias a partir da flebotomia e o conservado em Solução preservadora contendo : sorbitol, manitol, adenina de 42 dias.

 

Concentrados de glóbulos vermelhos

Os glóbulos vermelhos separados em circuito fechado, devem ser armazenados a 4 ± 2ºC e terão a mesma data de vencimento do sangue total do qual tenha derivado.

 

Glóbulos vermelhos congelados

A data de vencimento para os glóbulos vermelhos congelados a temperatura de -65ºC ou inferior será de 10 anos a partir da data da flebotomia.

 

Glóbulos vermelhos lavados e glóbulos vermelhos deglicerolizados

Sua temperatura de armazenamento será 4 ± 2ºC.

 Estes componentes expirarão 24 horas depois de sua obtenção porque são preparados em circuito aberto.

 

Glóbulos vermelhos pobres em leucócitos

Devem ser armazenados a 4 ± 2ºC. Expiram nas 24 horas após aberto o circuito.

 

Plasma Fresco congelado.

Devem ser armazenados a -20ºC com prazo de validade de um ano após a data de coleta da unidade de sangue.

 

Plasma congelado , Plasma remanescente e Plasma Recuperado

Devem ser armazenados a -20ºC com prazo de validade de cinco anos após a data de coleta da unidade de sangue.

 

Concentrados plaquetários

Os concentrados plaquetários poderão ser conservados a 22 ± 2ºC, os concentrados plaquetários obtidos em circuito fechado devem ser mantidos em suave agitação contínua, até 3 ou 5 dias seguintes da flebotomia, dependendo do tipo de bolsa plástica utilizada, de acordo com as especificações do fabricante. As plaquetas refrigeradas devem ser armazenadas por até 24 horas a 4 ± 2ºC. As plaquetas obtidas por aférese usando procedimento em circuito aberto devem ser armazenadas por 24 hs, a 22 ± 2°C e as obtidas mediante procedimentos de aférese em circuito fechado, até 5 dias a 22 ± 2ºC.

Em ambos os casos, os concentrados plaquetários deverão ser mantidos em suave agitação contínua.

Concentrado de granulócitos

A temperatura de armazenamento para os granulócitos será de 22 ± 2ºC. Este componente deve ser administrado tão logo for possível, num período máximo de 24 horas após a sua coleta.

Permite-se a transfusão de concentrado de plaquetas e crioprecipitados em "pool", sempre que as técnicas de preparação garantam a esterilidade do produto.

 

Sangue irradiado

O sangue total ou concentrado de glóbulos vermelhos irradiados devem ser utilizado de acordo com o anticoagulante utilizado, porém não mais de 28 dias, após a data da irradiação.

 

Diagnóstico de Enfermagem

Risco de Infecção Relacionado a defesa inadequadas diminuição de hemoglobina.

Medo relacionado à separação do sistema de apoio em situação potencialmente estressante exemplo procedimento hospitalares.

Disposição para o aumento do conforto relacionado a expressão de desejo de intensificar a resolução das queixas.

Náusea relacionada ao medo evidenciado relato de náusea .

Ansiedade relacionada ao estresse evidenciado pelo aumento da tensão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4. METODOLOGIA

 

Segundo Barros e Lehfeld (2002, p. 01), a metodologia “consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando as suas limitações ou não em nível das implicações de suas realizações”.

 

Descrição do local de pesquisa

 

A presente pesquisa foi realizada no Hemoba e Ambulatório que ficam localizados no Hospital do Oeste (HO), onde o público alvo são os acadêmicos do 8º semestre de enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), onde os mesmos serão convidados através de convites individuais a participar de uma palestra sobre a importância da doação de sangue.

 

Público-alvo

 Acadêmicos de enfermagem da Faculdade são Francisco de Barreiras (FASB) e o público do Ambulatório.

 

Emprego de instrumentos

 

A intervenção será realizada através de palestras, que serão administradas no auditório do HO e salas de aula da FASB, será utilizado como recurso audiovisual, data-show, para uma melhor compreensão do assunto a ser abordado, serão distribuídos panfletos educativos e exposto um banner ilustrativo, para que assim alcancemos um grande número de doadores de sangue, em tempo será solicitado que os ouvintes da palestra que se disponibilizarem a doar sangue identifiquem-se como participantes da campanha realizadas por nós (acadêmicas da FASB, autoras da intervenção) onde será contabilizado através de um programa instalado no computador do HEMOBA utilizado para realizar o cadastro dos possíveis doadores.

 

 

8. REFERENCIAS

http://www.sbhh.com.br/biblioteca/leis/42_00.htm ACESSO EM (DATA E HORA)

http://www.chsp.org.br/novo/interna.php?id=1163

http://www.doevida.org.br/

http://www.sna.saude.gov.br/legisla/.../RES_RDC_ANVISA_343_02vigil_s.doc