Relação entre a narrativa  e a ficção proposta por Hayden White

       As discussões sobre haver a presença da ficção na história não significam a impossibilidade de sabermos a verdade em relação ao passado. O texto historiográfico, mais precisamente a narrativa que compõe o discurso histórico, era o principal objeto de pesquisa de Hayden White. O estudioso não questiona a tangilidade da realidade histórica mas os instrumentos que mediam esse conhecimento. Por tanto a história vivenciada e  experimentada e  poder ser apenas lida, mas sobretudo antes disso  precisa ser escrita, a referencia com a história  é dependente do modo diferenciado com que lidamos  com a linguagem. Em momento algum o historiador, defende a inexistência de uma linha que separa a ficção da narrativa, o aspecto figurativo e ficcional dos  textos históricos e dos textos literários não desqualificam suas verdades. Pra ele é um absurdo afirmar que somente por que um discurso é anunciado no modo de uma narrativa, ele tem que ser mítico, ficcional, imaginário naquilo que nos diz sobre o mundo.

       White afirma que as narrativas históricas e como ficções verbais, cujos conteúdos são tão inventados como achados e suas formas apresentam muito em comum com as narrativas literárias. Em sua tese White  aponta que a narrativa histórica consegue realizar  explicações pertinentes  através de uma urdidura de enredo, pelos quais ao fatos  são codificados em “estórias”, como idéias,  por sua vês muito semelhantes a ficção e aos mitos. A distinção que há entre história e ficção  é de forma e não de conteúdo, ou seja, tanto a História quanto a literatura produzem uma narrativa ficcional. Há uma importante relação entre a narrativa e ficção pois escrever uma narrativa também é escrever uma ficção. Quando procuramos explicar algum acontecimento como, obre cultuas ou sobre sociedades histórias, nunca dizemos com precisão o que realmente queremos dizer, nossos discursos sempre tendem a escapar de nossos dados. White afirma que, o que ocorre é uma relatividade na representação no fenômeno histórico, e refere-se aos historiadores como uma “estrutura verbal na forma de um discurso narrativo em prosa”  ou seja  narrativas históricas como ficções verbais, que cujo os conteúdos  são  achados ou  inventados. O passado é uma construção não desenrolada que se forma durante a escrita da narrativa.

                                                              SANTOS, Wania Bruna dos 

 

Referencias:

 RODRIGUES, R. C. B. Historiografia e Teoria da História. Batatais, 2013. Unidade 5 (confirano Material de Apoio).

WHITE, Hayden. Teoria da literatura e escrita da história. Estudos Históricos, Rio de janeiro, vol. 7, n. 13, 1994, p. 21-48.