O cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e o primeiro em diversidade do mundo, apesar disso está condenado, sobretudo pelo avanço desordenado da agricultura de exportação. No mundo globalizado cada vez mais se constata que a diferença entre os empreendedores de sucesso e os fracassados é extremamente simples: situa-se no campo da percepção; precisamos ser rápidos em perceber as mudançase flexíveis ao empreendê-las, trocando o "fazejamento" pelo planejamento.

Assistimos diuturnamente ecocídios nas mais diversas formas; essa prática invadiu nosso consciente coletivo e se sedimentou de tal forma que nos tornamos invisíveis diante da barbárie que o Homo sapiens está provocando ao meio ambiente. Ainda é possível transformar uma pequena flor num espetáculo aos nossos olhos, é possível tratar feridas da alma com a orquideoterapia.

Estudos climáticos recentes indicam crescente aumento da temperatura global destacando que o ano de 2005 foi o mais quente em todo o período que se processa a medição; existem fortes indícios que as conseqüências do aumento da poluição, das queimadas e dos desmatamentos serão extremamente danosas para todos os seres vivos incluindo o homem. A comunidade científica sabe que as plantas funcionam como indicadores de qualidade de vida e é também sabedora que muitos processos fenológicos, como a queda de folhas e a floração, estão claramente associadas ao clima.

O clima predominante da região Sul mato-grossense é o tropical com temperatura média na casa dos 24º, sendo que as máximas absolutas mensais não variam muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40ºC. nos dias mais quentes de verão e as mínimas absolutas mensais variam bastante, atingindo valores em torno de oito a dez graus, nos meses de maio, junho e julho, na cidade de Guiratinga-MT. Ao longo de dezoito anos de residência nessa região nunca presenciei temperatura próxima ou abaixo de zero grau.

O que se constata é que apesar de aparentemente não estarmos sendo afetados pelo efeito das mudanças climáticas, em conversas informais com orquidófilos da região foi constatado uma certa estranheza com relação a antecipação da floração de diversas espécies nativas da família das orquidáceas, em particular as cattleyas nos anos de 2006, 2007 e 2008.

O relevo da região varia de plano a suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões e a ocorrência das Cattleyas Mesquitaes ocorre via de regras em altitudes superiores a 600m acima do nível do mar.

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