Óh Maria! Óh Maria!

Ordene seu exército e mande me prender
Ordene seus homens para que me amarrarem
 
Óh Maria! Óh Maria
Bata e tortura-me como quiseres!
Arranque-me os órgão e estenda no lugar onde tudo começou!
 
Óh Maria! Óh Maria!
Tire-me a liberdade física, tire-me tudo e ainda sobre meu corpo lancem todo combustível d'Angola e atirem-no à merece de qualquer feixe de luz para que sucumba 
 
Óh Maria! Óh Maria!
Chamem satanás, santos, poetas, escritores, conservadores e comprem vinho para celebrar o meu eterno sofrimento
 
Óh Maria! Óh Maria!
Tirem-me a pátria, o B.I, o passaporte, os diplomas, os títulos, as licenças profissionais e me deixem miserável onde tudo começou 
 
Óh Maria! Óh Maria!
Arranque-me os olhos inteligentes que te desejaram, o coração que pulsou estranhamente naquele lugar
Risquem com um prego de aço o centro do meu cérebro que todos os dias vai pensando um mundo melhor para você 

Óh Maria! Óh Maria!
Tora-me todos os amigos com os quais me rigojizei desde que tudo começou

Óh Maria! Óh Maria 
Depois do funeral lembre-se do meu tutucar, de minhas lagrimas e risos, risos, Kiakiakiak 
Lembre-se do meu extraordinário fluir para você, lembre-se mesmo
Das repetições e das gargalhadas, 

Óh Maria! Maria 
Depois que feito e passado um dia desenterre minhas canções e declarações, meus sonhos e utopias compartilhe, consinta em silêncio aquele parti pedra em nome de sua honra