LENICE APARECIDA DUARTE CANTIDIO

RESUMO
Quando falamos de gramática encontramos no dicionário um conceito que diz: estudo ou tratado, a cerca do modo de falar e escrever corretamente uma língua. Porém, incluímos desse contexto a língua e a fala. A língua é um organismo vivo, é dinâmica, heterogênea; ocorre mudanças e variações, enquanto que a fala tem caráter individual. Pois ninguém fala de maneira idêntica a outra pessoa. No entanto, é impossível não falar de gramática sem citar-se língua e a fala.
Palavras-chave: Língua. Linguagem. Fala. Gramática. Variações.

ABSTRACT
When we spoke about Grammar we found in the dictionary a concept that says: application or agreement, concerning the way of to speak anot to write a language coreetly. However, we included inside of that context the language and the speech. The language is an alive organism, it is dynamic, heterogeneous; it happen changes and variations, while the speech has individual character, because nobody speech in an identical, way the otter person, however, it is impossible not to speak of grammar withont mentioning the language and the speech.
Key- words: Tongue. Language. Speech. Grammar. Variations.

INTRODUÇÃO

Entre o século XIX, e início do século XX, a gramática vem tratando o modelo de falar e escrever corretamente uma língua, definindo o certo e o errado, que tem como ramo da lingüística estudar as composições das palavras. Entretanto, a gramática não é um registro do uso da língua, sendo que é impossível não falar de gramática sem incluir a língua e a fala.
A língua, além de ser um músculo que ajuda na mastigação e deglutinação de alguns alimentos, é um meio que está presente constantemente em nosso dia a dia, que nos permite comunicar-se com outras pessoas como: o rádio, a televisão (telejornais locais), mensagens entre outros, haja vista que a fala é ação ou faculdade de falar, timbre de voz, ou seja, tem como característica o ato individual.
A gramática junto com a língua e a fala fazem parte do aparelho fonador capaz de proporcionar mudanças imutáveis e transformadoras para todo o processo comunicativo, onde ambas se intercalam em sua universalidade idiomática.
No entanto, pesquisas vem mostrando o quanto a gramática na sua historicidade sofreu conotações e interesses diferentes tornando-se assim o foco principal no seu uso de aprendizado universal e não como processo de saber ler e escrever.
O processo de investigação bibliográfica mostrou que o contexto idiomático da gramática mostra que é possível analisar dentro de uma perspectiva, criticar e proporcionar uma pluralidade de concepções da língua, por isso, a relevância e os interesses dessa pesquisa é compartilhar idéias e ideologias de gramática e fala como algo possível de comunicar-se mediante as regras estabelecidas e comentativas. Tendo como objetivo onde deverá ser inserido nessa contextualidade materiais de estudo com educandos e educadores no processo de ensino- aprendizado, razão pelo qual tem como um meio de pesquisa acessível a todas as pessoas da sociedade brasileira.

1 A HISTORICIDADE DA GRAMÁTICA

A primeira gramática de que se tem notícia, como registro histórico é a de Pãnini para o sânscrito que quer dizer: uma das mais antigas línguas clássicas da Índia, da qual descendem várias línguas ou grupos de línguas. Acredita-se que o estudo da gramática formal tenha iniciado com os gregos, a partir de uma perspectiva filosófica. De acordo com Perini (2009, p. 11)
"Saber gramática", ou mesmo "saber português", é geralmente considerado privilégio de poucos. Raras pessoas se atrevem a dizer que conhecem a língua, tendemos, a achar, em vez, que falamos "de qualquer jeito", sem regras definidas.

Em relação ao Império Romano, em sua dominação dos demais povos, os romanos receberam essa tradição dos gregos, e traduziram do latim os nomes das partes da oração e dos acidentes gramaticais. Muitas destas denominações chegaram aos nossos dias. Dionísio, o Trácio, gramático grego, escreveu a "Arte da Gramática", obra que serviu de base para as gramáticas gregas, latina e de outras línguas européias até o renascimento.
No século XX, Noam Chomsky concebeu a teoria da "Gramática Universal", baseada em princípios comum a todas as línguas. Também nos séculos XIX e XX, estabeleceram-se as bases científicas da semiótica, como sistema de signos, envolvendo áreas do conhecimento.
A primeira gramática, na língua portuguesa conhecida, é a da autoria de Fernão de Oliveira, publicada em Lisboa, em 1536, com o seguinte título: Gramática da linguagem Portuguesa. Perini (2009, p. 17) diz

Os homens sempre tiveram um grande desejo de compreender o mundo que habitam. Tentando satisfazer esse desejo, criaram a ciência, assim como a religião e todo tipo de explicações mais ou menos racionais para conta da multidão de fatos que os cercam.

De acordo com o autor Perini, no que diz respeito às explicações racionais, sabemos o que move o mundo não são as respostas e sim, um contexto de perguntas que lhe são oferecidas, que no ápice, de imediato não sabemos responder, mas que temos pelo menos que arriscar um conceito.
2 LÍNGUA: LINGUAL OU GLOSSAL

Quando nós relacionamos a língua, ou tudo relacionado a ela, é geralmente chamado de: lingual que vem da palavra latina, ou glossal que vem da palavra grega para língua. Silva (2009, p. 14) diz que a língua é ao mesmo tempo um sistema de valores que se opõem uns aos outros e um conjunto de convenções necessárias dotadas por uma comunidade lingüística para se comunicar.
Ao destacarmos a língua como um método viável de comunicação, podemos observar que não é homogênea, e sim, algo dinâmico, interativa e viva. No entanto, quando se fala de língua lembramos das seis funções da linguagem, pelo qual, passam pelo canal-que é o meio de comunicação, por onde passa a mensagem, onde dependem do emissor e receptor, caso a mensagem não chegue corretamente, pode-se dizer que houve uma falha na comunicação

3 A LINGUAGEM E A FALA: O ATO INDIVIDUAL

A linguagem pode ser verbal, que é a palavra, que pode ser escrita ou falada e a não verbal, pelo qual não se usa a palavra, como por exemplo: braile, libras e textos iconográficos que são imagens. Maia (2003, p. 71) diz que se a linguagem transforma em fronteiras nítidas aquilo que na experiência são apenas esboços de contornos, a fala é um lugar onde isso se evidencia de forma privilegiada.
Com as considerações do autor, em relação a fala, tem caráter semelhante, ou seja, falantes de uma língua fazem uso e forma da linguagem que utilizam. Silva (2009, p. 14) afirma

a fala é a realização, por parte do indivíduo, das possibilidades que lhe são oferecidas pela língua. É, portanto, um ato individual e momentâneo em que interferem muitos fatores extralingüísticos e no qual se fazem sentir a vontade e a liberdade individuais.

Conforme afirma os autores, acredita-se que esses contextos, dependem de referências para serem encaixadas em um determinado momento, sendo assim algo simples, mas complexo, onde será expositado no corpus desta obra.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o processo de mudanças e ocorrências, que faz diante da gramática, da língua e fala, esses conjuntos caminham em uma mesma direção, estão entre si ligadas a um momento histórico, o caso da gramática em que se faz referências desde o império romano ou até mesmo bem antes deste período. Porém, muitas dessas denominações chegaram aos nossos dias.
Contudo, a língua, além de ser um organismo vivo, trouxe com o tempo novidades e grandes variações ao nosso redor. Todavia, a fala precisa de um referencial para ser introduzida em um contexto, por ter um caráter individual e único, sendo que a gramática é de grande relevância para o estudo da língua no âmbito social, pautada na cientificidade.


REFERÊNCIAS

MAIA, Eleonora. No reino da fala: a linguagem e seus sons. 4 ed. São Paulo: Ática, 2003. 128p.
SILVA, M. Cecília. P. de Souza e. Lingüística aplicada ao português: morfologia. 17 ed. São Paulo: Cortez, 2009. 80p.
PERINI, Márcio A. Sofrendo a gramática. 3 ed. São Paulo: Ática, 2009. 102 p.
ADMIN, Gramática x Lingüística. Disponível em < http: www.google.com.br >. Acesso em: 10 de mar. 2010.