FUNDAÇÃO UNIRG
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II



Kleia Pereira Ramos




GINÁSTISCA ESCOLAR, JOGOS, ATLETISMO, FUTSAL E HANDEBOL.









GURUPI-TO
MARÇO DE 2011
KLEIA PEREIRA RAMOS


GINÁSTISCA ESCOLAR, JOGOS, ATLETISMO, FUTSAL E HANDEBOL.

















GURUPI-TO
MARÇO DE 2011



1 PROBLEMA


A Educação Física escolar deve ter uma boa contribuição para o desenvolvimento do aluno. O professor deve aplicar suas aulas dando oportunidade de participação igualitária, em que os conteúdos sejam ministrados contemplando vivências e experiências do aluno.
A partir da proposta para a Educação Física exposta no referencial curricular do ensino fundamental do estado do Tocantins, será possível desenvolver metodologias de ensino que considerem a diversidade e as necessidades da turma do ??6??ano "B" do Centro Educacional Fé e Alegria, Paroquial Bernardo Sayão?


2 JUSTIFICATIVA


A Educação Física escolar tem por finalidade cooperar com a transformação e formação de cidadãos críticos, conscientes e autônomos, ativos e participativos de seu tempo, espaço e sociedade. Para isso têm caráter teórico-prático, permitindo aos alunos a melhor organização da realidade do esporte, movimento e jogos com as suas possibilidades e necessidades (PINTO e MARIANA LISBOA 2003, p1).
Diante desse entendimento, este projeto, tem por proposta intervir durante as aulas de Educação Física, enfocando os seguintes temas da Educação Física escolar: jogos, atletismo, futsal, handebol, para a turma do "6" ano do Centro Educacional Fé e Alegria, Paroquial Bernardo Sayão.
Para desenvolver esse trabalho é necessário um suporte teórico adequado. Para tal usaremos o referencial curricular do ensino fundamental do estado do Tocantins (2009, p. 95), onde afirma que: "Atualmente a Educação Física trabalha a cultura corporal de movimento visando alcançar as reais necessidades dos alunos, compreendendo as suas características e procurando enfatizar o âmbito de atividade física como fundamental para sua vida".
A Educação Física nos dias atuais, tem se preocupado com a formação do aluno em diferentes aspectos. Sendo assim, o respeito ao próximo tem sido considerado dentro da Educação Física escolar como fundamental na construção do futuro do aluno, tanto na esfera profissional quanto pessoal.

Segundo o referencial curricular do ensino fundamental do estado do Tocantins (2009), a Educação Física vem cada vez mais trabalhando de forma mais expressiva, por meio de movimentos da cultura corporal onde possa descobrir as necessidades do aluno através de cada expressão.

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. (BETTI, citado por ZULIANI, 2002, p, 75)


Segundo Betti (1994) não basta só aprender habilidades motoras e desenvolver capacidade física, mais cuidadosamente conduzir ao aluno a uma reflexão crítica que o leve a sua autonomia, na qual ele possa produzir reproduzir e transformar positivamente esses conteúdos. O mesmo autor ainda orienta que esse é um processo de desenvolvimento onde o aluno deve necessariamente passar por algumas fases, níveis de desenvolvimento, para o seu avanço durante e depois das aulas.
Tratando especificamente dos conteúdos a ser desenvolvida nesta proposta, a ginástica escolar no contexto da Educação Física escolar, tem o intuito de fazer o aluno se conhecer corporalmente. Segundo o referencial curricular do ensino fundamental do estado do Tocantins (2009), a ginástica é uma modalidade prática que leva o aluno a testar suas competências, habilidades, e até mesmo superar seus limites.
Além de a ginástica possibilitar um leque muito grande vivências corporais, ela é uma expansão de desenvolvimento expressivo, onde todos têm o potencial de passar por cada movimento, desde que respeitadas às diferenças e os limites de cada um.
Partindo para outro conteúdo a ser trabalhado, abordamos o atletismo que, apesar de ser considerado um conteúdo clássico da Educação Física, é ainda pouco difundido na escola. De acordo com Simões (2002, p. 10):


A escola deve optar por um "pré-atletismo", em que, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores básicos; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo.



O atletismo é uma modalidade cujas suas origens retratam antiguidade grega dos primeiros jogos olímpicos, considerando o esporte-base por sua capacidade de testar todas as características básicas do homem.
O jogo e a brincadeira são tratados num mesmo sentido, com o mesmo significado, pois tanto o brincar como o jogar, refere-se às atividades que permitam ao educando criar, imaginar, construir e aprender, da forma que melhor se adaptem tudo ao seu tempo, de maneira que esse aprendizado se torne prazeroso para o praticante (ENDERLE, e MORAIS JUNIOR 2009, p1).


O jogo tem essência criativa, sendo fundamental para lidar com situações de choques e conflitos. É uma forma construtiva e útil de vivenciar novas experiências. Por meio dele é possível, para o sujeito, criar atalho entre a fantasia e o real, entre o mundo em que gostaria de estar e o mundo em que tem que viver.


Dessa forma o jogo assume um papel importante nas aulas de Educação Física escolar, já que possibilita ao indivíduo de uma forma prazerosa, descontraída, sem muitas cobranças, mostrar seu potencial e seu poder de criação, oportunizando a descoberta de sua corporeidade, do autocontrole e do respeito com o próximo.
Passando agora para o conteúdo esporte, contemplaremos nesta proposta duas modalidades: o handebol e o futsal.
O Handebol uma modalidade esportiva praticada por ambos os sexos e cada vez mais procura a caminhar para ocupar seu espaço em níveis mundiais, tanto em qualidade, quanto em quantidade. O handebol visa uma interação entre os praticantes, promovendo autonomia e respeito mútuo, utilizando as capacidades físicas e motoras. É preciso que vejam que o handebol moderno não é somente com as formas aplicadas de correr saltar, e arremessar uma bola contara a baliza adversária mais sim aprender e ajudar o próximo (SIMÕES, 2002).
Já o futsal, se caracteriza como um jogo capaz de atuar de forma solidária, respeitando as diferenças de cada um valorizando cada momento, sempre com a preocupação de não deixar a competitividade ser excessiva, procurando solucionar conflitos através de diálogos, buscando um trabalho pedagogicamente correto.




3 CONTEÚDOS


3.1 GINÁSTICA ESCOLAR


? Correr;
? Saltar;
? Pular;
? Lançar.


3.2 JOGOS


? Jogos de tabuleiros: dominó (históricos peças e jogo propriamente dito);
? Conceitos de jogos e brincadeiras;
? Jogos no contexto amador, recreativo, escolar e profissional;
? O sentido das regras e do jogo;


3.3 FUTSAL


? Histórico (origem e evolução);
? Jogos pré-desportivos;
? Fundamentos:
 Condução de bola (peito do pé parte externa do pé, parte interna do pé sobre a bola);
 Chute (peito do pé, bico do pé, parte externa do pé, parte interna do pé).
 Passe (peito de pé, bico do pé, parte externa do pé, parte interna do pé)



3.4 ATLETISMO


? Histórico (origem e evolução);
? Tipos de provas: campo e pista;
? Jogos pré - desportivos (corridas, saltos lançamentos e arremessos);
? Corrida de velocidade (educativos da corrida, tipos de saída, piques de 20-30-50 e 70m, corrida de velocidade em linha reta, em curva, 100 m e 200 m).


3.5 HANDEBOL


? Histórico (origem e evolução);
? Jogos pré-desportivos (adaptação à bola e à quadra);
? Fundamentos:
 Pegada (com uma das mãos e com as duas mãos);
 Recepção (alta, média e baixa);
 Passes (quanto à trajetória da bola: direto, picado e parabólico);
 Passes mais usados (de frente, à altura do ombro, de frente picado, com salto por trás, à altura dos quadris, por sobre a cabeça e lateral).












4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES


4.1 COMPETÊNCIAS

? Reconhecer e respeitar o próprio corpo e do outro, cada uma de suas partes, seus limites e possibilidades, de forma a poder desenvolver suas atividades corporais com autonomia, valorizando-as como recurso para manutenção da própria saúde.
? Ser capaz de movimentar-se usando as habilidades motoras e as capacidades físicas.
? Ser capaz de atuar de forma solidaria, respeitando e valorizando a inclusão social, as indiferenças individuais, as regras estabelecidas, a elaboração e a adaptação de brincadeiras e jogos, evitando a competitividade excessiva, favorecendo a participação de todos, como recurso a ser utilizado em momentos extra-escolares e de lazer.
? Gerenciar atividades corporais com autonomia, respeitando a si e a outro, utilizando as capacidades físicas e habilidades motoras, com discernimento, nas situações-problema do cotidiano.


4.2 HABILIDADES


? Interagir na ginástica procurando cuidar da segurança própria e alheia.
? Reconhecer e valorizar as experiências trazidas pelos colegas do seu meio sócio-cultural.
? Participar de atividades lúdicas que envolvam condição motora: coordenação, velocidade, agilidade e equilíbrio dinâmico, estático e recuperado.
? Participar de atividades lúdicas que envolvam a condição física: força muscular, resistência cardiorrespiratória, resistência muscular e flexibilidade.
? Analisar e compreender as estratégias de jogos pré-desportivos de modo a ampliar suas possibilidades de movimento.
? Relacionar as atividades pré-desportivas e desportivas com a condição física e motora.
? Compreender o caráter dos jogos nos contextos amador, recreativo, escolar e profissional, evitando a competitividade excessiva.
? Entender que oposição é uma estratégia de jogo e não uma atitude de confrontação.
? Solucionar conflitos através do diálogo, evitando a competitividade.
? Perceber as possibilidades e limitações de si mesmo e do outro nas diversas situações corporais, para auxiliar e ser auxiliado.
? Entender que as regras podem ser adaptadas para a inclusão de todos.
? Interagir em jogos e esportes, procurando cuidar da segurança própria e alheia.
? Ter responsabilidade pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades motoras e capacidades físicas relacionadas aos jogos e esportes.
? Conhecer e ter disposição para superar suas limitações pessoais.
? Reconhecer e valorizar atitudes não discriminatórias.
? Respeitar a integridade física e moral do outro.
? Interagir no contexto escolar através dos jogos desportivos vivenciando vários papéis: jogador, torcedor e árbitro.














5 OBJETIVO GERAL


Proporcionar aos alunos do 6º ano a vivência e o aprendizado dos conteúdos futsal, handebol, atletismo, jogos e ginástica escolar, explorando atividades que possam ser compreendidas e vivenciadas por todos.



6 AVALIAÇÃO


Será aplicada uma avaliação teórica no valor de 5,0 pontos a cada bimestre, onde serão analisados os índices de aprendizagem de cada aluno dos conteúdos aplicados. Os outros 5,0 pontos também serão distribuídos nos dois bimestres a partir dos seguintes critérios: freqüência (2,0 ponto), colaboração e iniciativa na realização das atividades (1,0 ponto), respeito pelos professores e colegas (2,0 pontos).













7 CRONOGRAMA DAS AULAS

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
01 16/03/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Conhecer os alunos.
Apresentar os conteúdos do semestre.
Vivenciar a ginástica escolar a partir de seus movimentos básicos: correr, saltar, pular e lançar.
Apresentação em sala dos conteúdos e estagiários.
Na quadra verificar através de exercícios em grupos e individual os conhecimentos sobre a ginástica escolar. Com atividades de correr saltar, pular. E para a próxima aula os alunos vão trazer apresentação de serie de ginástica.
SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
02 23/03/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Oportunizar a vivência dos movimentos básicos da ginástica. Aula prática, sendo que os alunos que irão apresentar movimentos da ginástica elaborados por eles por meio de montagem e apresentação de uma série de ginástica.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
03 30/03/2011
OBJETIVO AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Apresentar em sala o histórico do dominó.
Promover a vivência prática do jogo de dominó a partir de seus elementos básicos. Em sala, dividir a turma em pequenos grupos, iniciando por uma exposição oral, passando para a realização do jogo.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
04 06/04/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Apresentar o histórico do futsal e sua origem e evolução.
Vivenciar o aprendizado do fundamento passe. Utilização de data show na exposição oral, sendo que no final será feito um debate.
Na quadra, um pequeno circuito para realização do fundamento passe.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
05 13/04/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Vivenciar o aprendizado dos fundamentos condução de bola e chute. Por meio de brincadeiras e jogos adaptados, onde o aluno possa vivenciar melhor os fundamentos.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
06 27/05/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Vivenciar os fundamentos do futsal: passe, condução e chute.
Uma avaliação de todos os fundamentos trabalhados. Por meio de brincadeiras e jogos pré-desportivos com intervalos para explicação de cada fundamento.
Por meio de prova teórica no valor de 5,0 pontos

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
07 4/05/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Apresentar a origem e evolução do atletismo e os tipos de prova: campo e pista. Vivenciar os fundamentos: corridas, saltos, lançamentos e arremessos. Na quadra verificar através de exercícios em grupos e individuais os conhecimentos sobre o atletismo. Atividades pré-desportivas e brincadeiras adaptadas explorando os fundamentos citados.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
08 11/05/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Explorar os tipos de corrida do atletismo: saída, e corrida de velocidade em linha reta e em curva. Por meio de atividades, que possa fazer os alunos a vivenciar cada fundamento do atletismo.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
09 18/05/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Apresentar o histórico e origem do handebol,
Vivenciar os fundamentos do handebol: pegada (com uma das mãos e com as duas mãos) e recepção (alta, média e baixa). Em quadra através de exercícios em grupos e individuais e brincadeiras adaptadas que explorem os fundamentos citados.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
10 25/05/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Vivenciar os fundamentos do handebol:
Passes (quanto à trajetória da bola: direto, picado e parabólico);
Passes mais usado (de frente, à altura do ombro, de frente picado, com salto por trás, à altura dos quadris, por sobre a cabeça e lateral). Em quadra através de exercícios em grupos e individuais e brincadeiras adaptadas que explorem os fundamentos citados.
Utilizando atividades pré-desportivas introduzir os fundamentos do handebol.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
11 01/06/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Oportunizar a vivência do jogo de handebol.
Atividades pré-desportivas adaptadas à realidade da turma de alunos.

SEQUÊNCIA DE AULA DATA DA AULA
12 08/06/2011
OBJETIVO DA AULA PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Avaliação para fechar o bimestre, dos conteúdos já trabalhados.
Confraternização Recolhimento da atividade de avaliação. Gincana envolvendo todas as turmas do estágio.






















REFERÊNCIAS


ENDERLEA, M, JUNIOR Jogos recreativos: o pensar de professores de Educação Física. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires Junho de 2009, p1



REFERENCIAL CURRICULAR; do ensino fundamental do estado do Tocantins, 2009, p. 95.


SIMOES, A. C. Handebol defensivo: conceitos técnicos táticos, São Paulo, 2002, p10
Phothe Editora. 2002.



ZULIANI, L. ROBERTO, BETTI, MAURO Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte ? 2002, 1(1): 73-81



PINTO, M, LISBOA da crítica a educação física escolar à educação física escolar crítica. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ano 9 - N° 60 - Maio de 2003,p.1