Gestão Social e Desenvolvimento Local na Realidade dos Municípios
Publicado em 09 de setembro de 2011 por Flávia Hilário Cassiano
Gestão Social e Desenvolvimento Local na Realidade dos Municípios.
Flávia Hilário Cassiano
Assistente Social ? UNITAU ?Taubaté-SP
Especialista em Gestão de Políticas Sociais ? PUC-MG
[email protected] http:flaviahc26.blogspot.com
08/09/2011
Conceituamos gestão como a orientação da dinâmica de uma organização, ou seja, para que a gestão de determinada organização, pautado em suas atividades cotidianas sejam bem-sucedidas é necessário uma boa utilização dos recursos humanos-materiais e o direcionamento desses recursos para atingir as finalidades predeterminadas e propostas pela organização.
Geralmente identificamos nos Municípios uma ausência primeiramente de planejamento das ações que devem ser realizadas e também a falta de disponibilidades de recursos humanos e materiais para tais ações. Também permeia as ações na gestão social a falta de educação continuada, propostas de diversas e inúmeras conferências realizadas com a participação da sociedade.
Os Municípios, em geral, tem suas finalidades vinculadas às propostas dos entes estaduais e federais, os quais devido ao processo político-partidário acabam muitas vezes colocando os Municípios à mercê de realidades opostas e condicionalidades distantes das demandas realmente existentes.
Na maioria dos casos, não há saída para os gestores municipais, ou aderem ao sistema verticalizado (estadual e federal) dos programas e projetos, ou ficam às margens de um possível e súbito arrocho socioeconômico local, devido à falta de respeito à soberania dos Municípios.
Compreendendo melhor essas colocações é importante ressaltarmos que o simples fato de se agrupar pessoas e recursos não basta para garantir a eficácia e eficiência dos recursos alocados para realização dos trabalhos. A dimensão de gestão social vai muito além da idéia simplista de equipe administrativa, isso demanda fundamentalmente, o ato de gerenciar a equipe pública que está no cenário dos produtos e serviços a serem oferecidos aos próprios financiadores das políticas sociais e econômicas do país: OS CIDADÃOS, sob a ótica da conjuntura mundial de relações e conseqüências.
Fazendo uma conexão de vivência e de conceitos prontos, temos que ressaltar que no Município é que a vida acontece, onde as pessoas depositam suas expectativas e sobrevivem às adversidades cotidianas. A idéia de soberania de Estados e Federação em tentar resolver situações da realidade dos Municípios a troco de votos está cruelmente na contra-mão da realidade, pois o que atualmente acontece na idéia engessada de administração pública pode se tornar o maior dos empecilhos, quando o voto vier a ser facultativo. Pois isso, não é idéia distante, isso já é projeto na Câmara dos Deputados apresentada em 2009 para ser votada, mas, como são eles, os mentores das intervenções monárquicas, podemos esperar essa votação num futuro distante e olhe lá.
Hoje temos que defender o conceito de gestão social como um conjunto de processos sociais, no qual a ação gerencial se desenvolve por meio de ações negociadas entre seus atores, perdendo o caráter burocrático em função da relação direta entre o processo administrativo e a múltipla participação social política. Há de se atentar também, para o maquianismo das formas de participação, pois há muitos entraves, nós sabemos, na verdadeira integração sociopolítica deixar a sociedade participar e dividir poderes é reduzir poderes de quem manipula e ordena a gestão pública e social.
Não queremos nos adentrar nos méritos de fetiches políticas, mas não devemos tentar não ver a realidade socioeconômica a qual estamos atravessando, o cenário que estamos vivendo e as diversas formas de organização e expressões sociais que temos que nos deparar no nosso cotidiano pessoal e profissional, advindos justamente de um processo histórico, onde a falta de encarar o realismo local como forma de diagnóstico da real gestão social seria o termômetro do desenvolvimento, das mudanças as quais precisamos, da realidade dinâmica dos acontecimentos é aqui onde estamos e não onde eles acham que estamos.
Nessa reflexão é interessante destacar que nos Municípios, a arte de gerenciar tem salientado a grande necessidade de se tornar conhecida, na sua finalidade enquanto instância federativa, a fim de que seus dirigentes, secretários e demais servidores públicos possam canalizar seus esforços onde os Municípios sejam considerados legítimos pela sociedade.
A racionalidade na gestão social de organizações públicas devem sair do âmbito temerário e se expandir como forma de atender as expectativas da sociedade, no sentido mais tônico da palavra criatividade, pois é meramente bizarro as instâncias superiores acreditarem que transferir renda é acabar com a miséria. Muitas vezes a renda não é principal necessidade, e sim uma atividade que possa dignificar o cidadão, um grupo que possa melhorar a condição do meio ambiente, na comunidade, enfim, é mais fácil tampar o sol com a peneira. Porém, desmistificar esses conceitos é enfrentar uma cultura bonapartista que não nega ganhos pessoais e políticos.
Nesse patamar de relação política institucional entre as três instancias é necessário traçarmos graus de eficiência e eficácia, pois conquistarmos a sociedade e ampliá-la gerando condições onde o desenvolvimento deve ser o ápice da gestão social. Em termos reais, o que podemos presenciar é a marca do assistencialismo vigorando até os dias de hoje em todas as áreas das políticas públicas de forma a transferir estatísticas a partir de dados distantes da realidade dos Municípios.
Se pudéssemos implantar um sistema de inovação na gestão municipal, onde os dados repassados aos governos estadualfederal ficassem para servir de diagnóstico local no banco de dados do Município e esse gerir recursos de forma a atender realmente as necessidades da população local, teríamos uma qualidade de vida estampada nos quatros cantos do país.
Hoje o maior problema enfrentado no desempenho do desenvolvimento local é o desvio de recursos públicos onde o eixo da corrupção se faz e desfaz nos mais imponentes órgãos gestores das políticas sociais e os recursos necessários para proporcionar uma gestão eficaz fica apenas no bolso egoísta das ideologias dos mandantes dessa tal democracia.
Flávia Hilário Cassiano
Assistente Social ? UNITAU ?Taubaté-SP
Especialista em Gestão de Políticas Sociais ? PUC-MG
[email protected] http:flaviahc26.blogspot.com
08/09/2011
Conceituamos gestão como a orientação da dinâmica de uma organização, ou seja, para que a gestão de determinada organização, pautado em suas atividades cotidianas sejam bem-sucedidas é necessário uma boa utilização dos recursos humanos-materiais e o direcionamento desses recursos para atingir as finalidades predeterminadas e propostas pela organização.
Geralmente identificamos nos Municípios uma ausência primeiramente de planejamento das ações que devem ser realizadas e também a falta de disponibilidades de recursos humanos e materiais para tais ações. Também permeia as ações na gestão social a falta de educação continuada, propostas de diversas e inúmeras conferências realizadas com a participação da sociedade.
Os Municípios, em geral, tem suas finalidades vinculadas às propostas dos entes estaduais e federais, os quais devido ao processo político-partidário acabam muitas vezes colocando os Municípios à mercê de realidades opostas e condicionalidades distantes das demandas realmente existentes.
Na maioria dos casos, não há saída para os gestores municipais, ou aderem ao sistema verticalizado (estadual e federal) dos programas e projetos, ou ficam às margens de um possível e súbito arrocho socioeconômico local, devido à falta de respeito à soberania dos Municípios.
Compreendendo melhor essas colocações é importante ressaltarmos que o simples fato de se agrupar pessoas e recursos não basta para garantir a eficácia e eficiência dos recursos alocados para realização dos trabalhos. A dimensão de gestão social vai muito além da idéia simplista de equipe administrativa, isso demanda fundamentalmente, o ato de gerenciar a equipe pública que está no cenário dos produtos e serviços a serem oferecidos aos próprios financiadores das políticas sociais e econômicas do país: OS CIDADÃOS, sob a ótica da conjuntura mundial de relações e conseqüências.
Fazendo uma conexão de vivência e de conceitos prontos, temos que ressaltar que no Município é que a vida acontece, onde as pessoas depositam suas expectativas e sobrevivem às adversidades cotidianas. A idéia de soberania de Estados e Federação em tentar resolver situações da realidade dos Municípios a troco de votos está cruelmente na contra-mão da realidade, pois o que atualmente acontece na idéia engessada de administração pública pode se tornar o maior dos empecilhos, quando o voto vier a ser facultativo. Pois isso, não é idéia distante, isso já é projeto na Câmara dos Deputados apresentada em 2009 para ser votada, mas, como são eles, os mentores das intervenções monárquicas, podemos esperar essa votação num futuro distante e olhe lá.
Hoje temos que defender o conceito de gestão social como um conjunto de processos sociais, no qual a ação gerencial se desenvolve por meio de ações negociadas entre seus atores, perdendo o caráter burocrático em função da relação direta entre o processo administrativo e a múltipla participação social política. Há de se atentar também, para o maquianismo das formas de participação, pois há muitos entraves, nós sabemos, na verdadeira integração sociopolítica deixar a sociedade participar e dividir poderes é reduzir poderes de quem manipula e ordena a gestão pública e social.
Não queremos nos adentrar nos méritos de fetiches políticas, mas não devemos tentar não ver a realidade socioeconômica a qual estamos atravessando, o cenário que estamos vivendo e as diversas formas de organização e expressões sociais que temos que nos deparar no nosso cotidiano pessoal e profissional, advindos justamente de um processo histórico, onde a falta de encarar o realismo local como forma de diagnóstico da real gestão social seria o termômetro do desenvolvimento, das mudanças as quais precisamos, da realidade dinâmica dos acontecimentos é aqui onde estamos e não onde eles acham que estamos.
Nessa reflexão é interessante destacar que nos Municípios, a arte de gerenciar tem salientado a grande necessidade de se tornar conhecida, na sua finalidade enquanto instância federativa, a fim de que seus dirigentes, secretários e demais servidores públicos possam canalizar seus esforços onde os Municípios sejam considerados legítimos pela sociedade.
A racionalidade na gestão social de organizações públicas devem sair do âmbito temerário e se expandir como forma de atender as expectativas da sociedade, no sentido mais tônico da palavra criatividade, pois é meramente bizarro as instâncias superiores acreditarem que transferir renda é acabar com a miséria. Muitas vezes a renda não é principal necessidade, e sim uma atividade que possa dignificar o cidadão, um grupo que possa melhorar a condição do meio ambiente, na comunidade, enfim, é mais fácil tampar o sol com a peneira. Porém, desmistificar esses conceitos é enfrentar uma cultura bonapartista que não nega ganhos pessoais e políticos.
Nesse patamar de relação política institucional entre as três instancias é necessário traçarmos graus de eficiência e eficácia, pois conquistarmos a sociedade e ampliá-la gerando condições onde o desenvolvimento deve ser o ápice da gestão social. Em termos reais, o que podemos presenciar é a marca do assistencialismo vigorando até os dias de hoje em todas as áreas das políticas públicas de forma a transferir estatísticas a partir de dados distantes da realidade dos Municípios.
Se pudéssemos implantar um sistema de inovação na gestão municipal, onde os dados repassados aos governos estadualfederal ficassem para servir de diagnóstico local no banco de dados do Município e esse gerir recursos de forma a atender realmente as necessidades da população local, teríamos uma qualidade de vida estampada nos quatros cantos do país.
Hoje o maior problema enfrentado no desempenho do desenvolvimento local é o desvio de recursos públicos onde o eixo da corrupção se faz e desfaz nos mais imponentes órgãos gestores das políticas sociais e os recursos necessários para proporcionar uma gestão eficaz fica apenas no bolso egoísta das ideologias dos mandantes dessa tal democracia.