UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

Fundação dos administradores de santa catarina – fundasc

MARCIA DALVA MACHINSKI

CHAPECÓ

2008

GESTÃO ESTRATEGISTICA DO DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS PARA A SUSTENTABILIDADE E A LONGEVIDADE DOS NEGÓCOS

Marcia Dalva Machinski[1]

 
Gerson Rizzatti Junior, Dr.[2]

 

Resumo

O objetivo geral deste artigo é pensar a Gestão Estratégica de Negócios a partir da Gestão de Pessoas, com enfoque no desenvolvimento de pessoas, por meio da Educação Básica e Continuada, considerada estratégia para geração de conhecimento e riqueza: capital humano.

A metodologia aplicada foi o estudo exploratório da literatura da administração, com enfoque em gestão estratégica de negócios e a situação da Educação Básica no Brasil, istopara fundamentação de questões levantadas ao longo da prática profissional da pesquisadora O estudo foi baseado em livros, artigos científicos; registros pessoais de palestras e congressos;relatórios de pesquisas de consultorias profissionais realizadas em indústrias do oeste catarinense dos setores da construção civil, setor alimentício, metal-mecânica, móveis e papel, além de conclusões pessoais que foram surgindo no decorrer da vida acadêmica, profissional e desta pesquisa. Por isso, este artigo tem um caráter teórico-prático.

Espera-se contribuir para que as empresas e os profissionais olhem os investimentos emeducação corporativa e a gestão de pessoas como estratégicos para sustentabilidade, crescimento e valor agregado à empresa, na sociedade globalizada, na Era do Conhecimento. Também, procura sensibilizar instituições para a necessidade da inclusão do tema, de uma forma mais estrutural, nos currículos dos cursos superiores e de especialização em administração e pedagogia, que formam os futuros agentes decisores das empresas.

Palavras-chave: Gestão de Pessoas; capital humano; globalização; desenvolvimento de pessoas; educação corporativa.

Abstract

The general objective of this article is discuss the strategical management of business taking in account the people management, emphasizing the people development by promotion of the basic and continued education, considered strategy to make grown the knowledge and wealth: the human capital.

The applied methodology wasan explorer study based in the administration literature, about strategical management of business and about the situation of the Brazilian Education to basewith theory some questions appeared throughout the professional carrier of the researcher. The research was based in books, scientific articles; personal registers of the conferences; reports ofthe professional consultive researches made in the manufactures of the West of theSanta Catarina States, industries of the civil construction, food sector, metal-mechanic sector, furniture sector, paper sector, beyond personal conclusionsderiving throughout the professional and academic career and during the research. Because it, this article has a practical and theoretical character.

One expects is to contribute to the companies and the professionals look at the investments in corporative education and the management of people as strategy to support and developthe companies, and look to the human capital as aggregated value of the companies. It intends to sensitize the universities to include this subject with major importance at the propose of the Business Administration and Education courses to the empowerment of the futures CEO's.

Key-Words: Management of people; human capital; globalization; development of people; corporative education.

  1. INTRODUÇÃO

Algumas questões não conseguem ser respondidas imediatamente por quem se põe a pensar sobre o futuro da economia do Brasil: Dentro do mercado global, na perspectiva do cenário externo, aquelas sólidas - grandes, médias ou pequenas - empresas brasileiras de hoje, têm fôlego para crescer e continuarem existindo no espaço de dez, quinze ou vinte anos? Têm fôlego para, na economia global, continuarem competindo com os, já, países desenvolvidos e com os países dos mercados emergentes? O que é necessário fazer para isso?

Se por um lado tem-se os países desenvolvidos, detentores de alto capital humano, vivendo quase que plenamente na Era do Conhecimento, detendo e produzindo o conhecimento, usando seus melhores cérebros para descobrir e desenhar novos produtos, novos negócios e novos mercados, por outro lado, tem-se os países asiáticos e africanos, das chamadas economias emergentes, usando seus abundantes músculos, para manufaturar os produtos criados e patenteados no ocidente, a um custo muito inferior ao dos países manufatureiros ocidentais – dentre eles o Brasil. Sem entrar no mérito da questão da qualidade dos produtos lá produzidos, ou da exploração da mão-de-obra quase escrava (porque são questões que extrapolam ao tema ora tratado) cabe refletir sobre o Brasil, sua economia, suas empresas e sobre que visão de futuro é necessário assumir coletivamente, em face das ameças de encolhimento da economia nacional, frente à competição no mercado global.

Justifica-se esta pesquisa à medida que estando a economia brasileira agindo e sofrendo influências do mercado global, tendo suas empresas vivendo a transição dos modelos administrativos e de produção das sociedades pré-industriais e industriais para a pós-industrial, refletir sobre a importância do investimento e gestão do capital humano, o planejamento da Educação Básica e Continuada dos trabalhadores, é questão crucial para a sustentabilidade, a longevidade e a lucratividade dos negócios.

» Baixe o artigo completo para continuar lendo.