SALERMO, Soraia C. Elkfouri. Ministração Escolar e Educacional 2007. Cap 3.

Jucilene Sanches Rodrigues Onetta

 

     De acordo com SALERMO (2007), em seu capítulo 3 da obra indicada na bibliografia, a Gestão Escolar é uma instituição organizada que devem delinear em seu espaço pessoas com seus valores através de uma organização através de uma administração formalizada, levando em conta as três fases iniciadas no inicio do século XX que trataremos a seguir de acordo com a abordagem da autora neste capitulo.

    Salermo ao citar Sander, diz que a escola clássica compõe-se de três movimentos iniciais: a administração científica, nos Estados unidos que teve Taylor como idealizador o qual se interessava mais pelos métodos e sistemas de racionalização do trabalho; administração geral na França onde Fayol através de uma abordagem sintética e universal via a organização como um corpo empresarial; por último vem a administração burocrática na Alemanha que inspirou a consolidação a consolidação da revolução Industrial.  

   Observando cada movimento da administração, podemos dizer que a gestão escolar é uma organização administrativa que deveria ser formalizada com intuito de manter-se organizada para exercícios pedagógicos que se entrelaçam durante o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação das atividades propostas por qualquer grupo liderado pelo sistema a fim de trabalhar o indivíduo com o perfil a candidato para colaborar com o sistema que facilitará sua vida e sua permanência em uma sociedade capitalista, seletiva e ao mesmo tempo individualista e egocêntrica.

   Esse indivíduo é administrado por uma escola que segundo Salermo é pedagógica, pois, estabelece parâmetros organizacionais em seus planejamentos, acompanhamento do pessoal de apoio como também dos auxiliares administrativos e a relação entre professor e aluno, atividades que incorporam o pensamento de Fayol e a linha Taylorista onde o planejamento tem a função de controle das atividades definidas pelo administrador para melhorar o tempo atingindo o máximo de eficiência.

   Segundo Salermo, o planejamento tem enfoque eminentemente prescritivo e normativo, já que a preocupação com as regras do jogo é fundamental. Ela diz que Taylor formaliza a dicotomia entre o pensar e o fazer, já Fayol entende-o como normativo num processo dedutivo, Weber, todavia, contribui com o planejamento em sua linha burocrática quando diz que burocracia reduz no mínimo as frustrações e a irracionalidade de um sistema sem o devido controle, pois, preocupa-se com o cumprimento das leis e normas que regem o funcionamento das organizações e com a defesa de seus interesses com o sistema, desconsiderando a individualidade.

   Vemos nas citações diferentes ideologias a respeito do planejamento educacional. A burocracia de Weber é aceitável quando se trata do cumprimento das leis, uma vez que vivemos em um País que fiscaliza e normatiza qualquer instituição ou organização, porém, ao afirmar que desconsidera a individualidade, o terceiro parágrafo seria uma contradição ao sistema que burocratiza tudo e todos e nas suas Leis selecionam seus colaborados através de normas impostos as organizações e as instituições com o proposito de selecionar cada perfil que no futuro, se não haver um acompanhamento psicológico tornasse-a um indivíduo individualista  e seletivo em suas escolhas e ações.

    Referente a isso, Salermo cita em sua obra George Mayo, percursor da teoria das relações humanas sob o enfoque quase terapêutico, visando á integração dos interesses entre operários e dirigentes, contrapunha ‘se á escola clássica, que pensava na solução de conflitos com base na força, pelo controle econômico. Ela comenta que para o psicólogo, os trabalhadores não reclamavam de suas dores, mas lastimavam se dos males do espírito, depressões, pessimismo, além de pessimismo, além de perderem a paciência com problemas triviais, acabando por pedirem demissão.

    Sabemos que o acúmulo de sentimentos, problemas, falta de consciência do ser cidadão no espaço que ele chama de trabalho com objetivo de simplesmente ganhar dinheiro ele pode se tornar um humano frustrado consigo mesmo porque ele nunca vai conseguir ganhar o suficiente para suprir todas as suas carências e isso em qualquer classe social, pois, o próprio sistema que o selecionou e o empregou é o mesmo que através da burocracia impõe-lhe regras que retiram dele a satisfação de assinar o seu comprovante a cada mês vendo a porcentagem absurda dos débitos de contas que ele não gerou, mas o sistema.

    Um sistema que não administrou a organização de forma a prepará-lo psicologicamente para o exercício de sua cidadania e sua qualificação para o trabalho. Com isso, torna-se um cidadão revoltado com o sistema formaliza tudo na nossa sociedade que é capitalista, outra hora é socialista, democrática, e que é regida por uma administração que normatiza desde a educação primária a educação superior com uma simples demagogia de ordem e progresso, de escola para todos.

    Com tudo o que foi abordado, vale ressaltar que a autora  neste comentário sobre gestão escolar, brincou colocando aos seus leitores a ideia de observamos ecleticamente a escola como uma administração escolar. Uma gestão administrada por um gestor ou diretor com princípios humanos, conhecedor das teorias de relações humanas uma vez que vai gerenciar ou administrar pessoas com valores, sentimentos, ideias, sonhos, projetos de futuro e sobre mundo. Pessoas que talvez precisem apenas de uma orientação para conduzir seus ideias através de uma administração que adquiriu na escola enquanto estava sendo moldado pelo sistema com objetivo de ser escolhido para colaborar com aquilo que sabe e gosta de fazer e em troca o sistema facilitar sua vivencia na sua sociedade.