GESTÃO E PRECONCEITO RACIAL

Jacilda de Siqueira Pinho[1]

RESUMO

O presente artigo reflete a situação de crianças negras,  vividas  na Escola Estadual Irmã Lucinda Facchini, situada no Bairro da Ponte, município de Diamantino, Mato Grosso. Foram feitas entrevistas com equipe gestora da Escola: diretor, coordenadora e alunos. As entrevistas evidenciaram a Escola procura priorizar o trabalho com a diversidade étnica. Os entrevistados concebem que existe a mistura de raça no Brasil, porém, concordam que o currículo escolar não discute este problema no planejamento pedagógico, percebe-se um rápido enfoque em relação ao assunto.  Concebem que existe uma mistura de raças no Brasil e particularmente em sua família. O trabalho evidenciou que os Parâmetros Curriculares Nacionais abordam questões relevantes sobre a questão racial, entretanto, só este documento não é suficiente, neste contexto surge a Lei 10.639/03 que procura reparar conteúdos que dizem respeito a todos os brasileiros e que estão ocultos e omissos historicamente pela sociedade e pela escola, esta lei surgiu da necessidade de buscar alteração dos indicadores de desigualdades raciais brasileira. Percebe-se ao longo deste trabalho que os entrevistados sentem-se desconfortáveis ao tocar neste assunto, demonstraram que existe uma névoa de insatisfação pairando sobre a escola. Mesmo com a obrigatoriedade da Lei 10639/03 a Escola caminha a passos lentos. Finalizando sugere-se que os gestores implementem ações como: Projetos Pedagógicos e atividades que abordem francamente de forma desmascarada a discriminação racial. 

Palavras chaves: Desigualdades. Gestão. Discriminação.