É importante saber a diferença entre conhecimento e informação. O conhecimento tem a ver com o intelecto das pessoas, com o que elas têm armazenado em suas mentes, com o que aprendem no dia a dia ao lidar com suas funções. Estes são os recursos intangíveis e de muito valor estratégico, pois não podem ser copiados facilmente por nenhum concorrente. Já informação são dados palpáveis ou recursos tangíveis e gerenciáveis. Eles não deixam de ser recursos estratégicos, porém podem ser aprendidos e apreendidos por concorrentes, sendo que hoje em dia, com tanto investimento em tecnologia, talvez não sejam mais um diferencial. Inclusive, quem não sabe diferenciar conhecimento de informação corre o risco de investir em tecnologia entendendo que obterá resultados, entretanto, no final, pode se frustrar, pois conhecimento tem a ver com práticas cotidianas, vivências, e informação são dados imputados e gerenciáveis por softwares para gestão da retaguarda e business intelligence. Estes dois recursos somados, que podem-se chamar de ativos, têm como resultado um poder competitivo de grande potência no que se refere à competitividade, considerando que isso agrega valor aos seus produtos e serviços, reflete até na forma dos fechamentos de negócios. Uma sincronia transformadora, pois o empreendimento passa a ser visto como único, essencial e desejável.

Os dois ativos têm seus lugares garantidos, podendo-se afirmar que sem eles a gestão de um empreendimento até seja impossível. Difícil é definir qual dos dois é mais importante, dada a eficiência que os softwares para gestão possuem no momento de exibir dados com tanta praticidade e agilidade, o que permite tomar decisões com rapidez e assertividade, e a relevância que o capital intelectual possui de transformar o negócio. Dentro do conceito capital intelectual, estão outros conceitos como: o capital humano, que tem a ver com as habilidades que as pessoas possuem ao realizar suas funções e até mesmo com o comportamento do cliente; o capital estrutural, que são as ferramentas, os recursos, os processos organizacionais, com as rotinas, e o capital de inovação, capacidade de fazer algo novo. Esses conceitos se dividem e se somam. Eles servem para dar um novo rumo para uma empresa que deseja emergir.

Então, frisando bem, o conhecimento deve ter posição de destaque como recurso estratégico em um empreendimento. Juntamente a este recurso, práticas e procedimentos diferenciados devem ser difíceis de serem copiados. Inclusive, as empresas que os adotam devem estruturá-los e estabelecer processos e políticas adequadas para sua manutenção. Sendo assim a vantagem competitiva ficará clara, como um iceberg, ou seja, aparecerá sua ponta na superfície, porém seu potencial se encontra na profundidade, na sua massa maior.

O sucesso de uma franqueada pode estar ligado à capacidade de transferência e adaptação dos conhecimentos já existentes. Criar uma forma sistemática para divulgar os processos de informação na empresa é uma boa prática, sejam elas através de palestras, cartazes, treinamentos, dinâmicas, etc. É preciso entender e praticar o repasse de informações úteis, das metas; das melhorias sugeridas; e das estratégias que apontam para o atingimento das metas, as quais são orientadoras para que todos alcancem o objetivo comum. Não fazer confusão: deve-se pensar que os sistemas processam informação e não conhecimento, eles são antônimos.

Geralmente, são as franqueadoras que fazem as inovações nos produtos e nos processos operacionais. Já essas inovações são repassadas para franqueados por meio de treinamentos e manuais operacionais. A partir disso, pode-se pensar que não tem como inovar ou mesmo fazer gestão do conhecimento, conforme o perfil do administrador de uma franquia. Porém, apesar dessa limitação, as inovações podem acontecer em lojas franqueadas, principalmente nos seus processos administrativos, nos quais as experiências adquiridas são compartilhadas com os demais gerentes. Assim, conhecimento e inovação, trabalhando juntos, geram outras ideias sobre processos, produtos e serviços postos à disposição dos consumidores.

Resumindo, acompanhar e interagir com os processos de criação; armazenar, compartilhar e aplicar o conhecimento dos funcionários e gerenciá-lo trazer inovação para os produtos e serviços, e é imprescindível para a obtenção de resultados positivos.