FACULDADE JOÃO CALVINO – FJC

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL

 

 

 

 

EDSON CARLOS DE SOUSA LEAL

 

 

 

 

 

 

 GERENCIAMENTO DO LIXO: COLETA, TRATAMENTO E IMPACTOS AMBIENTAIS 

 

 

 

    

 

 

 

                             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PICOS.PI.2012

 

EDSON CARLOS DE SOUSA LEAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 GERENCIAMENTO DO LIXO: COLETA, TRATAMENTO E IMPACTOS AMBIENTAIS 

 

 

 

 

 

 

Artigo apresentado à coordenação do curso de Especialização em Gestão Ambiental, ministrado pela Faculdade João Calvino-FJC de Barreiras-BA, em cumprimento às exigências para a obtenção do título de Especialista em Gestão Ambiental.

Professor(a) orientador(a):

 

 

 

 

 

 

PICOS.PI.2012

  RESUMO

 

A gestão ambiental é percebida atualmente como um dos grandes enfoques no Brasil e no mundo. Esse sucinto e breve estudo é bibliográfico, qualitativo, cujo principal objetivo é analisar as informações acerca do lixo, sua concepção, tipos, descarte, destino e os impactos causados ao meio ambiente. Tem como objetivo, também a questão de saúde e melhor aproveitamento dos alimentos, visto que é preciso entender como é a saúde das pessoas que convivem direta e indiretamente com o lixo. Estudos mostram que muitos alimentos são descartados ainda com alto teor nutritivo e misturado a outros tipos de lixo; objetos são lançados ao lixo ainda com utilidade ou que podem ser reciclados. A reciclagem é pouco disseminada pelo valor do investimento nesse tipo de projeto, entretanto, o destino do lixo na maioria das cidades brasileiras e no mundo, quando não a céu aberto, é o lixão ou a incineração. Os problemas de saúde causados pelo acondicionamento indevido do lixo é ainda uma realidade não só em comunidades carentes, onde o lixo nem sempre é recolhido, mas nos grandes centros. O acúmulo de lixo tem sido discutido, de maneira que, as pessoas tomem ciência do quão prejudicial à saúde física e financeira o lixo é. A maioria dos lixões que existem nas cidades brasileiras estão sendo considerados como um dos maiores problemas ambientais locais. Essa situação ocorre porque a maioria das cidades brasileiras não possui um tratamento eficaz sobre o lixo produzido pelas mesmas, jogando in natura toda a sua produção a céu aberto. Recomendam-se estudos que se transformem em projetos e possibilitem a aplicabilidade dos mesmos em meio local.

Palavras chave: Lixo. Saúde. Descarte. Aproveitamento. Estudos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABSTRACT

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1. INTRODUÇÃO.. 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 9

2.1 Percepção da degradação ambiental 9

2.2 Classificação dos resíduos sólidos (lixo). 11

2.3 Resíduos perigosos. 12

2.4 Resíduos indesejáveis. 13

2.4.1 Pneus. 14

2.4.2 Lixo eletrônico. 14

2.5. Como resolver o problema do lixo. 15

2.6  Para onde o lixo vai?. 16

2.7 Produtos recicláveis. 17

         2.7.1 Papel.....................................................................................................................................17

         2.7.2 Metal....................................................................................................................................18

    2.8 Os catadores de lixo...........................................................................................18

    2.9 O lixo na imprensa..............................................................................................20

     2.10 O lixo e a economia..........................................................................................23

3. CONSIDERAÇÕES.. 26

REFERÊNCIAS.. 29

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

            O artigo tem como motivação fundamental contribuir para o resgate e a divulgação da educação ambiental desenvolvida nos órgãos públicos deste País responsáveis pela gestão do meio ambiente. Evoca fatos e episódios que marcam o processo de institucionalização das políticas públicas que dizem respeito ao meio ambiente e o seu respectivo gerenciamento, e em particular o lixo.

           Procuro aqui instituir uma memória da educação ambiental como gestão compreendida como o espaço onde se engendram relações sociais resultantes de um passado instituidor que se atualiza no presente, e faz emergir as referências para futuras ações educacionais no campo das políticas públicas de meio ambiente. Significa, ainda, desvelar para a sociedade experiências e propostas de educação ambiental, em tempos diferentes, muitas vezes até conceitualmente divergentes, mas, todas, reveladoras de um nexo comum com as conjunturas políticas, social, econômica e ambiental vivenciadas .

O presente estudo é bibliográfico, qualitativo. Para Gil (1991), esse tipo de pesquisa tem como fonte de dados (ou informações) recursos bibliográficos primários e secundários, sendo o primeiro, por meio de livros e outras obras de autores que tratam especificamente do tema; já o segundo, vem também de livros, revistas, periódicos e diversos tipos de textos informativos, como os dispostos em sites da internet.

            A natureza trabalha em ciclos – “nada se perde, tudo se transforma”. Animais, excrementos, folhas e todo tipo de material orgânico morto se decompõem com a ação de milhões de microrganismos decompositores, como bactérias, fungos, vermes e outros, disponibilizando os nutrientes que vão alimentar outras formas de vida.

            Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.

            A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matérias primas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças.

Há muito o ser humano gera resíduos. Estes vêm das atividades mais corriqueiras e quase que propositalmente lançados ao meio ambiente. Pode-se dizer que antigamente o lixo continha elementos de composição mais simples, cuja decomposição era considerada mais orgânica. Entretanto, com o passar dos anos, com o crescimento da industrialização, veio também o crescimento da quantidade de resíduos recolhidos e dispensados por todos os segmentos da sociedade.

A percepção quanto ao mal que o acúmulo do lixo, seja ele em lugares considerados específicos ou não, veio tardiamente, quando o homem já não podia mais respirar o ar puro, ou sentia seu organismo não responder com a mesma saúde de antes. O lixo, por seu próprio significado como “algo sem utilidade”, tem sido descartado em lugares não adequados, mesmo com as constantes propagandas de conscientização pela mídia.

            É possível percebermos o descaso do governo quanto a coleta seletiva do lixo, pois isso significaria investir em algo que já não tem valor (visão geral do governo). Muitos não percebem que o lixo, devido às características negativas, interfere no meio ambiente e conseqüentemente na sobrevivência humana.

            São muitos os aspectos negativos do lixo, ligados ao meio ambiente, além dos já foram trabalhados na categoria “Lixo e morte”. A diferença é que aqui não se tem uma ligação direta com a morte, mas salientar aspectos como o mau cheiro, poluição, a sujeira que causa em certos lugares, desconforto e até doenças.

            Nesse contexto surge um problema: “O lixo influencia na saúde das pessoas que convivem direta e indiretamente com ele?”.

A justificativa desse estudo está na necessidade de evidenciar a importância da coleta de seletiva do lixo e sua reciclagem, como saída à prevenção de doenças e outros malefícios causados ao homem, por ele mesmo.

O objetivo geral é analisar as informações acerca de como as pessoas concebem o estigma de conviver em meio aos resíduos. Nesse contexto, a proposta é fazer desse estudo um veículo de informações sobre o lixo: reciclagem e tratamento.

Os objetivos específicos são:

  1.           i.        Identificar como e o que fazem os catadores de lixo;
  2.         ii.        Apontar as várias significações do lixo;
  3.        iii.        Explicitar como é tratado o lixo.

            Tem-se por hipótese que a reciclagem além de diminuir a quantidade de lixo e evitar doenças, permite a redução nos orçamentos domésticos.

            Recentemente começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.

             Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar todo lixo como “resto inútil” mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

2.1 Percepção da degradação ambiental

             Nos últimos trinta anos a questão ambiental vem se configurando no âmbito das grandes questões contemporâneas. Expressando a falência da noção de progresso ilimitado, a crise ambiental tem colocado para o mundo contemporâneo o enfrentamento dos riscos produzidos tanto pelo acelerado desenvolvimento das forças produtivas, como pela degradação da biosfera (empobrecimento do patrimônio natural do planeta e da capacidade de recuperação dos ecossistemas).

             As relações de interdependência entre a sociedade e o meio ambiente, negligenciadas pela modernidade industrial, colocam-se hoje como um dos grandes dilemas do mundo contemporâneo. As respostas a este desafio têm sido múltiplas e variadas. Condicionadas pela própria complexidade da problemática ambiental, romperam os limites do discurso conservacionista ao qual estavam circunscritas, dando origem a novos movimentos sociais, institucionalidades políticas, sensibilidades, valores e saberes, enfim, a um novo campo – o campo ambiental.

O ser humano para ter uma vida saudável, não basta se alimentar bem, possuir bons hábitos de higiene. Se ele continuar a jogar o lixo sem se preocupar com o fim ao qual ele será destinado, com o tempo, o mesmo lixo poderá trazer-lhe doenças e causar-lhe outros males.

O meio ambiente é o fator que mais sofre com a falta de investimentos na coleta seletiva e tratamento do lixo. As conseqüências são graves e vêm em forma de poluição, diminuição da camada de ozônio, doenças respiratórias e outros males que assolam o meio ambiente e os seres que nele vivem.

A degradação do ambiente acontece aos quatro cantos do mundo, mas as pessoas de determinados países culpam ao Brasil, pelas queimadas e destruição das matas brasileiras, principalmente da Mata Atlântica, considerada o pulmão do mundo. Esses mesmos países se esquecem que o lixo tóxico e outros lixos descartados por eles, e também pelo Brasil, são tão nocivos quanto às queimadas.

Existem inúmeras ONG’s que pressionam os governos do mundo todo em prol da reciclagem do lixo, demonstrando os malefícios causados pelos descaso e os benefícios advindos da coleta seletiva e tratamento do lixo. Tais ONG’s lutam pela preservação ambiental e até humana, visto que o homem é produto do meio e que a recíproca também é verdadeira.

Nesse contexto recorremos a Soffiati, que comenta:

Os contornos do movimento ecologista (...) mundial e brasileiro começaram a se delinear com mais clareza na década de 70, em função do aprofundamento da crise ambiental global pelas sociedades industrializadas e suas dependentes, quer capitalistas ou socialistas, a partir de 1945 (SOFFIATI, 1995, p. 85).

Ainda segundo Soffiati (1995, p. 75), a culpa é da Revolução Industrial, que considerava a natureza um estoque inesgotável de recursos (matéria-prima e energia), com capacidade também inesgotável de recuperação e de absorção dos resíduos. Isso significa afirmar que a natureza tem um estoque de recursos, mas estes são esgotáveis se degradados, se não cuidados e renovados pelas mãos do homem.

Com essa preocupação surgiram os movimentos ambientalistas, que se opunham à idéia do desenvolvimento sem a prevenção dos desgastes como fatores negativos para o futuro. A ONU (Organização das Nações Unidas) cria então, a IUPN[1], que a partir de 1952 transformou-se em IUCN (Conservação da Natureza e Recursos Naturais); várias outras instituições foram criadas para a preservação ambiental, como a FBCN (Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza) no Brasil, e o WWF (Fundo Mundial para a Vida Silvestre), como afirma VIEIRA (2000, p. 17).

Muitos escritores e ambientalistas têm então se dedicado a escrever sobre isso, sobre os malefícios causados pelo homem à natureza e a si mesmo por meio de ações que não favorecem a reciclagem pela própria natureza e pelas mãos dos homens. É o caso da jornalista americana Rachel Carson, que já em 1962 lança o livro Primavera Silenciosa. Nesta obra a autora denuncia os desastres ambientais causados pelas indústrias.

Com isso, podemos admitir que se trata de uma degradação vista a “olhos nus”; os resíduos industriais desde sempre são lançados ao ambiente sem cuidado, sem preocupação.

Além das obras voltadas para a preservação e degradação ambiental, aconteceram,  e ainda acontecem inúmeras conferências e encontros internacionais para discutir os problemas ambientais e a busca pela solução. Pode-se citar a Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano, acontecido em Estocolmo (Suécia) em 1972, e a Conferência para o Desenvolvimento e Meio Ambiente no Rio de Janeiro (Brasil) em 1992 (RIO 92).

2.2 Classificação dos resíduos sólidos (lixo)

       Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que não tem mais utilidade. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma massa indiscriminada de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos, que precisam de manejo diferenciado. Assim, pode ser classificado de várias maneiras.

      O lixo pode ser classificado como “seco” ou “úmido”. O lixo “seco” é composto por materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico etc.). Entretanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como é o caso de vidros planos etc.. O lixo “úmido” corresponde à parte orgânica dos resíduos, como as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda etc., que pode ser usada para compostagem. Essa classificação é muito usada nos programas de coleta seletiva, por ser facilmente compreendida pela população.

        O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos potenciais. De acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se em Classe I, que são os perigosos, e Classe II, que são os não perigosos. Estes ainda são divididos em resíduos Classe IIA, os não inertes (que apresentam características como biodegradabilidade, solubilidade ou combustibilidade, como os restos de alimentos

e o papel) e Classe IIB, os inertes (que não são decompostos facilmente, como plásticos e borrachas). Quaisquer materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria são considerados rejeitos radioativos e devem obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

      Existe ainda outra forma de classificação, baseada na origem dos resíduos sólidos. Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou doméstico, público, de serviços de saúde, industrial, agrícola, de construção civil e outros. Essa é a forma de classificação usada nos cálculos de geração de lixo. Veja a seguir as principais características dessas categorias:

 

domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. É muito diversificado, mas contém principalmente restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis etc..

 

comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e

de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc..

 

público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das feiras livres e outros.

 

de serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias etc.. É potencialmente perigoso, pois pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas etc..

 

industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos;

 

agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais etc..

 

entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações etc..

        No Brasil, a geração de lixo per capita varia de acordo com o porte populacional do município. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos no Brasil varia entre 450 e 700 gramas para os municípios com população inferior a 200 mil habitantes e entre 700 e 1.200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes.

2.3 Resíduos perigosos

        Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, solventes, aerossóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente.

        Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos domésticos. Infelizmente, as suas consequências são percebidas apenas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem pouco tempo era amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio.

        Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis perigosos para a saúde. Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos etc..

       Quando não são adequadamente manejados, os resíduos perigosos contaminam o solo, as águas e o ar. Veja a seguir alguns exemplos de resíduos perigosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar riscos ao homem

e ao meio ambiente:

• Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas concentrações de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é complicado e caro, não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados e de pilhas de origem incerta deve ser evitado.

        A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 257/99) estabelece que as pilhas alcalinas do tipo manganês e zinco-manganês, com elevados teores de chumbo, mercúrio e cádmio, devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar o consumidor, esta Resolução estabelece que as cartelas das pilhas contenham informações sobre o seu descarte. Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem as informações sobre os metais que a compõem e como descartá-las.

Baterias: as baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares e outras também contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso, devem ser descartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção do meio ambiente e da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm chumbo, e de telefones celulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores – é deles a responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para destinação final ambientalmente adequada. O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria, devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte presente nos rótulos ou embalagem dos produtos.

 

Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se tornaram muito populares no Brasil, principalmente em função da necessidade de economizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica, ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez que as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Como ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem o interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de destinação adequados para esse tipo de material, toda essa quantidade de lâmpadas fluorescentes vem sendo descartada junto com o lixo domiciliar. Caso o lixo seja encaminhado para um lixão ou aterro controlado, o mercúrio poderá contaminar o ambiente, colocando a saúde da população em risco. O consumidor pode usar seu poder de escolha e de pressão sobre as autoridades e as empresas, exigindo o estabelecimento de medidas adequadas e seguras para o descarte desse tipo de lâmpada e de outros resíduos perigosos.

2.4 Resíduos indesejáveis

 

      

2.4.1 Pneus

        Os pneus usados são classificados como inertes, sendo considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande quantidade de pneus descartados tornou-se um sério problema ambiental. Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil descarta, anualmente, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos: de trator, caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre outros. Quando descartados inadequadamente, por exemplo, em lixões, propiciam o acúmulo de água em seu interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos transmissores da dengue e do cólera. Quando descartados em rios e lagos podem contribuir para o assoreamento e enchentes. Quando são queimados, produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias que contêm cloro (dioxinas e furanos).

         Por esse motivo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e responsabilizou fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso. De acordo com a Resolução CONAMA nº 258/1999,

a partir de 2004, para cada pneu novo fabricado, o fabricante deve recolher um em desuso (inservível) e, a partir de 2005, para cada quatro pneus novos, a empresa deverá recolher cinco pneus inservíveis.

          Existem várias formas de reutilizar os pneus, como por exemplo, fazendo a recauchutagem. Ainda, a partir dos pneus, pode-se produzir um pó de borracha que serve para fabricar tapetes, solados de sapatos, pneus e outros artefatos.

          No Brasil e em muitos outros países, os pneus inservíveis já têm sido utilizados na pavimentação de estradas, misturando-se a borracha ao asfalto. Para obter mais informações sobre o que vem sendo feito com os pneus usados, você pode contactar as associações de classe, como a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) ou a Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados (ABIP).

2.4.2 Lixo eletrônico

 

          No início do século passado, o lixo urbano era rico em restos de alimentos, poda de jardins, produtos domésticos, têxteis e entulho. Ainda hoje o lixo é composto em sua maior parte por materiais orgânicos. Porém, cresceu muito a quantidade de papel e material de embalagem (metais, plásticos e papelão), além de produtos como pilhas, equipamentos eletrônicos, óleo de motor usado, restos de tinta e outros.

          A partir da década de 1980, um novo tipo de componente, quando descartado inadequadamente, tornou-se prejudicial ao meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de destino apropriado, são incinerados, depositados em aterros sanitários ou até mesmo em lixões. Estima-se que até 2004 cerca de 315 milhões de microcomputadores tenham sido descartados, 850 mil dos quais no Brasil. Além de ocupar muito espaço, peças e componentes de microcomputadores feitos de metais pesados apresentam toxicidade para a saúde humana. O chumbo dos tubos de imagem, o cádmio das placas e circuitos impressos e semicondutores, o mercúrio das baterias, o cromo dos anticorrosivos do aço e o plástico dos gabinetes são ameaças concretas que requerem soluções em curto prazo.

          A reciclagem é um dos meios de tratar esses resíduos; a outra é a substituição de metais pesados por outros componentes menos tóxicos. Se prevalecer o princípio do “poluidor pagador”, a tendência apontada pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que está em discussão, é a de que os fabricantes sejam co- responsabilizados pelos equipamentos descartados e sejam incumbidos de lhes dar um fim ambientalmente seguro.

Fonte: revista Tema. Serpro, no 160. Março, 2002.Ano XXVI

 

2.5 Como resolver o problema do lixo?

 

          Um caminho para a solução dos problemas relacionados com o lixo é apontado pelo Princípio dos Três Erres (3R’s) – reduzir, reutilizar e reciclar. Fatores associados com estes princípios devem ser considerados, como o ideal de prevenção e não-geração de resíduos, somados à adoção de padrões de consumo sustentável, visando poupar os recursos naturais e conter o desperdício.

 

Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade.

 

Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais.

 

Reciclar envolve a transformação dos materiais, por exemplo, fabricar um produto a partir de um material usado. Podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados. Para facilitar o trabalho de encaminhar material pós-consumo para reciclagem, é importante fazer a separação no lugar de origem – a casa, o escritório, a fábrica, o hospital, a escola etc.. A separação também é necessária para o descarte adequado de resíduos perigosos.

         A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturado, a reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode gerar emprego e renda para as famílias de catadores de materiais recicláveis, que devem ser os parceiros prioritários na coleta seletiva. Em algumas cidades do país, como por exemplo, São Paulo e Belo Horizonte, foi implementada a Coleta Seletiva Solidária, fruto da parceria entre o Governo local e as associações ou cooperativas de catadores.

            Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de esforços entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da confiabilidade dos produtos reciclados.

            Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o vidro (garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, sacolas, canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos, refrigerantes etc.). Por questões de tecnologia ou de mercado, alguns materiais ainda não são reciclados.

           O que o Brasil recicla:

1,5% dos resíduos orgânicos domésticos gerados são reciclados por meio da compostagem;

22% do óleo lubrificante;

40% da resina plástica PET (polietileno tereftalato);

45% das embalagens de vidro;

77,3% do volume total de papelão ondulado;

 

89% das latas de alumínio;

35% do papel;

Fonte: www.cempre.org.br

           

2.6 Para onde o lixo vai?

 

            Segundo uma pesquisa do IBGE, em 64% dos municípios brasileiros o lixo é depositado de forma inadequada, em locais sem nenhum controle ambiental ou sanitário. São os conhecidos lixões ou vazadouros, terrenos onde se acumulam enormes montanhas de lixo a céu aberto, sem nenhum critério técnico ou tratamento prévio do solo, com a simples descarga do lixo sobre o solo. Além de degradar a paisagem e produzir mau cheiro, os lixões colocam em risco o meio ambiente e a saúde pública.

            O destino de cada tipo de lixo também é diferente, ou pelo menos deveria ser.

            Segundo um estudo da USP o lixo doméstico e o lixo das ruas são jogados no “Lixão”, que são extensas áreas  abertas onde não existe qualquer tipo de tratamento. Com isso o solo se degrada, levando o risco aos rios, por meio dos lençóis freáticos, atingidos pela absorção do solo. Nesse ambiente fétido vivem pessoas que tiram dali seu sustento, aproveitando restos de alimento já  em decomposição. Também nesses lixões são encontrados todos os tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos, que causam mal depois de penetrarem no solo.

Alguns resíduos vão para a incineração, como é o caso dos resíduos  hospitalares. Os resíduos são queimados em altas temperaturas e viram cinza.  Segundo o site GEOCITIES, existe a Compostagem, que são lugares onde restos de alimentos, restos de podas de árvores e estercos de animais são transformados em adubos.  E por fim, a Reciclagem, feita por empresas particulares que aproveitam os materiais recicláveis, passando-os por um processo de transformação e retornando-os ao ciclo dos produtos.

            A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo de recursos naturais, poupa energia e água

 

2.7 Produtos recicláveis

            Muitas pessoas argumentam que não sabem quais produtos podem ser recicláveis, e alegam que não participam de coleta seletiva por esse motivo. No entanto, a conscientização vem através da mídia em todas as suas formas de expressão, com campanhas que visam esclarecer todos os aspectos que envolvem o lixo.

            Nesse contexto cabe evidenciarmos que são considerados recicláveis, os resíduos com características de transformação, que têm mercado ou algum tipo de operacionalização viabilizada por sua transformação industrial, como é o caso das fraldas descartáveis. No Brasil ainda não há tecnologia para tal, mas podem-se conseguir informações em sites especializados, como o www.knowaste.com.

            Segundo o site do LIXO.COM.BR, os materiais recicláveis e não recicláveis, ao mesmo tempo, mais conhecidos são o papel e o metal.

2.7.1 Papel

  • São recicláveis: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, formulários de computador, cartolinas, cartões, envelopes, rascunhos escritos, fotocópias, folhetos, impressos em geral, tetra pak.
  • Não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis engordurados e metalizados, parafinados, plastificados, papel de fax.

2.7.2 Metal

  • São recicláveis: latas de alumínio, latas de aço (sardinha, molho de tomate), ferragens, canos, esquadrias e arame.
  • Não recicláveis: clipes, grampos, esponja de aço, latas de tinta ou veneno, latas de combustível, pilhas e baterias.

2.8 Os catadores de lixo

            Acompanhando os resíduos, sempre existiram aqueles que, por miséria e falta de opções, sobrevivem da catação do que ainda pode ser aproveitado, seja de forma direta, através do consumo de restos de comida ou do aproveitamento de objetos, revendendo os materiais recolhidos.

Figura 1 – Catadores de lixo

Fonte: http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/tiposdelixo.htm

Seguindo a desigualdade que existe na sociedade atual e a grande produção de lixo, temos também o aumento desse contingente. Que opções deixamos à essas pessoas que são de certa forma expulsas da sociedade, com a vida marcada pela insegurança, precárias moradias, falta de trabalho ou de direitos trabalhistas, sem educação formal de qualidade? Só se tem a opção da luta pela sobrevivência (JUNCÁ, 2000, p. 25). Aquilo que é desprezado pela sociedade que os despreza torna-se a única forma de sobrevivência, se não se permite viver nas ruas, na mendicância, no tráfico ou no roubo.

Em 2002 o IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que numa pesquisa obteve-se que no Brasil coleta-se diariamente 125.281 toneladas de resíduos domiciliares, sendo 52,8 % dos municípios brasileiros depositam seus lixos em lixões.

Segundo o site LIXO.COM.BR, em cada 1000 brasileiros, 1 é catador de lixo. A cada 10 catadores, 3 gostariam de continuar o processo, reciclando os resíduos, pois têm orgulho de ser catador.

O mesmo site indica que existem diversos tipos de catadores, dentre os quais se pode destacar:

  • Trecheiros: vivem nos trechos entre uma cidade e outra; estes, catam latinhas para comprar alimentos;
  • Catadores de lixão: estão diuturnamente nesse ambiente; têm o próprio horário; catam há tempos ou quando necessitam de restos de materiais para construção;
  • Catadores individuais: são catadores independentes, do tipo que carregam carrinhos próprios ou emprestados por sucateiros;
  • Catadores organizados: são aqueles que participam de cooperativas, associações, ONG’s.

Percebemos então, que o catador tira seu sustento do lixo, quer seja da coleta seletiva ou de lixões, não importa. Eles só não catam aquilo que sabem que realmente não tem proveito algum.


Com esse “trabalho” a companhia de limpeza urbana deixa de pagar inúmeros kilos que seriam coletados e dispostos em aterro ou lixão. Na pior das hipóteses é uma economia. É um serviço a população já que esses materiais coletados pelos catadores vão evitar o consumo de matéria prima virgem – recursos naturais esgotáveis – além da economia com coleta e disposição final (LIXO.COM.BR).

2.9 O lixo na imprensa

 

A mídia, em todas as suas formas de expressão, traz artigos referentes ao lixo, quanto á reciclagem, depósitos, inadequação de locais aos quais são jogados e outros assuntos que ferem a saúde humana.

Esses canais, quando o assunto é a reciclagem do lixo, dão como exemplo os números da economia da reciclagem da lata de alumínio, tanto com a energia quanto com a bauxita. Também oferecem dados e informações da maior fabricante de latas de alumínio do Brasil.

Quando se fala em reciclagem, logo abordam o exemplo das garrafas pet, citando as empresas que já exploram esse tipo de trabalho e outras que ainda se iniciam. O que se percebe é que a maioria das empresas de reciclagem está instalada nos grandes centros, e que são insuficientes em se comparando com a demanda.

Outro aspecto que a mídia noticia, é o custo por tipo dos objetos recicláveis. Com isso, demonstram que cada objeto, mesmo depois de considerado inútil pelo homem, preserva características renováveis quando colocados em condições de reaproveitamento.

As campanhas publicitárias veiculadas apresentam as formas corretas de se separar os lixos domésticos, o reaproveitamento de materiais que podem ser utilizados para a fabricação de objetos de arte ou objetos utilizáveis para outros fins domésticos, sem gastos excedentes.

Os noticiários já trazem os fatos reais a partir das situações calamitosas as quais o próprio homem se presta a provocar, como jogar o lixo em locais impróprios e depois, sofrer as conseqüências, quando, por exemplo, na época das chuvas, em que essas põe à rua tudo aquilo que está nas ruas, que além das enchentes, provocam doenças trazidas pelo lixo.

Esses mesmos noticiários aludem quanto à necessidade de tratar o lixo não como um mal que assola a saúde do homem, mas como algo que pode, na maioria das vezes ser reutilizado ou ser descartado de forma que não seja prejudicial.

Alguns supermercados no Rio de Janeiro têm um projeto excelente: as pessoas depositam o material reciclável e recebem um vale-compra para ser trocado por arroz ou feijão (cada garrafa vale dois centavos). Também há notícias sobre um gari, no Rio de Janeiro, que junta latas e garrafas enquanto trabalha para trocá-los por vales ou dinheiro. Esse tipo de projeto trabalha a parte social de maneira que sejam vidas sejam preservadas por intermédio da coleta seletiva do lixo.

Uma preocupação que raras vezes aparece na mídia, é o lixo nuclear. Na data de 07/09/2005, o Jornal da Mídia, noticiou o risco que esse tipo de lixo traz ao homem e à natureza.

Rio – O resíduo nuclear ainda é uma questão não resolvida após décadas de pesquisa tecnológica, alerta Margarida Oliveira, diretora da Associação Ambiental Defensores da Terra. "O lixo tóxico tem um alto poder radioativo que se mantém altamente nocivo por milhões de anos", diz. Para Margarida, esse risco inviabiliza o desenvolvimento do Programa Nuclear do país. "Se o Brasil continuar investindo nesse programa, ele estará promovendo algo que põe em risco as futuras gerações". (JORNAL DA MÍDIA, 2005).

Mahler (2001, p. 11) tece considerações sobre o nível de desenvolvimento de uma sociedade e sua relação com a quantidade e qualidade de lixo produzido. Assim, “quanto mais desenvolvida a sociedade, mais resíduos sólidos por habitante são por ela produzidos”, citando como exemplos números relativos à produção de lixo na Suíça, São Paulo e Rio de Janeiro. Afirma que “educação do cidadão comum o trato com o lixo por ele produzido é um dos aspectos que precisa ser considerado”.

O mesmo autor alerta sobre a importância da “consciência ecológica”, pois, “se o consumidor tiver consciência de sua responsabilidade com o resíduo produzido, talvez ele pensasse duas vezes antes de comprar o produto e, desde a compra, se preocupasse com a destinação”. Isso demonstra que há a preocupação com o consumo, mas devido à disposição final do resíduo gerado.

Também em 2005 uma reportagem do ID Garbage anunciava o 10º  PRÊMIO ABRELPE DE REPORTAGEM PROPÕE TRABALHOS SOBRE AS AMEAÇAS DO LIXO. Nesse contexto, explicita a preocupação com a falta de soluções em relação ao lixo, como segue:

A falta de soluções perenes para a gestão dos resíduos sólidos implica em sérios prejuízos à sociedade. Além de poluir e desperdiçar os recursos naturais, a adoção de práticas incorretas para o manejo do lixo é responsável pela proliferação de vetores que podem causar danos à saúde pública. (GLOBALBARGAGE, 2005).

            O mesmo veículo informativo, datado de 06/07/2005, traz um artigo referente ao descaso de uma empresa portuária quanto ao lixo:

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), aplicou multa de R$ 2 milhões à empresa Norte e Sul Atividades Portuárias e Marítimas Ltda., localizada em Paranaguá. A empresa depositava de forma irregular e clandestina aproximadamente 40 toneladas de lixo hospitalar infectante (classe 1) em um posto de gasolina abandonado. A multa foi aplicada ainda na segunda-feira. O lixo gerado pelos navios atracados no Porto de Paranaguá e por hospitais do município estava sendo armazenado há cerca de seis meses no posto de gasolina de nome “Guri”. O local foi embargado e interditado pelo IAP e a empresa teve sua licença cassada (GLOBALBARGAGE, 2005).

            O que se percebe é que as empresas são cientes quanto aos males que provocam com o descaso em relação ao lixo. Preferem correr o risco de multas a investir e implantar um sistema de reciclagem ou coleta diferenciada. Consideram desnecessário esse tipo de investimento.

            Por outro lado, existem pessoas que se preocupam com a degradação ambiental e tomam atitudes que tratam o problema do lixo. É que expressa o IPT de São Carlos:

Depois concluída a primeira vala do aterro sanitário de Itirapina, o local está também sendo revestido pela manta. A vala tem 100 metros de comprimento, 3 metros de profundidade e 1,25 de diâmetro e teve um custo de R$ 50 mil. Segundo o prefeito, o fundo foi impermeabilizado com argila, além de receber a manta de PAD e também estar com o sistema de drenagem do chorume. O próximo passo, segundo o prefeito, será a desativação do lixão do Jardim Lemos, com sua reurbanização, através de um projeto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Ao mesmo tempo, o projeto incluiu um centro de triagem para os materiais recicláveis, através da implantação de uma usina de reciclagem e compostagem. "É um projeto de médio prazo que esperamos concluir com a ajuda do Governo Federal, Governo Estadual e também a iniciativa privada", comentou Cândido. (IPT, 2004).

 

             Entre diversas considerações do que o ser humano pode fazer para a preservação de seu ambiente, tem-se que “é possível reciclar o lixo urbano”. Embora haja uma boa linha de raciocínio adotando valores como economia e respeito, em substituição ao reduzir e reciclar, o assunto é pouco explorado e acaba centrando na reciclagem.

2.10 O lixo e a economia

Muitos consideram o lixo, um resto, uma sobra descartável, que não acarreta danos à natureza ou a saúde e tampouco reflete no orçamento doméstico. É lixo demais e ele sempre aumenta, tanto que muitas vezes não sabemos onde colocá-lo.

Em contraposição às práticas ecologicamente incorretas, sabemos que existem e vem-se estimulando o uso de métodos alternativos de tratamento do lixo,  como a compostagem e a reciclagem ou, dependo do caso, incineração., como já mencionamos anteriormente.

Podemos afirmar que com a reciclagem é possível reduzir o consumo de matérias-primas, o volume de lixo e também a poluição. Com a utilização de técnicas é possível recuperar e reutilizar a maior parte dos materiais que na nossa rotina é jogada fora. Assim,  latas de alumínio, vidro e papéis, facilmente coletados, estão sendo reciclados em larga escala em muitos países, inclusive no Brasil.

Embora seja um processo em crescimento, ainda não é economicamente atrativo para todos os casos. Assim, nos restam as alternativas: evitar produzir lixo, reaproveitar o que for possível e reciclar ao máximo. Como fazer isso? Aqui vai uma boa dica: aproveitar melhor o que compramos, escolhendo produtos com menor quantidade de embalagens ou redescobrir antigos costumes como, por exemplo, a volta das garrafas retornáveis de bebidas (os velhos cascos) ou das sacolas de feira para carregar compras.

Consideramos relevante mencionar o aproveitamento melhor dos alimentos, visto que alguns deles são jogados ainda com alto teor de nutrientes. Assim, a utilização correta dos alimentos viria a reduzir os custos com sua aquisição e também redução da quantidade de alimentos jogados no lixo, além de melhorar a saúde.

           

Parte das pessoas acredita piamente que dentro do que o seu poder aquisitivo permite, está se alimentando adequadamente, e melhor ainda se alimentaria, se mais dinheiro tivesse. Não é bem assim, e creiam, não é um carrinho cheio de alimentos que pode garantir uma alimentação mais saudável para vocês e suas famílias.

O desperdício é grande, e em termos do aproveitamento dos nutrientes, maior ainda. Este artigo é muito interessante, pois nos traz algumas sugestões para que nos alimentemos com mais qualidade e ao mesmo tempo obtenhamos um aproveitamento mais racional dos alimentos no aspecto quantitativo. O seu bolso vai agradecer, e também com um consumo mais racional você está colaborando para que sobrem mais alimentos para os que deles precisam. É também uma prática de sustentabilidade e reponsabilidade social, afinal de contas Em 2007: quase um bilhão de pessoas na fome, é muita gente que pode estar precisando justamente do que você está jogando no lixo.

O site Olhar Global Net trás num artigo que desde 2003 vem sendo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu (SP), a pedido do Sesi-SP. O resultado apresentado no decorrer desse estudo mostra que todos os novos alimentos da tabela utilizada  como parâmetros, têm algum tipo de nutriente na casca, talo, rama, folha ou semente. No cabelo do milho encontraram que este é rico em proteínas, vitamina C e potássio. "Em alguns casos, constatamos que as partes descartadas são mais ricas que a própria polpa", diz a professora da Unesp, a agrônoma Giuseppina Pace Pereira Lima, que coordena o estudo.

O estudo nos permite mencionar que são lançadas no lixo muitas partes de determinados alimentos considerados já sem utilidade. "O importante não é apenas o fato de as partes, que normalmente são jogadas no lixo, terem tanto teor de algum nutriente. Mas sabermos que elas têm nutrientes e que desperdiçamos." A professora lembra que 60% do lixo produzido no Brasil é orgânico e boa parte poderia ser aproveitada. "Podemos melhorar a qualidade da alimentação e ainda reduzir o lixo, que é um problema de saúde pública."

Para a nutricionista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Eliana Cristina de Almeida, falta hábito da população para aproveitar melhor os alimentos. "Nosso lixo é o mais rico do mundo. A gente não pode pensar que a rama da cenoura ou as folhas do brócolis são resto", ressalta. Ao contrário. No Nordeste, lembra ela, a população sofre com deficiência de vitamina A, que pode causar cegueira noturna. "Tanto que o governo dá suplementação da vitamina. Mas para que pagar, se temos isso de graça nos alimentos, em partes que são jogadas no lixo, como folha de brócolis e casca de manga?", questiona.

A professora alerta que a manutenção dos nutrientes nos alimentos depende do preparo. "As vitaminas são voláteis. Quando o alimento for cozido, por exemplo, a dica é não usar água. E, se usar, aproveitá-la para fazer uma sopa, porque os nutrientes ficam na água", explica a professora. Além disso, o ideal é preparar alimentos cozidos ou assados, evitando frituras.

Percebemos assim que, pode-se aproveitar o alimento ao máximo, assim como os objetos e embalagens que acreditávamos sem utilidade. Esse estudo e a própria experiência nos leva a refletir quanto à quantidade de lixo que todos produzimos sem antes, considerar a perda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3  CONSIDERAÇÕES

          

           Crescer cinquenta anos em cinco, já era o mote do Brasil de Juscelino Kubitschek. E o governo brasileiro na ditadura militar também não deixou por menos: como principal organizador do bloco dos países em desenvolvimento, que viam no combate à poluição um entrave ao progresso econômico, expressou claramente durante a conferência de Estocolmo, em 1972, que o país não se importaria em pagar o preço da degradação ambiental, desde que o resultado fosse o aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Dito e feito: no município paulista de Cubatão, o preço ambiental pago pela construção de um dos maiores parques industriais da América Latina passou a ser uma tonelada diária de poluentes jogados na atmosfera.

           Dez anos depois de Estocolmo, com o início da abertura política, São Paulo teve um governo democrático. O governador André Franco Montoro traçou as diretrizes para o meio ambiente no Estado, cujos índices de poluição aumentavam junto com o crescimento econômico. A questão ambiental começou a ser tratada como problema político e não somente como questão técnica.

 

            A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, aponta a necessidade de inclusão da educação ambiental em todos os níveis de ensino. Uma parceria com as universidades para aperfeiçoar o controle e a fiscalização e acelerar a melhora da qualidade ambiental, foi uma forma encontrada pela Secretaria do Meio Ambiente para mobilizar a sociedade por meio da educação ambiental. Com esse propósito realizou alguns trabalhos com uma parte significativa da sociedade: a comunidade acadêmica. Para isso promoveu um intercâmbio com as instituições de ensino universitário, a elaboração de um diagnóstico do quadro educacional universitário do Estado em relação à oferta e à demanda de ensino relacionado ao meio ambiente, simpósios e seminários sobre a abordagem da questão ambiental nos programas curriculares do ensino superior, e subsídios para futuros planejadores educacionais na área do meio ambiente.

            Esse breve estudo possibilitou-me esclarecer que a saúde das pessoas que convivem direta e indiretamente com o lixo são influenciadas pela forma como elas manipulam o lixo. Um fator relevante que observamos no estudo feito pela UNESP e também pela UNIFESP é que os alimentos são mal aproveitados, mais ainda pelas pessoas que dispensam os alimentos no lixo.

Observamos que a coleta seletiva do lixo além de ser uma necessidade, nos possibilita o reaproveitamento de muitos objetos e, em decorrência disso, o não acúmulo do lixo (misturado) é uma saída para a reciclagem.

Analisando as informações textuais, percebemos que a concepção das pessoas quanto a conviver em meio aos resíduos não é ainda uma preocupação, visto que, os estudos feitos e também as campanhas, nem sempre se fazem chegar às pessoas que poderiam de fato mudar o quadro do desperdício, do mau aproveitamento e de outras ações que refletem no lixo.

Os catadores de lixo apenas executam a função que lhes cabe: catar o lixo! E o fazem como o encontra. Já o tratamento do lixo depende do modo como ele é descartado. O que podemos afirmar é que a reciclagem e o melhor aproveitamento dos alimentos, embalagens e outros objetos contribui com a redução do lixo e auxilia na prevenção de doenças, fato que confirma a hipótese desse estudo.

Esse breve estudo, acreditamos, consegue tornar-se um veículo de informações básicas acerca do lixo, seu descarte, aproveitamento dos alimentos, reciclagem.

             O panorama traçado até aqui procurou mostrar que as políticas de educação ambiental, tanto na esfera federal como estadual, tiveram origem e se desenvolveram como políticas de meio ambiente. Neste âmbito, sua própria formulação se dá como um dos instrumentos desta política que, em última instância, são instrumentos de gestão. Este condicionante contribuiu para consolidar uma abordagem da educação ambiental que vem sendo chamada de educação ambiental para a gestão. De certa forma, a Lei da Política Nacional de Educação Ambiental referenda esta abordagem ao definir como incumbência dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente a promoção de ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente (inciso III, Art. 3°). Ou ainda, pelo Decreto de regulamentação da lei, ao determinar que os programas de educação ambiental sejam preferencialmente integrados às atividades de gestão ambiental:

conservação da biodiversidade, de zoneamento ambiental, de licenciamento e revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, de gerenciamento de resíduos, de gerenciamento costeiro, de gestão de recursos hídricos, de ordenamento de recursos pesqueiros, de manejo sustentável de recursos ambientais, de ecoturismo e melhoria de qualidade ambiental (inciso II, Art. 6º, do Decreto Federal n.º 4.281, de 25 de junho de 2002).

 

 

            Embora este olhar panorâmico tenha indicado os marcos constitutivos do desenvolvimento das políticas de educação ambiental, ele pouco revela do processo de formulação e implementação dessas políticas. Quando trazemos o olhar para períodos determinados, para atores específicos e casos concretos, a diversidade das experiências vividas, os conflitos e contradições enfrentados, as soluções encontradas, enfim, a riqueza da realidade cotidiana situa-se a uma distância considerável do desenvolvimento linear descrito por qualquer retrospectiva.

Recomendo à comunidade científica e tecnológica que avancem nos estudos e pesquisas propondo sugestões de projetos que viabilizem a reciclagem e o melhor aproveitamento dos alimentos e outros materiais que são cotidianamente jogados fora no lixo e sem nenhum cuidado. Também, que esses estudos sejam veiculados nas mídias, e tornem-se projetos permanentes e sustentáveis, sejam particulares ou de bairro, de acordo com a comunidade e o contexto de sua aplicabilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

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