Genocídio e educação

           Embora a sociedade evolua a cada ano que se passa, tanto cientificamente quanto tecnologicamente, existem muitas coisas que precisam urgentemente evoluir. Talvez quando falamos em genocídio, nos lembramos dos grandes genocídios que ficaram conhecidos mundialmente. Como o Holocausto que teve cerca de 6 milhões de Judeus mortos, ou o genocídio em Ruanda que fez 800 mil vítimas em 100 dias.                                                                                Esquecemo-nos, portanto, de que a intolerância, o preconceito, que pode levar ao genocídio, é um tipo de conduta que todos os dias presenciamos e não nos atentamos, isso porque já tem se tornado comum esse comportamento na sociedade.                     Devemos nos atentar ao alicerce desse problema, os valores distorcidos que estão impregnados na cabeça dos indivíduos. O genocídio é gerado a partir da intolerância, preconceito com as diferenças do próximo. É preciso um olhar mais humano das pessoas em relação as outras, é preciso uma grande reforma na educação que se tem dado.                                                        Isso porque,  partindo do pressuposto que o ensino deve ser pautado em valores, a educação tem o dever de dar formação moral, isto é, uma formação que dê alicerces para a democracia. Onde as pessoas se preocupem umas com as outras, onde haja coragem para acabar com injustiças, e por fim construir um lugar onde todas as pessoas possam viver com dignidade e igualdade.                Portanto, é necessário saber viver em sociedade, só assim, os Direitos Humanos estariam sendo exercidos porque desse modo seria desenvolvido o respeito. Respeito pela paz, pelas diferenças, respeito pelo pluralismo. Pode-se afirmar isso, de acordo com o livro Educação e Metodologia para os Direitos Humanos (2008, p. 250) : Viver juntos não significa tolerar-se. É preciso incorporar valores alheios, ao menos para saber respeitá-los, assim como cada um pretende sejam respeitados os próprios valores. Não é necessário assumir os valores alheios. Por isso que o desafio da educação é ensinar a distinguir entre o que se deve viver como valores e o que se deve respeitar como valores.