No processo de alfabetização, a escolha de gêneros que o aluno vai escrever deve obedecer a dois critérios principais. O primeiro diz respeito ao nível  de dificuldade, ou seja, o professor deve propor tipos mais simples antes dos mais complexos. O segundo considera a relevância, ou seja, o aluno deve escrever textos mais imediatamente relevantes a seu quotidiano (ABC, p. 322). Obviamente, as exigências da escola constituem parte do quotidiano do aluno e, portanto, escrever bilhetes, recados, convites, cartazes ou mesmo poemas, por exemplo, devem incluir-se nessa definição.  Isso que o professor precisará criar um contexto para que o aluno tenha que escrever usando um gênero ou tipo de texto que, normalmente, não parece tão próximo das exigências do quotidiano.

A familiaridade dos alunos com os gêneros textuais dos três primeiros tipos de texto: procedimento e descritivo/ informativo e argumentativo/persuasivo, facilita a compreensão dos alunos  quanto a leitura, escrita e a estrutura de cada tipo de texto.  Isso ocorre devido o contato que aluno possui com esses textos no seu ambiente familiar. Textos esses tais como: listas, bilhetes, avisos, folhetos e classificados. Entretanto, nos textos tipo narrativos encontram um grau de dificuldade na compreensão estrutural devido à falta de contato no seu quotidiano, requerendo que o professor crie um contexto para os alunos possam compreender a estrutura da escrita de gêneros textuais desse tipo.

O gênero textual do tipo narrativo será trabalhado no quarto bimestre. Iniciaremos com histórias em quadrinhos, a qual os alunos possuem maior familiaridade e gradativamente introduzindo outros gêneros com maior complexidade como: Noticias, biografia, Carta, fábula, crônicas e outras. Em cada gênero será adotado as estratégias contidas no manual do professor, onde há sugestões para trabalhar cada gênero, mas sempre procurando relacionar o gênero lido com experiências ou eventos que ocorrem próximo do aluno, na escola e na comunidade. Também serão utilizados outros textos do mesmo gênero com objetivo de mostrar como se relacionam entre si e com a vida.

O importante é que cada dia haja um bloco de atividades explicitamente voltadas para o desenvolvimento de competências de escrita, e que essas atividades correspondam a um plano bem estruturado e com seqüência clara que permita ao aluno dominar as ferramentas essenciais que o ajude escrever expressando o conhecimento adquirindo através de:

 Paráfrase, ou seja, mudar pequenos detalhes, títulos, final, parágrafo, mantendo o sentido e a estrutura.

Modificar o texto, alterar título, início, meio e final e analisar implicações, transformando o texto escrito  num gênero em texto escrito em outro gênero.

Criar textos nos vários gêneros com apoio do professor nas etapas de planejamento, execução e revisão, sempre tendo em vista:

- a audiência;

- ô propósito;

- as características do gênero a ser realizado;

- o planejamento;

- concentrar a revisão em um ou dois aspectos da escrita;

-compartilhar o texto pronto com os colegas.

Os gêneros textuais me auxiliam no planejar da escrita de um texto, para ensinar os alunos a redigir e estruturar sua produção de acordo as características de gênero proposto, onde o aluno aplicará o que já aprendeu sobre o formato e a disposição dos textos dos vários gêneros, lembrando que tudo tem a ver com tudo, mas cada coisa a seu tempo. E na dose certa.

 Palavra-chave: Gêneros, Ensino, Plano.

Bibliografia

ABC do alfabetizador, João Batista Araujo e Oliveira – Manual de Orientação – Coleção ABCD, de João Batista Araujo e Oliveira. Brasília: Instituto Alfa e Bata, 2008.

Manual do professor – Livro B, de João Batista Araujo e Oliveira. Brasília: Instituto Alfa e Bata, 2008.

Fragmentos retirados dos livros

ABC do Alfabetizador – João Batista Araujo e Oliveira, p. 322 e p.326.

Manual de Orientação – Coleção ABCD, de João Batista Araujo e Oliveira, p.44.