A todo momento, nos deparamos com noticiários veiculados pelas mídias onde, de um lado, o crescimento desordenado e desrespeito ao meio ambiente é evidenciado e, de outro, ferrenhos protetores da natureza expõem seus pontos de vista.

Conheço alguns destes "protetores". Sem generalizar, pessoas intolerantes, na sua maioria hipócritas, vivendo e morando em áreas de preservação permanente. O discurso é muito envolvente, mas sem resultado. Cerca de 80% do local onde moro não possui saneamento básico. E olha que é uma capital de Estado. Não vejo ninguém falando sobre isto, muito menos os intolerantes.

Sou defensor ferrenho da conservação do nosso eco sistema e também á favor do progresso, do crescimento ordenado de nossas cidades.

Proibir empreendimentos imobiliários é criar dificuldades, para negociar facilidades, uma porta para a corrupção. Tem que haver uma solução mais parcial. Penso que deveríamos ao invés de simplesmente proibir um empreendimento, criarmos mecanismos efetivos de controle da taxa de ocupação do solo.

Por exemplo: um resort com estudo de capacidade para 400 apartamentos, obteria permissão para construir apenas 150. Um campo de golf obrigado a usar adubo e inseticidas orgânicos e terem 50% de área de preservação. Um prédio residencial projetado para aproveitar ao máximo a luz natural, coletores de água pluvial, captação de energia solar, rede própria de tratamento de esgotos, coleta de lixo orgânico e inorgânico e com altura limitada. Casas com menos áreas construídas, com materiais recicláveis, madeiras de reflorestamento, energia solar, coleta de lixo reciclável e áreas para compostagem. Mansões à beira-mar com decks flutuantes e energia eólica.

Claro, tudo isto com a mão do estado fiscalizando e criando isenções fiscais para tais projetos. Quem sabe com desconto de IPTU para projetos ecologicamente corretos, financiamento com juros menores e subsidiados. Quem sabe um selo verde para imobiliárias, corretores, construtoras, engenheiros e arquitetos, capacitando os profissionais diretamente envolvidos.

Isto não é uma utopia! É possível!

O que não pode haver é a simples proibição, sem um estudo mais profundo, tentando equacionar as diretrizes ambientais com o crescimento ordenado.

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