SUMARIO

1. Introdução ................................................................................ 02

2. Objetivo .................................................................................... 03

3. Referencial Teórico .................................................................. 03

4. Considerações Finais ...................................................................................................... 06

5. Referencial Bibliográfico ........................................................... 07

INTRODUÇÃO

O Serviço Social na atualidade situa alguns desafios históricos que se apresentam aos Assistentes Sociais. Pensar o Serviço Social na contemporaneidade nos remete primeiramente a pensar no compromisso com a população, nos limites, nos desafios, acima de tudo, na busca por novos caminhos norteadores, enfatizando também a verdadeira finalidade.

A profissão do Serviço Social, ao longo de sua trajetória, foi se moldando delineada mente, e em cada momento histórico, buscou e criou bases necessárias para sua razão de ser na sociedade. Desta forma, obteve conquistas bastante avançadas no que se refere à bagagem teórica e ao Código de Ética Profissional advindas de pesquisas, lutas e persistência. Tendo a oportunidade de conquistar novos espaços ocupacionais, e ao mesmo tempo, se deparando com uma realidade completamente antagônica aos objetivos profissionais.

As formações profissionais do Assistente Social precisaram aprender o cenário em que a profissão se efetiva, bem com a realidade social que acerca. Acredita-se que as mudanças políticas, sociais, culturais e ideológicas que vivemos nos tempos atuais; as profundas transformações nos processos de produção da vida social; assim como as relações entre os sujeitos, nos impulsionam a refletir sobre novas demandas e dinâmicas do mundo do trabalho.

 

 

 

OBJETIVO

Este artigo científico tem como objetivo compreender e descrever as influências e as origens das políticas sociais dentro do contexto do Serviço Social, associando as demandas às políticas sociais existentes, analisando há atuação profissional no mundo atual.

REFERENCIAL TEÓRICO

O Serviço Social atualmente está inserido em um cenário em que as múltiplas faces da questão social vêm aumentando exacerbadamente. Contudo, o desafio principal para a profissão nesta conjuntura é se capacitar permanentemente, criando novas estratégias junto das equipes multidisciplinares e interdisciplinares e seus usuários, através de uma leitura crítica da realidade, refletindo sobre todas as mudanças que vem ocorrendo de forma rápida e excludente. O Serviço Social se estabelece como uma profissão que tem por princípio central a emancipação da sociedade, através do acesso aos direitos sociais dos usuários por meio das políticas públicas. No entanto, é por meio de um respaldo teórico critico reflexivo que estes profissionais materializam o compromisso com o Projeto Ético Político, tendo nas expressões da questão social o seu objeto de trabalho. Um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano.

Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo. Assim o desafio do Assistente Social nos dias de hoje é desenvolver propostas de trabalho criativas e inovadoras, que sejam capazes de concretizar direitos sociais da população usuária. Dessa forma podemos dizer que nossa perspectiva de ação tinha enquanto objetivo, a busca pela efetivação dos direitos sociais dos usuários na saúde pública, visando a ampliação dos canais de participação no âmbito institucional. Deve ficar claro que, desvendar as condições de vida dos indivíduos, grupos e coletividades é decifrar as diversas formas de lutas articuladas pelas classes subalternas. O desafio de hoje é o de atualizar a prática, visando a questão social na atualidade, buscando ser solidários com o modo de vida dos que a vivenciam. Muitas pessoas e profissionais da área de Serviço Social ao se referirem a promoção social de pessoas necessitadas materialmente confundem o verdadeiro significado das palavras assistencialismo e filantropia.

O conceito de filantropia está muito dispersa hoje em dia, mas está relacionado a atitude de ajudar ao próximo, seja ela através de donativos, como roupas, comida, dinheiro, e etc. Historicamente no Brasil as ações filantrópicas estiveram arraigadas à concepção caritativa de ajuda ao próximo sob o prisma da moral cristã, na qual há o reconhecimento do valor da pobreza como redentora dos pecados. Assistencialismo é uma prática repudiada pela profissão, pois prega a caridade e a ajuda paliativa, que em nada resolve na situação daquela pessoa que precisa. Quem está em situação menos favorecida não precisa de caridade, nem de ser chamada de coitadinhos. Precisa sim que os direitos sociais assegurados por lei sejam efetivados. Em nossa opinião o único fato em comum entre as duas palavras é que os dois se liga diretamente a dificuldade alheia cuidando de pessoas necessitadas.

O mercado de trabalho do assistente social vem sendo gradativamente ampliado nos últimos cinco anos no Brasil. Segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), o setor que mais emprega o assistente social é o de saúde. O setor público, assim como nas organizações privadas e nas entidades do terceiro setor, que atuam na implementação de projetos de responsabilidade e de desenvolvimento social, abrem oportunidades de contratação. São estes os campos de atuação do assistente social no setor público em âmbito nacional, estadual e municipal: saúde, assistência social, previdência, educação, habitação etc.

Nas organizações públicas, o assistente social pode atuar ainda nas áreas da criança e adolescente, idoso, portadores de deficiência etc. Ao trabalhar em órgãos públicos, o assistente social é o responsável por planejar e colocar em ação políticas públicas e programas sociais voltados para o bem-estar coletivo. É de sua responsabilidade propor ações que melhorem as condições de vida de crianças, de adolescentes e de adultos que estejam sob qualquer tipo de risco. Nas organizações privadas, o assistente social pode atuar na área de recursos humanos, uma área que se expande, no gerenciamento, planejamento estratégico, relações interpessoais, qualidade de vida do trabalhador, treinamentos organizacionais, prevenção de acidentes de trabalho, elaboração ou implementação de projetos, programas de prevenção de riscos sociais etc. No terceiro setor, nas organizações não governamentais (ONGs), o assistente social atua diretamente com a sociedade civil organizada e movimentos populares nas áreas de administração e planejamento de projetos sociais, defesa de direitos humanos, convênios de cooperação técnico-financeira, captação de recursos etc.

Atualmente, o crescimento do terceiro setor, que inclui o trabalho em ONGs, em conselhos de políticas públicas e em assessorias ou consultorias, fez com aumentasse bastante a demanda por assistentes sociais. O profissional, neste caso, não trabalha apenas na execução de programas sociais como também no planejamento e na avaliação de projetos de instituições. Quanto à preferência no mercado de trabalho pesquisa realizada pelo CFESS mostra que mais de 80% dos assistentes sociais com registro no conselho estavam empregados em postos do poder público; de 6% a 7% nas Organizações Não governamentais (ONGs) - um campo de trabalho crescente -; e outros 10% nas empresas privadas, que também estão ampliando as vagas no setor em função da adoção de políticas de sustentabilidade, que envolvem ações de responsabilidade social. O assistente social é, portanto, basicamente um “funcionário público”. A missão do assistente social é garantir o cumprimento dos direitos do cidadão, conscientizá-lo desses direitos e ajudá-los a se organizar coletivamente. Portanto, o campo de trabalho sempre estará centrado no poder público. É um profissional do setor de serviços, a maioria no poder público. Trabalha no meio urbano, como assalariado. Os autônomos são apenas 1,2% do total. A jornada de trabalho é de 30 horas a 40 horas semanais; 11,07% têm mais de um emprego. A maioria trabalha em instituições públicas: 40,97% municipais, 24% estaduais e 13,19% federais. Nas instituições privadas são 13,19%, e no terceiro setor, 6,81%.

Em entrevista com alguns profissionais de Serviço Social que trabalham na área da saúde, a maior dificuldade relatada é a falta de recursos, pois alguns profissionais não têm na instituição em que trabalham todos os meios para viabilizar o seu trabalho. Faltam computadores, transporte para realizar as visitas domiciliares e em alguns locais falta até telefone e o profissional tem que usar seu aparelho celular. Outro problema enfrentado é que algumas pessoas não reconhecem as atribuições do Assistente Social, deixando para este profissional, tarefas que não são de sua competência, ou seja, o que os outros profissionais não podem resolver é encaminhado para o Assistente Social. Apesar de ser um mercado amplo e com muitas possibilidades, conseguir o primeiro emprego na área pode ser mais difícil do que se imagina. Estamos passando por uma época de poucos empregos. No entanto, a área de Serviço Social é relativamente nova e está crescendo. A importância do profissional é enorme, porque a pobreza é cada vez maior e o assistente social atua nisso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos enriquecidos documentos identificados nesse relatório, entende-se que a profissão que pleiteamos alcançar em nosso futuro próximo, já passou por diversas modificações até atingir o perfil que atualmente a profissão segue como referência, tendo uma raiz religiosa e dominante, passando a desvincular tais condutas de pura caridade para conduzir políticas sociais públicas direcionando os direitos humanos como sua principal “cartilha” de execução, incluindo o indivíduo novamente como integrante participativo, sempre respeitando suas limitações na sociedade, reforçando o poder da família e a sua importância. O principal desafio para o Assistente Social nessa nova configuração de realidade consiste em apresentar-se como uma nova profissão qualificada para contribuir com respostas a estas questões imediatas, mas que ao mesmo tempo, não perca o seu caráter propositivo, a sua visão crítica no sentido de romper com o imediatismo estabelecendo ações consistentes com base em princípios éticos que tenham como perspectiva a promoção da cidadania. Nessa visão a Assistência Social é direito e não favor ou benevolência, cabendo ao Estado enfrentar as desigualdades sociais, provocadas pelo seu modelo de desenvolvimento, com políticas redistributivas que promovam a inclusão.

O Serviço Social é uma profissão nova e em construção, que vem sendo plasmada de acordo com as solicitações apresentadas pela sociedade dentro do seu campo de atuação. Alguns estudos recentes apontam que, assim como outras profissões que trabalham com as relações sociais, o Serviço Social tende a desempenhar um papel de importância crescente em contrapartida aos fenômenos da automação, robótica e microeletrônica que impulsionaram a revolução tecnológica. É preciso estar qualificado para conseguir um trabalho com qualidade, em respeito aos cidadãos usuários das políticas sociais e pelo fortalecimento da profissão. Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, o Assistente Social tem-se caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na gestão de políticas públicas e hoje contribui efetivamente na sua construção e defesa. Portanto entende-se que o Serviço Social abrange várias áreas e por isso é preciso ter conhecimento de todas elas. Por fim, nós como futuros assistentes sociais almejamos que as desigualdades sociais possam ser quebradas e que os esquecidos possam, finalmente, ser lembrados e respeitados em suas necessidades. Esperamos ter contribuído com uma ampla reflexão, oferecendo assim possibilidades de renovação do aprendizado.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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