Frutos do mal. 

Os frutos do pecado são verdes ou podres, nunca são bons, maduros ou doces. Estes frutos jamais trarão satisfação profunda e definitiva à alma do ser humano. Talvez o pecado até se apresente doce, talvez a origem dele seja aparentemente doce e boa, mas com certeza ele é de difícil digestão. 

O pecado jamais se assimilará ou se adequará à vida , porque a vida não foi criada para o pecado. O mal é algo estranho à alma humana, não é alimento saudável e por isto o “organismo” do espírito não pode digeri-lo, o mal é coisa estranha na estrutura do nosso ser. 

Nossa estrutura interna não foi feita para o ódio, nem para os ressentimentos, nem para o egoísmo e muito menos para temores e culpas. Daí, toda tentativa para digeri-los e torná-los parte de nosso ser acaba em “indigestão emocional e espiritual”. Esta indigestão não é somente de natureza moral e espiritual, mas é também física e mental. Sim, porque na estrutura interna de nossas vidas fomos feitos para vivermos centralizados em Deus. 

Fomos criados para o amor, a fé e para a reconciliação. Portanto, o mal tenta nos sustentar em um teor de vida para o qual não somos criados. Jesus disse: “Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou”. Também, nossa comida, a exemplo de Jesus, deveria ser fazer a vontade divina. 

Sendo a vontade divina a nossa comida diária, ela é que nos alimentará, nos reconstruirá e nos dará vida. Também é certo que, não fazendo a vontade de Deus e fazendo só a nossa própria vontade, esta forma contrária de agir aniquilará nosso senso de bem-estar, nos esvaziará por completo, nos envenenará e nos deixará morrer a mingua. Somos alérgicos ao mal, somos alérgicos ao pecado. Não podemos assimilá-lo porque não fomos feitos para ele. 

Ao abandonarmos a vontade divina, o mal nos trará efeitos colaterais terríveis. E se nele permanecermos, ele nos levará ao coma espiritual e consequentemente á morte eterna.

Geraldo Goulart.