FORMAR ESCRITORES ATRAVÉS DA LEITURA

                                                                                                      

                                                          Wellington Queiroz Fernandes

                                                                                    

 

 

RESUMO: Escrever e ler são duas ações conectadas que não podem se desvincular por ser cada uma o fulcro uma da outra, pois só há eficácia do sujeito numa ou noutra, pois, se este tiver boa desenvoltura principalmente na leitura, por exemplo, o destaque na produção de texto é notável. Já que a leitura traz práxis do conhecimento, aumento de experiências culturais, interação com a ortografia e enfim intimidade com os signos linguísticos, os quais são os instrumentos básicos e essenciais para produzir mensagens com sentido ou constituírem comunicação. Percebe-se que o hábito de ler traz desenvoltura na leitura. Talvez seja a falta desta cultura que faz com muitos na atualidade sejam considerados analfabetos funcionais, pois apresentam dificuldades em compreender o que lêem por não ser as letras ou signos um elemento usado constantemente. Destarte, é relevante enfatizar a importância de ler e escrever em sala de aula e em casa por ser a eficácia desta deriva da prática e dedicação diária, pois do contrário não há  eficiência, o que por sua vez instiga os educadores a mudarem o seu papel enquanto mediadores e do mesmo modo a família por ser a primeira instituição da sociedade responsável pela formação do filho(a). Deste modo, tanto escola quanto família devem se dar as mãos para efetivação de novas metodologias no ato de ensinar ou formar educandos/filhos na leitura e na escrita. E a Unidade Escolar deve perceber estes saberes como algo dinâmico, prazeroso e não estático e enfadonho como tenho durante décadas através da ênfase na gramática, a qual é a estrutura da língua e não a linguagem utilizada cotidianamente pelos usuários da língua.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita, Leitura, escritor, leitor e educador.

 

ABSTRACT: Writing and reading are two things that can not be connected to untie each be the focus of one another, because there is only effective in one or another subject, because if he has good agility mainly on reading, for example, highlighted in text production is remarkable. Since the practice of reading brings knowledge, increase of cultural experiences, interaction with the spelling and ultimately intimacy with linguistic signs, which are the basic tools and essential in order to produce messages or constitute communication. It is noticed that the habit of reading brings ease in reading. Perhaps the lack of culture that makes a lot today are considered functionally illiterate, because they have difficulty understanding what they read because it is not the letters or signs an element used constantly. Thus it is important to emphasize the importance of reading and writing in the classroom and at home because it derives from the effectiveness of daily practice and dedication, because otherwise there is efficiency, which in turn incites the educators to change their role as mediators and likewise the family for being the first institution of society responsible for the formation of the child (a). Thus, both school and family should join hands for the execution of new methodologies in the act of teaching or training students / children in reading and writing. And school unit perceive this knowledge as somthing dynamic, pleasant and not static and boring as I have for decades through emphasis on Grammar, which is the structure of language  and not the language used by everyday users of language.





KEY-WORDS: Writing, Reading, writer, lecturer and educator.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


INTRODUÇÃO

A escrita é um tipo de linguagem que se difere da oralidade em alguns aspectos, já que na fala as pessoas se utilizam de gestos faciais, articulações das mãos e braços para dar sentido ao que expressam. E na escrita os meios utilizados para dar clareza e objetividade são os argumentos, diversos conectivos e a exposição das experiências, as quais devem ser assimiladas pelo leitor para que este tenha compreensão da mensagem transmitida.

 Nesta perspectiva, a produção textual é relevante na formação intelectual, cultural e social do sujeito, visto que na atualidade esta linguagem é a essência da relação humana seja nos negócios, amizade, namoro e etc. Pois, devido ao corre do cotidiano as pessoas em sua maioria perderam o tempo e o hábito de se visitarem e assim o meio de comunicação mais utilizado nos últimos dias com maior frequência é a Internet por meio do MSN, Orkut, chats e etc. Em outras palavras, as pessoas usam frequentemente a escrita para inúmeras atividades, o que faz desta sociedade uma realidade distinta daquela vivenciada pelos nossos antepassados.

                Por isso, a formação de escritores é de grande relevância no âmbito escolar, assim como formar leitores, pois toda a engrenagem de evolução tecnológica do mundo atual está ligada e requer o saber da escrita ou dos signos linguísticos para obter poder intelectual.

Diante deste contexto o presente artigo discute a importância da produção textual e a respectiva formação de leitores, já que ambas caminham lado a lado, ou seja, uma oferece desenvoltura à outra. Tanto é verdade que se o individuo tem o hábito de ler diariamente este apresenta facilidade em argumentar e desenvolver qualquer gênero textual.

Assim, a discussão também frisa o método utilizado no ensino da gramática, a qual precisa ser ensinada não como língua oficial, mas como uma estrutura da língua, a qual não é seguida pela variedade lingüística existente que muda de região para região.

1 A DIFERENÇA DE TEXTO ORAL E ESCRITO

 

A construção de texto é constante no meio social, visto que é uma mensagem com sentido, em outras palavras produzir texto é uma tarefa diária de todos, sendo que este pode ser por meio da fala, da escrita e de imagens. Interessante que em cada época percebe-se que um destes é usado com mais evidencia, devido à concepção e cultura vivenciada por um povo. Segundo Bronckart (1999) apud Dionísio (2005, p. 50): “A utilização de uma língua efetua-se sob a forma de enunciados (orais e escritos) que são provenientes dos representantes de um ou outro domínio da atividade humana”.

Observa-se que na história da humanidade as gerações valorizam uma determinada maneira de usar a língua para a  produção textual ora enfatiza a oralidade ora a escrita. Em outras décadas, por exemplo, a fala era usada em todas as circunstancias até para fazer acordos ou negócios, ou seja, a palavra era usada como documento, mas com o passar do tempo a escrita foi ganhando espaço e se acentuando dia após dia, tanto é verdade que atualmente que as  relações entre os sujeitos se dão em sua maioria pela escrita, visto que entre as empresas e órgãos públicos utiliza-se documentos para efetivarem negócios e outros; as entidades religiosas fazem seus comunicados e envia mensagens às pessoas por meio de panfletos; os amigos, parentes enviam noticias por meio de cartas, e-mails e enfim a comunicação do momento é elaborada e efetivada em sua plenitude pela escrita.

Mas qual é a grande diferença de falar e escrever? Não se pode escrever como fala? _ São questionamentos que talvez pode trazer a tona a distinção do texto falado para o escrito. Todavia, ambos se constituem por diferentes tipologias textuais, pois na fala é usado vários discursos através dos vários modos de falar por meio dos distintos sotaques, tonalidades e gestualidades, assim como a escrita que se diverge nos inúmeros gêneros, tais como: jornalístico, poético, prosa e outros. Conforme Dionísio (2005, p. 108): “[...] cada falante fala de modo diferente, imprimindo uma gestualidade singular ao texto falado [...]”.

De acordo com o autor os gestos elencam a diferença de um discurso para o outro, já na escrita esta diversificação acontece por meio dos gêneros textuais, os quais são resultados de uma convenção que requerem uma regra a seguir, mesmo tendo uma peculiaridade de cada escritor.

Dionísio (2005, p. 209) afirma que:

Os gêneros textuais são textos empiricamente realizados, encontrados na sociedade de forma materializada (tais como artigo, entrevista, notícia, receita, culinária, romance, crônica e tantos outros), situados no tempo e no espaço.

Diante  desta discussão percebe que a grande dificuldade para usar a escrita é a questão formal como requisito básico para a formulação do texto escrito, o que não faz parte da fala, pois a mesma pode ser usada de forma coloquial ou popular e formal, de acordo com o contexto vivenciado. E esta pode ser utilizada como ponto partida para o enriquecimento linguistico, como escreve Bechara (2006, p.46): “O ensino linguístico na escola deverá partir da atividade oral, pois  constitui a base para aquisição ideal de quase todas as competências lingüísticas [...]”.

Então, percebe-se que a escrita deriva ou fundamenta-se na oralidade, é conjunto de signos que tem sentido como afirma Val (1994):

Pode-se definir texto ou discurso como ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. Antes de mais nada, um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa. Tem papel determinante em sua produção e recepção uma série de fatores pragmáticos que contribuem para a construção de seu sentido e possibilitam que seja reconhecido como um emprego normal da língua. São elementos desse processo as peculiaridades de cada ato comunicativo, tais como: as intenções do produtor; o jogo de imagens mentais que cada um dos interlocutores faz de si, do outro e do outro com relação a si mesmo e ao tema do discurso; e o espaço de perceptibilidade visual e acústica, na comunicação face a face. Desse modo, o que é pertinente numa situação pode não o ser em outra.

A autora mostra que embora a oralidade e escrita sejam textos, as mesmas se distinguem na forma de transmitir a mensagem, pois a primeira usa gestos, gesticulações, enquanto que na escrita mesmo existindo o autor e leitor, a forma de transmissão da mensagem acontece por meio das experiências de um e outro.

1.1  GRAMÁTICA: UM DOS ENTRAVES DA ESCRITA

Geralmente na Escola antiga as aulas de língua portuguesa eram baseadas na estrutura estática da língua, a gramática, o que por sua vez era “errôneo”, pois desconsiderava  a língua como algo em movimento, a qual sofre alterações a cada geração através das diferentes culturas e formas sociais. De acordo com Bechara (2006, p. 14):

Na escola antiga, o professor cometia o erro de entender como a língua aquela modalidade culta – literária ou não _ refletida no código escrito ou na prática oral que lhe seguia o modelo, de todo repudiando aquele saber linguístico aprendido em casa, intuitivamente, transmitido de pais a filhos.

Neste pressuposto, é plausível afirmar que a gramática ensinada de maneira individualizada traz medo e desconfiança ao sujeito, ou seja, quando começa a escrever logo vem a memória a possibilidade de estar errando uma determinada  regra, deixando assim de expor suas idéias.

Tal atitude não é louvável, por entender a língua como um processo histórico ou que nunca parou num determinado estágio, mas sim evolui pela diversidade que a constitui de acordo com Bechara (2006, p. 15):

[...] Língua histórica não é um sistema homogêneo e unitário, mas um diassistema, que abarca diversas realidades diatópicas (isto é, a diversidade de dialetos regionais), diastráticas (isto é, a diversidade de estilos de língua) e que cada porção da comunidade linguística  realmente possui de direito sua língua funcional, que resulta de uma técnica histórica especifica.

Bechara (2005, 50) argumenta que: “A gramática tenta codificar e fixar o chamado uso idiomático. Desta maneira, ela assume um papel originariamente didático. Entretanto, como pretende fixar esse mesmo uso, a gramática passa a ser dogmática”.

A gramática dogmática deve ser ensinada a luz da lingüística ou entendendo-a como estrutura de uma língua permeada pelas variedades dos dialetos que podem ser regionais ou sociais, em outros termos o sujeito não pode ser oprimido em nenhuma forma seja ela  padrão ou coloquial.

A escrita para acontecer eficazmente, o sujeito necessita ter uma relação diária, isso se dá por meio da prática da leitura, onde o leitor apreende a experiência, a cultura e a peculiaridade de cada obra com os diferentes signos linguísticos.

2  IMPORTÂNCIA DA LEITURA  PARA  APREENSÃO DA ESCRITA

 

O hábito da leitura faz com os leitores obtenham a arte de interpretar ou de assimilar as mensagens transmitidas pelos textos, as quais passam a agir e influenciar na sua formação, que vai moldando-lhe a mente, dando-lhe sensibilidade e gosto pela literatura e ainda a capacidade de apreender a complexidade do mundo em sua volta. Assim, a literatura é crucial no papel de direcionar a criança para a beleza e o gosto pela leitura, proporcionado pela ficção que permite a construção de um novo mundo dentro da realidade, ampliando o vocabulário.

Neste contexto a escola e o professor devem descobrir que a literatura pode despertar o interesse da criança em criar e recriar idéias que vem desenvolvê-las socialmente dentro dos contextos literários, libertando-as de preconceitos e limitações opostas, e ainda contribui na construção e reconstrução da sua consciência. Lembrando que a criança torna-se capaz de criar sua própria realidade, enquanto a literatura corresponde ao saber da formulação de imagens da realidade, sendo assim, a mesma recebe esse reflexo da realidade, mas não recebe a própria realidade.

 É complexo, mas Segundo Meireles (2001, p.30):

Uma das complicações iniciais é saber-se o que há, de criança, no adulto, para poder comunicar-se com a infância, e o que há, de adulto, na criança, para poder aceitar o que os adultos lhes oferecem. Saber-se, também, se os adultos têm sempre razão, se, às vezes, não estão servindo a preconceitos, mais que a moral; se não há uma rotina, até na pedagogia; se a criança não é mais arguta, e, sobretudo, mais poética, do que geralmente se imagina.

                                                             

Tal, reflexão traz a percepção de que a  Literatura deve ser adequada para criança, por exemplo, é aquela que aborda o universo infantil, um modelo de representação real que tende facilitar a imaginação e a criatividade do leitor infantil, diante do exposto, as histórias infantis influenciam constantemente na formação da personalidade educacional da criança. Por isso, é crucial que os pais preocupem em contar histórias para seus filhos e os educadores realizem uma mediação considerável.

Alguns aspectos relevantes na formação da consciência crítica e construtiva da criança é a literatura infantil, a qual tem um papel importantíssimo, pois leva a uma reflexão profunda, concedendo-lhe a capacidade de criar a imagem de acordo com sua realidade, com isso, a imagem criada passa a ter uma identificação com os personagens do contexto que são vividos pela sua imaginação infantil e não foge da própria realidade literária. E é neste emaranhado que o espaço escolar precisa estar atento. Visto que os homens são pessoas dinâmicas e construtoras de seu mundo. Conforme PIMENTEL (1993, p. 83):

        

São homens à procura de ser inteiramente homens, buscando sentido e assumindo responsabilidades pelos outros. Procuram a auto-realização e o engajamento moral com o mundo, cada qual à sua maneira, conforme o determinou a história pessoal e cultural vivida por eles. Mas também fazem opções sucessivas, que vão marcando sua trajetória, e a maneira como fazem essas opções os diferencia. Não estão inteiramente à mercê das circunstâncias socioculturais e das condições pessoais. Nelas interferem intencionalmente, por serem, também, seres livres e sujeitos. Têm uma consciência intencionada, através da qual compreendem a realidade e a possibilidade de intervirem. (1993, p. 83) 

          

Na ampliação da visão holística de mundo a obra ou a produção literária tem capacidade de ampliar, transformar, enriquecer conhecimentos e experiências da criança com relação ao mundo em que vive, já que a literatura é um meio de manifestação cultural e socialização ideológica da criatividade literária. Assim, pode se definir que a arte literária é um instrumento de sensibilização e conscientização do indivíduo, um veículo para expansão da capacidade intelectual do desenvolvimento infanto-juvenil.

E o social é parte desta engrenagem, já que é permeado nos contextos literários e ainda na vida cotidiana dos educandos, assim, quando trabalhados pode se transformar em arte através dos diversos talentos existentes no âmbito escolar, daí a importância de trabalhar a leitura e o social nas salas de aulas como ponto de partida para a desenvoltura da critica e da reflexão, constituindo-se assim num viés de transformação da sociedade, especificamente a colinense onde este projeto está sendo desenvolvido.  Ressalta GADOTTI (1996, p. 311):

O homem moderno volta-se para a participação com as massas na política, que muitas vezes resultou em guerras e conflitos; já o homem pós-moderno dedica-se ao seu cotidiano, ao seu mundo, envolve-se com as minorias, com as pequenas causas, com metas pessoais e de curto prazo. O homem moderno busca a sua afirmação como individuo, face à globalização da economia e das comunicações.

Mediante esta transição do mundo educacional é plausível dizer que o ensino e aprendizagem precisa estar interligado às inovações e as propostas de avanços da pós-modernidade, para que estes possam contribuir  na formação das pessoas

2.1 PRINCIPAIS TIPOS DE LEITURA E O  PAPEL DO ADULTO NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS COMO LEITORES

O ato de ler não se dá apenas pela decodificação dos signos linguísticos, mas por meio da perseverança, dedicação, esforço e gosto, em outras palavras é necessário que o sujeito tenha o hábito da prática da leitura, contudo nem todos possuem, daí a existência dos analfabetos funcionais ou aqueles que lêem mas não sabem interpretar.

Interessante frisar que as Escolas estão permeadas de alunos que apenas decodificam as letras.  Porém, tal situação tem que deixar de existir, visto que a presente sociedade apresenta um cenário de avanço e desenvolvimento tecnológico, cultural, social, político e histórico, e consequentemente este sujeito deve estar preparado para ser inserido neste contexto, mas para efetivar esta atuação é necessário expandir o hábito da leitura critica o que se dá por meio de um trabalho criterioso dos educadores e dos pais na formação de leitores, através de diferentes metodologias, como por exemplo, leitura em voz alta feita pelo adulto, oferta de livros com assuntos atraentes e principalmente mostrar ser um bom leitor por meio de sugestões e informações de outras leituras, oferecendo um conhecimento prévio.

A esse respeito, Leffa (1996, p. 10) ressalta que "a verdadeira leitura só é possível quando se tem um conhecimento prévio", pois não lemos "apenas a palavra escrita, mas também o próprio mundo que nos cerca"
Além disso, a leitura em sala de aula deve ser ensinada por meio de três sessões que são: antes, durante e depois, visto que o inicio se dá pelo conhecimento do autor; quando se está lendo o adulto precisa enfatizar as pontuações, o tom de voz de acordo com o enredo e por fim instiga os ouvintes a lembrar pontos importantes da leitura para que estes reflitam e aprendam a interpretar o texto lido.

Para isso, é necessário que o formador de leitor gostar de ler e conhecer a obra que irá ler, assim se percebe a leitura como uma ação de diversos processos, segundo Leffa (1996, p. 17-18):

 A leitura é um processo feito de múltiplos processos, que ocorrem tanto simultânea como sequencialmente; esses processos incluem desde habilidades de baixo nível, executadas de modo automático na leitura proficiente, até estratégias de alto nível, executadas de modo consciente.


              Solé (1996, p. 22) diz que leitura é: "um processo de interação entre leitor e o texto; neste processo, tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura".

E é nesta práxis de relacionar experiências de outros com a vida diária que acontece a arte de interpretar, de acordo com Kleiman (2004, p. 10): "a compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de o conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo da vida".

Então, se o trabalho dos educadores em sala de aula se modificar,  e a presença da família for assídua e séria na ação de formar leitores as crianças irão além da simples decodificação.

Conforme Delmanto (2009, p. 29)

Os alunos serão capazes não apenas de localizar informações, mas de relacionar e integrar as partes do texto, de refletir sobre os seus sentidos – captando as intenções informações implícitas, de perceber relações com outros contextos, assim como de gerar mais sentidos para o texto e de valorar os que lêem de acordo com seus próprios critérios.


            Nesta perspectiva, percebe-se que a leitura e escrita caminham juntas na formação intelectual do sujeito. Por isso, ambas devem ser trabalhadas juntas.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa mostra que para o sujeito ser um bom escritor, primeiro deve ser um bom leitor, visto que esta visão de mundo e de experiências traz ao mesmo poder de argumentação, facilidade no uso da ortografia e língua culta. Assim, é plausível dizer que as maiorias dos estudantes apresentam dificuldades na escrita porque não têm o hábito da leitura, e é por isso a grande a necessidade de formar verdadeiros leitores na escola com a mediação fundamental dos educadores e da família.

Percebe-se que o grande desafio atualmente no âmbito escolar é formar leitores, pois se houver esta conquista é possível se ter estudantes conscientes e críticos. Mas, para isso é preciso o trabalho em equipe da família/escola e vice versa.

  Em suma, escrita e leitura é um junção imprescindível para oferecer autonomia, criticidade, poder de argumentação e enfim é um instrumento básico para a desenvoltura social, cultural, intelectual e política.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

 

DELMANTO, Dileta. A leitura em sala de aula. Construir Notícias, Recife, ano 08, n. 45, p. 24-26, mar./abril. 2009.

KATO, Mary. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática, 1987.

KLEIMAN, A. Texto & Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 9 ed. Campinas: Pontes, 2004.

LEFFA. Vilson. Aspectos da leitura. Porto Alegre: Sangra – Luzzatto, 1996.

SOLÉ, L. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.