Em cada etapa do desenvolvimento social e econômico, novos projetos pedagógicos são lançados em curso, os quais exigem professores com perfis diferenciados e que atenda ao mercado de trabalho. Pensando nesse contexto que focalizaremos os temas aqui apresentados como: Desafios da Formação de Professores na Sociedade Contemporânea, A Formação do Professor: Reflexões, Desafios e Perspectiva, Entrevistam com Fernando Haddad, Ministro da Educação Brasileira. Temas esse que mostra a realidade do corpo docente na sociedade atual e suas perspectivas de melhoria ao longo do tempo.
Segundo o autor Gildo Volpato, do artigo Desafios da Formação de Professores na Sociedade Contemporânea, informa que historicamente as demandas de professores qualificadas deram origem a diferentes propostas pedagógicas, ora centrando-se nos conteúdos, ora nas atividades. Tendo como base muitas vezes uma concepção positivista de ciência, concepção de conhecimento rigorosamente formal, fragmentado e linear. Numa sociedade com pequenas alterações nas relações sociais e produtivas, era possível esse tipo de formação. No entanto, a globalização da economia e a reestruturação produtiva, ocorridas principalmente nas últimas décadas, mudaram radicalmente esse quadro, colocando novos desafios, provocando novas exigências na formação das pessoas e, em decorrência disso, daqueles que são os responsáveis por efetivamente promover essas mudanças, os professores. As formações dos professores estão sendo colocado em cheque, tendo em vista as mudanças ocorridas nos processos produtivos e no mundo do trabalho, o que demandou mudanças também nas políticas públicas e vem requerendo uma formação diferenciada. É necessário pensar a formação de professores sem se desconectar do contexto da estrutura social.
Com base no texto A Formação do Professor: Reflexões, Desafios, Perspectivas, artigo publicado no dia 30 de novembro de 2009, reforça a idéia que, as ações em relação à educação têm que levar em consideração a maneira como os professores aprendem, muito tempo e dinheiro têm sido despendidos em vão. Não há controvérsias sobre a necessidade de formar-s e o professor do ponto de vista dos conhecimentos técnicos- científicos relacionados à sua área. No entanto a controvérsias quando se considera o atual progresso cientifico e a rapidez com que as mudanças ocorrem-nos diferentes campos, a fim de garantir a flexibilidade para mudanças e ampliações do campo conceitual, o domínio do conteúdo não se restringem mais ao conhecimento consistente de uma área especifica, mas se exige que esse conhecer se articule com outros saberes e práticas, criando espaços para um produção que vai além das fronteiras disciplinares. É importante destacar que se entende formação continuada como um processo complexo e multideterminado que ganha materialidade em múltiplos espaços/ atividades, cursos / treinamentos, que favorecem a apropriação de conhecimentos estimulam a busca de outros saberes, motivando viver à docência em toda a sua imponderabilidade. Essa dimensão abrange diferentes ângulos dentre os quais,o conhecimento produzido pelo professor pelos alunos e conhecimento sobre aspectos afetivos- emocionais, cabe ainda ao professor perceber as ações que realizam, avaliá-las e modificá-las em função da percepção e avaliação são questões fundamentais e sensíveis a sua formação, exigindo do formador e do formando disponibilidade e compromisso.
É de extrema importância a entrevista de Fernando Haddad, publicada na revista Nova Escola, Edição Especial, onde se reforça a idéia de que dar aula não é simples e que aprimorar a formação docente é uma missão complexa. Até algumas décadas atrás, havia apenas o magistério, a partir daí surgiu à tentativa de definir a obrigatoriedade de ter um diploma de nível superior para lecionar. Informa que o curso de pedagogia não está apto par a formar professores, é necessário que sejam adaptados a realidade da sala de aula. Acrescenta-se ainda que a Capes com o intuito de convencer aos docentes a modificarem seus currículos determinado por lei cabe a ela pagar bolsas de estudos a participantes de programas de formação inicial e continuada de docentes da educação básica. A meta é alinhar o que está sendo ensinado e o que está sendo avaliado. Investir na qualidade dos cursos superiores exige tempo, o que não se deve é ficar parado esperando para resolver tudo no futuro. É preciso avançar no que é possível com a atual graduação, uma vez que só com bons professores é que ira ser feita a diferença e a garantia de um ensino de qualidade no país.
Com base no contexto apresentado acima concluí-se que: é de fundamental importância a preparação do docente que irá assumir uma sala de aula, e quando se fala em preparação, destaca-se um planejamento eficaz, salário digno para o corpo docente em relação ao grau de escolaridade que possuem, as dificuldades que enfrentam em sala de aula, com falta de profissionais para ajudar a sanar o baixo índice de reprovação nas diversas séries e níveis de ensino. Acrescento ainda sobre a participação ativa do governo em oferecer curso de capacitação para os mesmos e viabilizar para chegar à demanda certa e no momento certo. Saliento ainda que, o corpo docente sentirá lisonjeado e estimulado para o exercício da sua prática em sala de aula, diminuindo o distanciamento entre a formação e a realidade da escola e da profissão.