Introdução

 

            As exigências atuais em torno de cidadãos que deveriam estar preparados para enfrentar os inúmeros conflitos presentes no dia-a-dia e, em particular, no trabalho, requer que os profissionais incorporem às suas ações, á sua vida, uma atitude de permanente busca do saber, de conhecimentos. É nessa perspectiva que o profissional deve construir o seu saber- fazer tendo como ponto de partida o seu próprio fazer.

            De forma teórica a formação continuada de professores, com vista a atualização dos saberes necessários ao desempenho da docência além de refletir sobre à pratica educativa de maneira retrospectiva e projetiva para que o docente possa dimensionar que capacidades precisa para ajudar o aluno a construir, tendo em vista a sociedade do século XXI.

            Se aprendizagem é uma necessidade inerente ao desenvolvimento da criança e do jovem, cabe considerar, por sua vez, que nem sempre o ensino recebido vai ao encontro de suas necessidades, notoriamente as que expressam as exigências de cada período do desenvolvimento.

Na perspectiva walloniana, o ajuste do ensino aos alunos apresenta, dentre outras demandas, o conhecimento do aluno concreto, isto é, o conhecimento sobre o meio em que vive e sobre o estágio de desenvolvimento no qual se encontra (Wallon, 1975).

A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon fornece conceitos e princípios valiosos para analisar os relatos dos professores sobre os seus alunos e sua prática pedagógica, assim como ofereceu direções para o planejamento em formação continuada.

Além do mais Paulo Freire traz a tona à pedagogia do oprimido neste livro, pois, ele tem esperança de que os educadores aprendam com ele, para que os educadores possam adquirir de certa forma a pedagogia da esperança uma maneira de evoluir a visão do mundo, a nossa visão de mundo tentando mostrar a necessidade de ver a realidade e trabalhar sobre  o que evitaria de certa forma a grande evasão escolar que se encontra hoje.

A educação “bancária”, em cuja prática se dá a inconciliação educador-educandos, rechaça este companheirismo. E é lógico que seja assim. No momento em que o educador “bancário” vivesse a superação da contradição já não seria “bancário”. Já não faria depósitos. Já não tentaria domesticar já Não prescreveria. Saber com os educandos, enquanto estes soubessem com ele, seria sua tarefa. Já não estaria a serviço da desumanização. A serviço da opressão, mas a serviço da libertação.

            Portanto torna-se imprescindível propor um programa de outo- formação continuada aos professores, a partir de referencias deles próprios sobre a importância e a necessidade de incorporar a formação continuada a sua profissão, a sua vida, a fim de que possa na pratica docente conduzir à uma intervenção na prática social.

            No entanto a formação de professores é um campo muito amplo que requer, para sua compreensão, visualizá-la como um espaço constituído por diversas ideologias, concepções e práticas culturais, políticas e educacionais. A formação continuada de professores tem sido, nos últimos anos, tema para políticos, professores, pesquisadores, alunos e universitários e vários outros setores da sociedade. As concepções e práticas têm se assumido de forma rápida, observando-se pouco planejamento e estudo sobre o assunto.

Diante destas situações podemos perceber algumas propostas para refletir sobre as práticas desta formação, de modo a garantir  como direito e dever dos profissionais da educação. Alem do mais, há meios que facilitem tal formação? Há qualidades do ensino repassados pelos professores? Realmente os professores dispõem deste conhecimentos?

            A formação para à docência, numa perspectiva histórica, é um processo em construção desde tempos remotos da vida de cada professor, ou seja, desde os seus primeiros anos de vida, não só durante o período de estudos em universidades ou faculdades, que alguns denomina de “formação inicial”. Além do mais, ser educador é educar-se permanentimente, pois o processo educativo não se fecha é contínuo.

            Portanto, dar continuidade a formação de docentes nas escolas, seu local de trabalho, implica em permanente acompanhamento destes, para complementar, mudar ou melhorar a formação já obtida e também para o aprofundamento de estudos no contexto real e desempenho profissional. A formação de professores, na maioria dos casos, é entendida como a preparação dos futuros profissionais da educação, atualmente, com às críticas à má qualidade da educação e os interesses para melhorar, tem sido entendida como preparação para profissionais da educação e profissionais já atuantes.

            A idéia de formação permanente no pensamento de Freire é resultado de conceito da “condição de inacabamento do ser humano e consciência desse inacabado”. Segundo Freire(2002), o homem é um ser inconcluso, através do movimento permanente do ser mais.         

A educação é permanente não por que certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão, de uma lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de finitude. Mas ainda, pelo falto de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí. (FREIRE, 1997 p. 20).

            Desta forma não basta refletir sobre a prática docente, é preciso refletir criticamente e de modo permanente. Este processo precisa estar apoiado em uma análise emancipatória- política, para que os professores em formação possam visualizar as operações de reflexão no seu contexto sócio- político- econômico- cultural mais amplo.

            Nesta concepção, a formação continuada de professores, deve incentivar a apropriação dos saberes pelos professores, rumo à autonomia, e levar a uma prática crítica-reflexiva, abrangendo a vida cotidiana da escola e os saberes derivados da experiência docente. Assim este conceito deve contemplar de forma interligada.

 Referencias Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17º Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001

 http://www.psicolatina.org/Cuatro/formacao.html/HenriWallon

http://criticanarede.com/hmtl/ed34.html

http://www.ufpi.br/mesteduc/eventos/iiencontro/GT-2/GT-02-10.htm

http://ocantinhodaeducacao.blogspot.com/2008/05/formao-contnua-de-professores.html

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