O Brasil experimenta um momento diferente em sua historia o período da estabilidade econômica e financeira, nesse contexto podemos ver pessoas ora desocupadas ou em subempregos transforma-se em empresários. Nesse cenário e possível observar as diferenças entre os empresários de hoje e os empresários do passado.

Algumas décadas passadas a maioria dos pequenos empreendimentos era em sua grande maioria ligada a profissionais liberais e pequenos comerciantes que viviam um verdadeiro sufoco financeiro, o crédito escasso e burocracia impediam o bom andamento de empresas e do de seu desenvolvimento. O mercado informal estava crescente e constituía-se como um grande problema futuro à previdência social e ao Estado, para combater a situação a criação de oportunidades de formação e apoio a novos negócios foram criados.

A menos de dez anos era possível passar em qualquer local de grande movimento de pessoas para presenciar a quantidade de trabalhadores a procura de empregos formais, ou temporários; situação atual que permanece porem, em menor intensidade. A criação do MEI – Micro Empreendedor Individual - tornou-se uma porta aberta para muitos desempregados que havia desistido do emprego e via obrigado a ingressar no mercado informal.

O crescimento de inscrições de empresários no MEI resolve em parte questões de extrema importância como o aumento da receita do INSS e algum controle sobre a atividade informal, porem esta longe de criar condições reais para que o empreendedorismo entre em franca expansão. Os ingressos no MEI em sua maioria são pessoas sem nenhuma educação empresarial e sem visão de planejamento, organização, finanças e contabilidade.

O apoio prestado a esses pequenos empreendedores ainda e escasso para as necessidades de milhões de inscrições formais informadas pelo SEBRAE, bem como em muitas ocasiões falta apoio dos próprios agentes públicos nas demandas por informações, cursos e capacitação de forma rápida e simplificada. Iniciativas tomadas pelo próprio SEBRAE como citado acima tem tido foco na formação de pequenos empreendedores.

Profissionais que tem a possibilidade de conviver com a realidade do micro e pequeno empreendimento percebe que existe uma distância intransponível nesse momento entre um empreendedor profissional e micro empreendedor individual. Enquanto o primeiro normalmente tem a possibilidade de manter uma solida formação técnica com foco na sua atividade e investir em conhecimentos amplos em gestão, capitais, mercado, idiomas e demais conhecimentos para proporcionar tomadas de decisão amplas precisas, o segundo segue somente a sua visão de trabalho sua intuição e conta com a sorte e com pequenos benefícios concedidos pelos governos.

O mercado empresarial exige emprego de técnicas em gestão, controladoria, recursos humanos, informática, comunicação, além de muita criatividade e inovação em serviços e produtos. Os conhecimentos que hora devem ser adquiridos ao longo de uma carreira são lançados a pessoas obrigadas a manipular tais informações e ferramentas de maneira imediata. Uma vez não dominadas ao menos alguma capacitação, o optante pelo MEI não consegue alavancar seus ganhos e dificilmente consegue sair da situação pela qual entrou nesse mercado.

Grande parte dos optantes pelo Simples Nacional encontra-se nas mesmas condições e com dificuldades ainda maiores, pois os benefícios ofertados ao MEI não os são oferecidos e mesmo com faturamento maior os problemas são de ordem mais profunda. Quando se enfrenta falta de faturamento ou dificuldade de giro os empreendedores em sua grande maioria encontram soluções muitas vezes equivocadas e sem embasamento técnico.

O apoio dos governos deveria ser ainda maior aos pequenos empresários, linhas de crédito para formação técnica e de mercado sem juros reais, poderia ser ofertadas. A criação de instrumentos jurídicos e legislativo para realização de compras públicas de certos produtos e serviços exclusivamente de micro empreendedores e pequenas empresas do Simples Nacional e aumento na participação em licitação desses, a fim de aumentar suas vendas e prestação de serviços.

Mesmo com ações de proteção e incentivo os pequenos empreendimentos continua em perigo fazendo necessária a quebra de paradigmas, colaborarem em comprar produtos nacionais e incentivar a população a não comprar somente em grandes shoppings e centros comercias e sim também de pequenos negócios. Ajudar o micro empreendedor a entrar em igualdade de condições com empreendedores profissionais - que atuam com oportunidades e maximização de lucros - coloca a economia sempre em aquecimento e garante uma realidade mais justa a todos e força ao país para fazer frente a crises externas e perturbações econômicas de ordem externa.

 

Referências Bibliográficas

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BRITO, GILBERTO Ferramentas para Gestão Empresarial, disponível em: http://www.gilbertobritto.com/downloads/Ferramentas_Basicas_para_Gestao_Empresarial.pdf  acesso em 06/08/12

CHIAVENATO, IDALBERTO, 1929, TGA 6ª Ed., Rio de Janeiro, Editora Elsevier, 2001, disponível em http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=2eiK0J-3kNIC&oi=fnd&pg=PA1&ots=N7AGUjDlEg&sig=Dq5PVPVcth9_6MG6asEIaWaIEKg#v=onepage&q&f=true acesso em 15/08/2012