FOI-SE UMA AMIZADE
Aconteceu com um aluno "Mui Brincalhão" na sala de aula, de um curso superior no turno da noite. Ele fazia tudo de bom para essa turma. Contava anedotas, descontraia os alunos nos momentos mais difíceis, quando exaustos estavam por uma assimilação de tal matéria. Até conseguia somar e multiplicar, vários sorrisos largos de alguns professores, mas em outros não.
Esse animador de todos os dias, tinha um astral com uma frequência cheias de euforia, portadora de uma popularidade fora do comum. Quando ele chegava à sala, trazia sempre uma nuvem repleta de pormenores diários hilariantes, magnetizando toda a turma.
Todos gostavam, aliás, nem todos o admiravam. Alguns o achavam um interruptor de aulas. Mas mesmo assim, ele deixava o ambiente prazeroso e assim passava à hora aula, numa rapidez despercebida com um final feliz. Pois, nos últimos minutos do término da aula, ele mandava sua última piada, para ser lembrada e levada para nossas casas, como se fosse um elixir da vida, estimulante e inefável para os alunos batalhadores e trabalhadores no dia a dia.
Até um dia, em plena aula, foi jogado um banho de água fria nele e a casa caiu na sua própria cabeça. Sua graça perdeu-se nesse dia e foi se transformando num conflito.
O contratempo partiu da boca de sua grande amiga e colega de sala. Os dois se retrucavam e a turma não entendia. O professor calou-se, mas fez-se despercebido, com os ouvidos atentos a baixaria.
Ela Indignada com umas das últimas piadas soltada e a aula foi interrompida pelos alaridos das risadas. Botou a boca no trombone e disse: fulano tu trás coisas do ensino infantil para sala de aula, não és tu mais uma criança, falta-lhe responsabilidade e amadurecimento. Talvez tenha a "Síndrome de Peter Pan".
Nessa noite não houve aquela última piada brincalhona e todos saíram da sala de aula cabisbaixos, sem nenhum comentário e despedidas, talvez para não aumentar os ânimos.
Foi o final da aula, todos foram embora, mas com seus pensamentos levados para as casas para serem analisados, dentro da parte final do discurso.
No outro dia, a turma concluiu a verdade. A aluna falou coisas indevidas, sem fundamentos. Precisava ela conhecer bem a pessoa, antes de comentar algo ao seu respeito. Ela não sendo uma profissional da área da psicologia, não devia nem tocar nesse assunto. A sua decepção foi imensa e as expectativas de aproximação do ofendido fugiram e foram se perdendo pelos lugares mais vazios da sala de aula e por fim terminou a amizade, no só com ele, mais, também, com seus outros amigos.
Contudo, se pessoas capacitadas na área da psicologia, atentar por esse distúrbio, tais sabem da existência dessa síndrome e ela pode ocasionar inúmeros problemas para um relacionamento duradouro. Assim foi dito, pelo americano, Doutor Dan Kiley, formado na Universidade de Illinois nos Estados Unidos.



ManoeL Antunes da Silva Fernandes
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