Fluência do Ser.

Certa vez disse me.

Um  filósofo.

Oculta me a consciência.

Precedente.

Talvez a que não tenho.

 De   ser e não ser.

Preexcelso.

A lógica da dialética de Heráclito.

Tudo que existe deixa de existir.

E ao deixar sua existência. Transforma-se em ser.

Imperscrutável.

Que por sua vez deixa de  ser.

Lexicologicamente.

Em direção a eternidade.

De forma ínclita.

Continuamente.

Então aquele que é.

Permanece num contínuo.

Não ser.

Não  estar.

Sendo.

Que transcende a si mesmo.

Porque nega  de modo inconcusso.

O ser que é.

Nesse  deixar de ser.

Quando  modifica a própria essência.

Laudável. 

Em um novo estar.

Que é tão igual.

Como  a velha mudança.

Mas  nega  a sua anteriordade.

Numa lógica de presenças.

Da mesma forma ausências.

Superações dos tempos.

Numa eterna fuga.

De um novo ponto.

Latíbulo.

Do qual tem que deixar.

Exatamente de ser.

Um perto que às vezes.

Fica distante.

Dos desejos inexoráveis.

Um longe daqui.

Que  está tão próximo.

O significado do mundo.

O medo de estar.

A temeridade do tempo.

A semente que surpreende.

Porque está nela.

A nova superação.

Mas a fuga de uma despedida.

Faz do ser.

As diversidades dele mesmo.

No entanto.

O mundo é feito de coisas.

 Tão  pequenas.

Laureadas.

Que  inflamam.

 A  grandiosidade.

 De qualquer uma delas.

Os segredos das nossas ilusões.

Metafísicas.  

Os sinais obscuros da infinitude.

Indelevelmente.

A essencialidade de cada párticula.

De átomo.

Diacrônico.

Solto no universo.

Constituindo a realidade.

Do infinito.

Mas o que apavora.

É  tudo isso.

Sendo.

E deixando de ser.

Nesse deixar.

Que flui a essência.

De todas as coisas.

Que constituirão em ser.

No que deixa de ser.

A retomada do ponto.

Da mesma essência.

O mundo de certa forma.

Não poderá ser.

Mesmo sendo.

Pascácio a própria lógica.

Dele mesmo.

Edjar Dias de Vasconcelos.