A fisioterapia respiratória é um tratamento que consiste em um conjunto de exercícios e técnicas que auxiliam no tratamento de diversas patologias ou alterações clínicas que comprometem o perfeito funcionamento do sistema respiratório, proporcionando uma melhora na qualidade respiratória.

Sendo utilizada em diversos casos, variando dos mais simples aos mais complexos, ela deve ser indicada conforme o problema diagnosticado previamente por meio de exames e avaliação seguidos de planejamento e implementação de um programa adequado de tratamento, respeitando as características clínicas de cada indivíduo ou também pode ser utilizado como prevenção de determinados distúrbios pulmonares agudos ou crônicos em qualquer faixa etária.

Conforme o fisioterapeuta Dr. Gabriel do Espírito Santo (CREFITO: 129427-F), a fisioterapia respiratória auxilia no tratamento de diversas patologias tais como: Asma brônquica, fibrose cística, bronquite crônica, enfisema pulmonar (DPOC), Insuficiência respiratória aguda (IRA), entre outras, trazendo diversos benefícios tais como: a melhora da capacidade respiratória, melhora da ventilação pulmonar, aceleração do processo de recuperação do paciente com doença pulmonar, prevenção de novas infecções e de problemas circulatórios como tromboembolismo pulmonar.

“A fisioterapia respiratória também é importante para indivíduos acamados durante período prolongado, fortalecendo a musculatura responsável pelo ciclo respiratório, pois se a pessoa não apresentar massa muscular suficiente para manter o ciclo respiratório necessitará de aparelhos para desempenhar tal função podendo até depender de ventilação artificial (ventilação mecânica). Eficaz para tratamento de crianças e bebês acometidos de pneumonia, asma, bronquite, através de manobras de higiene brônquica (retirada de secreção) com o tratamento é possível prevenir infecções reincidentes”.

O fisioterapeuta indica que no tempo seco, a fisioterapia respiratória é indicada para todos, pois alguns indivíduos que sofrem de problemas respiratórios tem o hábito de realizar inalações com ou sem medicamentos seguindo indicações médicas. Mas mesmo quem não sofre destas doenças em situações mais graves de dificuldade respiratória, irritação e aumento da secreção, a inalação com soro fisiológico pode ser útil para lubrificar as vias aéreas, seguindo sempre orientação médica.

Em casos de dificuldade em respirar, sensação de falta de ar, chiado no peito, fadiga, e tosse persistente também pode ser uma alternativa. Outra função importante da fisioterapia respiratória é facilitar a eliminação da secreção pulmonar, pois esta não apenas dificulta a entrada de ar nos pulmões, mas também é foco de contaminação por vírus e bactérias.

As técnicas utilizadas em fisioterapia respiratória podem ser subdivididas em dois grupos: primeiro: Manobras de higiene brônquicas (retirada da secreção pulmonar); AFE - Aceleração do fluxo expiratório, realizada manualmente pelo fisioterapeuta; TEF- Técnica de expiração forçada; Tosse por indução- através da utilização de cateter; Drenagem Postural- posicionar o paciente de forma a ter maior eficácia na eliminação da secreção; Segundo: Manobras de ré expansão pulmonar (expandir o pulmão); Inspiração fracionada- realizada através de exercícios respiratórios; Manobra de pressão negativa: realizada manualmente pelo fisioterapeuta.

A utilização de aparelhos é realizada com frequência, tais como o CPAP que é um aparelho que desempenha uma pressão positiva expiratória final com o auxílio de uma máscara facial ou nasal, proporcionando uma melhor ventilação pulmonar, e diminuição de esforço respiratório, ou seja, a pessoa respira com maio facilidade com o auxílio do aparelho. Este aparelho também ajuda no tratamento de falta de ar e apneia do sono, porém só deve ser usado sob orientação médica e supervisão do fisioterapeuta.