Filosofia

A Filosofia permanece como o reduto da resistência à tirania dos homens, à servidão voluntária, à superstição, à ignorância, à hipocrisia e ao conformismo. O Saber filosófico pode encontrar muitas aplicações objetivas sob o prisma de uma cultura prática e funcional, renunciando ao "status" de um intelectualismo puro e abstrato, portanto; passivo!
A Filosofia pode ser um valioso instrumento de progresso cultural para a sociedade, promovendo a conduta ética, elevando a dignidade humana, a busca da justiça e o despertar de uma nova ordem política, econômica e social. Também, para o crescimento pessoal de cada indivíduo, estimulando o desenvolvimento da capacidade de investigação, análise e reflexão. Os filósofos estão enclausurados em seu hermetismo intelectual, alheios aos acontecimentos de sua época, absortos em suas meditações metafísicas, distantes dos fatos do cotidiano... É preciso engajar-se no contexto político-social e nas demandas emergenciais da sociedade em suas particularidades e nos seus inúmeros desdobramentos. Renunciar à contemplação e mobilizar uma conduta pró-ativa, ocupando espaços legítimos de expressão e representatividade, potencializando vocações, analisando cenários de toda ordem, viabilizando novas formas de atuação, enfatizando uma abertura conceitual , buscando amplas perspectivas e novos modelos de ser, existir e fazer.

A produção social da existência e o sucateamento da humanidade, a produção de subjetividade e as tecnologias capitalísticas de culpabilização, serialização e infantilização. Mutações subjetivas e a criação de novos territórios existenciais.

O espaço cibernético enquanto um equipamento coletivo de subjetivação, de inteligência, de sensibilidade e de socialização.

As forças ativas e reativas e a vontade de potência.
A arqueologia do saber, a genealogia do poder. O educador-mediador e o objeto do conhecimento. Os fins, as causas e os meios, e o sujeito moderno. A questão da técnica.

Reinaldo Müller