RESUMO,

A filosofia da práxis como base no pensamento marxista e suas conseqüências. Nota-se que Marx rompe com a teoria de Hegel, "negação pela negação", e adota a teoria da destruição e surge o novo e não abolição do novo pelo antigo. Constata-se também uma passagem do idealismo e materialismo conservador, para um determinismo que leva a ações revolucionarias e a luta de classes. Afirma-se que o realismo lógico deve ser predominante para haver a passagem do socialismo utópico, sistema capitalista, para um comunismo em que o homem apela à ditadura do proletariado. É o pensamento de Marx que leva a libertação do homem da opressão do capitalismo liberal fornecendo toda a estrutura pedagógica da ação.

Palavras-chave: Teoria da Destruição. Determinismo. Realismo Lógico. Comunismo.

1 INTRODUÇÃO

A práxis, entendida como transformação objetiva do processo social, uma filosofia da ação mais do que meramente contemplativa, isto é, transformação das relações entre homem-natureza (práxis produtiva) e homem-homem (práxis revolucionária), como explica Gramsci:

A filosofia da práxis é a construção de vontades coletivas correspondentes às necessidades que emergem das forças produtivas objetivadas ou em processo de objetivação, bem como da contradição entre estas forças e o grau de cultura e de civilização expresso pelas relações sociais. Está implícita nela, que aparece como uma concepção filosófica, uma série de ciências da natureza e do homem. (1995, p. 34)

A teoria não se reduz prática, como pensa o pragmatismo com sua concepção utilitarista, porque a relação entre teoria e prática é uma relação de unidade dialética. "Os filósofos buscaram interpretar o mundo, trata-se de transformá-lo. Conhecimento, o critério da verdade e a finalidade da teoria." (MARX; ENGELS, 2001, P. 52). A teoria complementa a prática e também a faz avançar, tendo como limite sempre a sua realização através da ação humana.