Filosofia Antiga Grega
Publicado em 18 de fevereiro de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
Filosofia antiga grega.
500 anos antes da era cristã.
Em 479 antes da era cristã, aconteceu um grande fato político, que foi a vitória dos povos gregos sobre os persas, de fundamental importância na determinação da vida econômica da velha Grécia.
Consolida-se a democracia em Atenas, a destruição da velha aristocracia, começa existir a concepção de um novo homem com acepção de cidadãos da polis.
Essa etimologia só foi possível graças à ascensão econômica de outros setores da sociedade produtiva, aumentado ao mesmo tempo o número de escravos.
O desejo da difusão do conhecimento por meio da Ciência, particularmente da Filosofia. As especulações referentes ao saber filosófico concentram-se, a partir desse momento, não mais na relação do homem com a natureza.
Finda se de certo modo o conhecimento ligado estritamente a cosmologia grega, o homem não está mais preocupado como surgiu o mundo, a vida, a evolução da mesma, mas, sobretudo com a política, particularmente com a construção do Estado. A questão das cidades Estados.
O que acontecia com a Filosofia pré-socrática, nesse novo instante da história da construção do saber, já não era tão importante. A cosmologia deixou de ser preocupação central para o saber.
O novo desejo do povo grego, o que era de importância fundamental, a relação política entre os seres humanos, ou seja, a vida social, como seria constituído o Estado, como garantia a uma melhor vida, por parte mais significativa da sociedade.
Sócrates 469-399 antes da era cristã é essencialmente entendido como linha divisória do ponto em que determina a história da Filosofia grega.
Exatamente esse o grande motivo da Filosofia anterior ser denominada de pré-socrática, a Filosofia ainda preocupada com natureza cosmológica.
A divisão dessa formulação levou a surgir dois estilos próprios de desenvolvimento de Filosofia, os denominados pré-socráticos a Filosofia cosmológica, os que sucederam foram entendidos como os filósofos pós-socráticos. Os últimos de natureza mais política.
A era posterior, a Filosofia pós-socrática passou-se a ser formulada por uma pedagogia epistemológica mediante diálogos dialéticos e críticos com seus interlocutores, tendo como finalidade levar a pessoa estudiosa aprender pelos erros constatados a partir da sua própria contradição.
Os diálogos epistemológicos são divididos em dois grandes momentos fundamentais, o que se denomina por uma sistemática socrática, etimologia cuja derivação entende se por ironia.
O método de interrogação permanente, que leva ao sujeito conhecedor a percepção do seu próprio equívoco e a revolução epistemológica dos conteúdos. Sócrates o grande formulador dessa teoria do desenvolvimento do saber.
A outra etimologia em questão denomina-se a aplicação da maiêutica cujo significado semântico responsabiliza-se pela concepção de idéias, que são colocadas a priori sem ser a princípio purificadas, o que será feito, após o entendimento das contradições.
Os principais representantes desse período pós-socrático não foram, naturalmente, Sócrates. Seu grande mérito foi ter desenvolvido a sua pedagogia, com essas características explicitadas.
Entretanto, Platão e Aristóteles, sendo que os mesmos não seguiram inteiramente o método socrático, mas ambos estiveram profundamente influenciados pela analise dialética a qual foi responsável pelo fundamento da pedagogia elaborada por Sócrates.
Sendo que a Filosofia viveu dois grandes momentos, do período em referência, o primeiro deles: formulado pela metafísica platônica, a sua idealidade defendia o seguinte preceito, o mundo real é outro mundo, esse no qual vivemos é apenas uma cópia do mundo citado.
O segundo momento: Aristóteles, apesar de ter sido aluno de Platão, não aceitava essa fundamentação, o mundo o qual elaborou, sempre fora essencialmente empírico, a verdadeira realidade sempre teve como objeto, a realidade construída nas relações práticas e não em intuições metafísicas.
Edjar Dias de Vasconcelos.