Filosofia antiga grega. 

500 anos antes da era cristã.

Em 479 antes da era cristã, aconteceu um grande fato político, que foi a vitória dos povos gregos sobre os persas, de fundamental importância na determinação da vida econômica da velha Grécia.

 Consolida-se a democracia em Atenas, a destruição da velha aristocracia, começa existir a concepção de um novo homem com acepção de cidadãos da polis.

 Essa etimologia só foi possível graças à ascensão econômica de outros setores da sociedade produtiva, aumentado ao mesmo tempo o número de escravos.  

 O desejo da difusão do conhecimento por meio da Ciência, particularmente da Filosofia. As especulações referentes ao saber filosófico concentram-se, a partir desse momento, não mais na relação do homem com a natureza.

Finda se de certo modo o conhecimento ligado estritamente a cosmologia grega, o homem não está mais preocupado como surgiu o mundo, a vida, a evolução da mesma, mas, sobretudo com a política,  particularmente com a construção do Estado. A questão das cidades Estados.

 O que acontecia com a Filosofia pré-socrática, nesse novo instante da história da construção do saber, já não era tão importante. A cosmologia deixou de ser preocupação central para o saber.

 O novo desejo do povo grego, o que era de importância fundamental, a relação política entre os seres humanos, ou seja, a vida social, como seria constituído o Estado, como garantia a uma melhor vida, por parte mais significativa da sociedade.

Sócrates 469-399 antes da era cristã é essencialmente entendido como linha divisória do ponto em que determina a história da Filosofia grega.

Exatamente esse o grande motivo da Filosofia anterior ser denominada de pré-socrática, a Filosofia ainda preocupada com natureza cosmológica.

 A divisão dessa formulação levou a surgir dois estilos próprios de desenvolvimento de Filosofia, os denominados pré-socráticos a Filosofia cosmológica, os que sucederam foram entendidos como os filósofos pós-socráticos. Os últimos de natureza mais política.

A era posterior, a Filosofia pós-socrática passou-se a ser formulada por uma pedagogia epistemológica mediante diálogos dialéticos e críticos com seus interlocutores, tendo como finalidade levar a pessoa estudiosa aprender pelos erros constatados a partir da sua própria contradição.

 Os diálogos  epistemológicos são  divididos em dois grandes momentos fundamentais,  o que se denomina por uma sistemática socrática, etimologia cuja derivação entende se por  ironia.

O método de interrogação permanente, que leva ao sujeito conhecedor a percepção do seu próprio equívoco e a revolução epistemológica dos conteúdos. Sócrates o grande formulador dessa teoria do desenvolvimento do saber.  

  A outra etimologia em questão denomina-se a aplicação da maiêutica cujo significado semântico responsabiliza-se pela concepção de idéias, que são colocadas a priori sem ser a princípio purificadas, o que será feito, após o entendimento das contradições.

 Os principais representantes desse período pós-socrático não foram, naturalmente, Sócrates. Seu grande mérito foi ter desenvolvido a sua pedagogia, com essas características explicitadas.  

  Entretanto, Platão e Aristóteles, sendo que os mesmos não seguiram inteiramente o método socrático, mas ambos estiveram profundamente influenciados pela analise dialética a qual foi responsável pelo fundamento da pedagogia elaborada por Sócrates.

Sendo que a Filosofia viveu dois grandes momentos, do período em referência, o primeiro deles: formulado pela metafísica platônica, a sua idealidade defendia o seguinte preceito, o mundo real é outro mundo, esse no qual vivemos é apenas uma cópia do  mundo citado.

O segundo momento: Aristóteles, apesar de ter sido aluno de Platão, não aceitava essa fundamentação, o mundo o qual elaborou, sempre fora essencialmente empírico, a verdadeira realidade sempre teve como objeto, a realidade construída nas relações práticas e não em intuições metafísicas.

Edjar Dias de Vasconcelos.