Bastarda democracia, e nefasta pobreza, que alimentam o coração sanguinário de impiedosos políticos, insaciáveis bolsos e fome. Pobre Brasil, rico por natureza e pobre de espírito, com seus rios de águas calmas e temerosas cachoeiras.

Brasil dos esgotos a céu aberto, das favelas e da incansável violência. País da fedentina em planície do central e amargo distrito do poder e seus adoráveis abutres, cuja carniça será nós, pobres mortais em terras de gigantes.

Justiça tardia, atrasada aos pobres e ricos invisíveis, parece que anda de metrô. Mundo do admirado gado novo, vivendo de pão e circo, idolatras do errado.

Ai do povo se não fosse as novelas, ópio da dor, maquiadora da fedentina da soberba sobrevivência.