Introdução: A restrição física de um paciente ao leito é uma prática de enfermagem exigindo técnicas especializadas que quando não executadas corretamente podem acarretar danos ao paciente. Acredita-se que a restrição física incorreta seja a causa de alguns sinais que “aparecem” no paciente, como por exemplo: lesões de pele, isquemia de membros superiores, perda de acessos venosos periféricos, luxação e etc. . Um registro de enfermagem fidedigno viabiliza a identificação e a correlação destes traumas à restrição física ao leito.

Materiais e métodos: Foi realizado um estudo baseado em revisão de cem prontuários de pacientes internados em leitos de terapia intensiva, no período entre janeiro e maio de 2009. Observou-se nesses prontuários a presença ou ausência de relato de contenção ao leito e a fidedignidade desses registros de enfermagem. Foi realizada a comparação entre a evolução do enfermeiro e o registro do técnico de enfermagem.

Resultados: Para a amostra utilizada observou-se que o registro de enfermagem não foi fidedigno a fim de incluir ou excluir a restrição física ao leito como causa de traumas físicos aos pacientes. Notou-se também que enfermeiros relatam menos sobre restrição física do que os técnicos de enfermagem. 72,5% de técnicos mencionaram contenção em seus relatos e 42,5% de enfermeiros mencionaram contenção em relação aos mesmos pacientes.

Conclusão: É necessário incluir ao registro de enfermagem informações descriminadas sobre a contenção do paciente ao leito, a fim de servir como subsídios para que a equipe de saúde possa relacionar os traumas supracitados à restrição física.