UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA- UESB

 Por: José Carlos de Oliveira Ribeiro,  2008

  FICHAMENTO DA SEGUNDA METADE DO LIVRO DE LECIONE REGIÃO E GEOGRAFIA

 LECIONE,  Sandra. A Influência do Nascimento e o Positivismo Lógico no estudo" regional. In: Região e Geografia. Editora da Universidade de São Paulo, SP, 1999

 

1.0-    Introdução, no século XIX surgiu na Europa algumas exposições com obras de
arte feitas de ferro exatamente para expor os avanços técnico-científico, porem os
países menos desenvolvidos começaram a revoltar-se contra o poderiu das nações
desenvolvidas, como Rússia, a guerra dos bôeros na África do Sul em 1919 e a do
Marrocos contra os franceses em 1926. (p. 119-120)

1.1-    Na metade do século XIX encerrou-se o ciclo de conhecimento pioneiro da
superfície terrestre, quando em 1911 Amundsen chega ao derradeiro ponto do Planeta
que foi o pólo sul, ocorre também a ligação do Oceano Atlântico com o Pacífico, realiza
a primeira viagem aérea. Começa neste mesmo período a corrente de pensamento de
retorno a Kant foi denominada de neokantismo uma forma de filosofia dominante na
Alemanha, (p.121)

1.2   - A Geografia passa a ser voltada para os estudos gerais ou uma ciência dirigida a
estudos particulares, Windelbrand definiu como a ciência da natureza, ele também
procurou os estudos sistemáticos de Ratzel, Humboldt, Ritter, Marthnere
Richtofer. (p.121-122)

1.3  - Rettner considerava a Geografia a ciência que estuda a diferenciação da
superfície terrestre e o estudo da relação entre o homem e o meio, para ele é muito
mais complexo o estudo Geográfico e que o estudo mesmo da geografia baseado na
análise regional numa escala que não deve ser nem muito grande e nem muito
pequena, (p.123-125) –

1.4                                                  - Para Hartshorne, a geografia é ao mesmo tempo, uma ciência da natureza e da  sociedade e que não há um grupo de fenômenos particulares a geografia, dessa forma
a geografia procura explicar todos os fenômenos que ocorrem em uma determinada. Região em dimensões não muito grande nem muito pequena, quando se refere a áreas para Hartshorne está dizendo de região em outra linguagem. (p. 125-127)

1.5 - Hartshorne classificou as regiões em três grupos: o primeiro dizendo respeito às regiões que apresentam características simples, relacionando fatores como declividade do terreno e com fenômenos delimitados a região; o segundo grupo, relativo às regiões que apresentam uma multiplicidade de características; o terceiro grupo refere às regiões totais, diz respeito às regiões definidas segundo a associação de características inter-relacionadas, naturais e sociais, escolhidas dentro de uma totalidade ainda mais complexa, (p.128-131)

1.6- Para Schaefer, somente a geografia científica é uma ciência, pois não há ciência do único e particular, como descreveu Hartshorne, a partir da utilização da matemática em geografia tornando a geografia quantitativa obteve maior dimensão científica, facilitando de maneira significativa os estudos de análises das regiões, vários geógrafos da corrente positivista deram atenção a inter-ração da Matemática com a geografia para explicar com mais objetividade a organização do espaço e as relações humanas que nele acontece dentre outros fatores como classificação e quantificação. (132-141)

1.7 - A partir do século XX os estudos da indústria e da urbanização foram bastante acentuados, porém o termo região passou a ser utilizado para dividir região econômica e metropolitana dando ao entendimento de estudos de formação de redes urbanas, destacando assim os trabalhos de Michel Rochefort, dentre outros. (p. 142-145)

2.0    - Na década de 60, com a chegada do homem á Lua abre um leque de perspectiva
para os estudos fenomenológicos termo criado por Lambert em 1764, assim os
geógrafos  passaram de   certa   forma   a   conceber   com   mais   complexidade   a
espacialidade e, sobretudo a geografia.(p. 146-149)

2.1    - A fenomenologia tem dado uma contribuição muito importante à Geografia
humanística, pois trata de estudos do comportamento e, sobretudo a percepção, dessa.

forma,  entender o homem e sua relação com o ambiente e, sobretudo, fazer uma análise perceptível do indivíduo, através do conhecimento com o mundo subjetivo de cada ser humano.(p. 150-151)

2.2    - A geografia nova numa perspectiva fenomenológica para compreender o indivíduo
no espaço vivido colocou no centro da análise o lugar, porque é no lugar mais do no
espaço que se relaciona a existência do rela e a experiência vivida. A partir dessa
perspectiva, os estudos regionais passaram a conceber o homem com os seus valores
culturais. (152-155)

2.3    - A geografia fenomenológica teve algum confronto com a geografia nova baseada
nas perspectivas dialéticas do marxismo contribuiu bastante a ciência Geográfica ,
abrindo uma maneira de refletir a sociedade politicamente, inspirando em muitos
geógrafos marxistas a se interessar pelos problemas sociais e análise do mundo
capitalista a criticar a desigualdade desse sistema que estava imperando.(p. 156-165)

2.4    - Para Locoste, quando se mede uma região está referindo em uma escala, de
acordo com o pensamento geográfico o entendimento de regionalização é possível
dividir o mundo desenvolvido e o mundo subdesenvolvido. (p. 166-173)

 

3.0     - Com a globalização da economia o mundo passa por uma transformação sem
precedentes, a questão de região, espaço e tempo é perceptível em escalas diferentes
em questões de segundos através dos meios de comunicações mais modernos como
televisão e Internet. A partir desses avanços o território já começa a perder limites e a
desterritorialização também ocorre devido a dinâmica do capitalismo na econimia-
mundo, conforme as colocações do autor. (p. 147-190)

3.1     - Somos da opinião de que a escala global regional, como escala intermediária de
análise como medição entre o singular e o universal, pose permitir a revelar a
espacialidade particular dos processos sociais e globais [...] (p. 194)