FICHA DE LEITURA TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA- PROF. ALAN MYATT ALUNO: Claudio José B. de Aguiar DATA: 01/06 LIVRO: BOCK, Darrell L. Os evangelhos perdidos: a verdade por trás dos textos que não entram na Bíblia. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007 % da leitura completada: 100 % IDEIAS CHAVES. O descobrimento de escritos antigos em 1945 levou estudiosos à pesquisarem a origem do cristianismo, e os argumentos defendidos por ele. Estes escritos trazem uma nova visão do cristianismo que não havia sido apresentada. Muitos estudiosos começam a estudar esses escritos, também chamados de evangelhos perdidos. Onde Jesus é apresentado como humano ou divino. Ele não morreu pelos pecados das pessoas, nem ressuscitou. Deus não é o criador do mundo. Entre outros argumentos que levaram ao questionamento se o cristianismo não precisava ser revisto. Observar esses escritos é importante por serem datados no período apostólico (sec. I) ou pouco depois (sec. II). Eles também mostram que o objetivo do Novo Testamento era combater as várias formas de cristianismo que estavam aparecendo. Essas formas divergentes são apresentadas nos evangelhos perdidos. O gnosticismo é o tema mais apresentado, e pode ser percebido a partir desses escritos que possivelmente já era combatido no inicio do cristianismo. Alguns estudiosos sugerem que o gnosticismo seja mais antigo que o cristianismo. Walter Bauer provoca a discussão com sua tese que os pais da igreja não apresentaram o cristianismo que esta existindo. Cheio de controvérsias e guiado pelo gnosticismo. Ele é um dos primeiros a sugerir uma releitura do cristianismo. Observando as novas perspectivas teológicas e históricas. Os escritos achados no Egito em 1945 comprovam que ele estava certo em seu ponto de vista. . Nos evangelhos perdidos pouca coisa se fala de que é Deus, mas trata a criação como inerentemente má, dotada de malignidade desde a sua formação. É uma criação imperfeita e será destruída. Ao contrário, o cristianismo tradicional afirma, a criação é perfeita, foi criada por Deus e confirmada por ele como sendo boa. A maldade não esta não criação, o Deus trino e único é o criador de todas as coisas. Para os evangelhos encontrados, Cristo teve um sofrimento real, ele não é totalmente humano. Ele é um ser celestial, normalmente tomando conta do cenário, superando tudo e prevalecendo sobre todas as coisas. Jesus humano e celestial é algumas vezes apresentados como pessoas distintas. Em alguns relatos tentam manter juntos, mas não de maneira clara. O Novo Testamento apresenta um Jesus totalmente diferente, humano e celestial ao mesmo tempo, é Senhor e filho de Deus. Não podendo ser separado em hipótese alguma. Esse Jesus teve um sofrimento real pelos pecados de todas as pessoas. Os evangelhos perdidos não servem para analisar de maneira diferente o que é proclamado pelo cristianismo tradicional. Pois se o cristianismo tem se mantido até hoje é porque tem sua fundamentação teológica, histórica e tradicional bem estruturada. Os escritos novos encontrados servem para luminar as divergências que existiam nos primórdios do cristianismo. Os apóstolos, os pais da igreja, e os cristãos no decorrer da história lutaram para manter o cristianismo. Se as divergências apresentadas nestes evangelhos perdidos servissem para uma nova visão do cristianismo, eles teriam conseguido realizar essa façanha no tempo em que foram escritos. Hoje, eles servem para dar mais fundamento e credibilidade para o cristianismo tradicional, mostrando que mesmo em todas as divergências, ele conseguiu se manter.