FESTA DO DIVINO DE PARATY, TEXTUALIDADE DE UM DISCURSO LINGUÍSTICO
Luís Ângelo de Castro

RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar os sete princípios de textualidade e analisar a presença e aplicabilidade destes princípios em um determinado corpus. O corpus utilizado para análise é o texto, sincretismo verbo-visual, FESTA DO DIVINO de Lelia Coelho Frota e fotos de Lia Capovilla, publicado no site www.paraty.com em maio de 2001. A fundamentação teórica utilizada são os estudos de Beaugrande e Dresseler (1983) tendo como princípio a Linguística Textual.
Palavras-chave: Linguística textual. Sete princípios de textualidade. Festa do Divino de Paraty.

INTRODUÇÃO
A evolução da linguagem está relacionada à evolução do homem. A necessidade de expressar-se através da comunicação fez com que o homem criasse técnicas específicas. Ao longo do tempo, estas técnicas de comunicação foram se aprimorando e se aperfeiçoando. Segundo Saussure:
"A matéria da Linguística é constituída inicialmente por todas as manifestações da linguagem humana, quer se trate de povos selvagens ou de nações civilizadas, de épocas arcaicas, clássicas ou de decadência, considerando-se em cada período não só a linguagem correta e a "bela linguagem", mas todas as formas de expressão. Isso não é tudo: como a linguagem escapa as mais das vezes à observação, o linguista deverá ter em conta os textos escritos, pois somente eles lhe farão conhecer os idiomas passados ou distantes." (SAUSSURE, 2006, p. 13)

O pensamento de Saussure (2006) nos remete à uma visão de individualidade humana constituída ao longo do tempo, considerando os variados tipos de linguagem. A visão de individualidade do homem no mundo está relacionada à evolução da linguagem, bem como seu processo de construção. Isso faz com que cada homem se torne de fato um indivíduo. As características individuais estão diretamente relacionadas ao processo histórico de construção linguística.
Os processos linguísticos podem ser analisados partindo de parâmetros distintos. Para a Análise do Discurso, a linguagem é considerada como toda e qualquer atividade comunicativa entre interlocutores, está além do nível frástico e supõe conhecimentos que estão além das regras linguísticas. Os estudos de Linguística Textual consideram o texto em sua materialidade. Segundo Bentes:
"É possível perceber, nessa definição, uma ênfase no aspecto material e/ou formal do texto: sua extensão, seus constituintes. Nesse sentido, o texto é encarado como uma unidade que, apesar de teoricamente pode ser de tamanho indeterminado, é, em gera, delimitada, com um início e um final mais ou menos explicito. Ainda fazendo parte da fase em que o texto é visto como um produto acabado, como uma unidade formal a ser necessariamente circunscrita, há definições que priorizam o fato de o texto apresentar um determinado conjunto de conteúdos. Como exemplo, podemos citar aquela em que o texto é considerado como "um complexo de preposições semânticas" Weinrich (1971) ressalta que os textos podem ser definidos a partir de aspectos diversos: "a) sequência coerente e consistente de signos linguísticos; b) a delimitação por interrupções significativas na comunicação; c) o status do texto como maior unidade linguística." (BENTES, 2001, p. 253).

A Linguagem Textual torna-se então um subsídio transfrástico, uma ferramenta auxiliar à Análise do Discurso de Linha Francesa. Ela define as grandes categorias e marcas que permitem estabelecer conexões que abrem ou fecham segmentos textuais mais ou menos longos, além de elaborar conceitos específicos definindo classes de unidades intermediárias entre língua e texto.
As análises propostas neste artigo serão embasadas nas teorias de Beaugrande e Dressler (1983), Maingueneau (2004), Koch (2004).
O corpus analisado, publicado no site paraty.com; apresenta, de forma resumida, a Festa do Divino de Paraty, demonstrando o processo histórico da festa e as características específicas da festa realizada na cidade de Paraty.


TEXTUALIDADE VERBO VISUAL PRESENTE NA FESTA DO DIVINO DE PARATY
Beaugrande e Dressler (1983) apontam sete princípios responsáveis pela textualidade de um discurso, pela concepção do texto em sua plenitude, garantindo assim, o real sentido do discursivo. Beaugrande (1997) esclarece que os princípios de textualidade não são características inerentes e estáticas pertencentes ao texto como produto, mas constituídos nos processos de interação entre os usuários do texto. Embora não se efetivem isoladamente, nem apresentem uma hierarquia de importância, ao contrário, cada um deles mantém um elo visceral com os outros. Para melhor compreensão da realização da análise do corpus FESTA DO DIVINO, os sete princípios de textualidade serão primeiramente classificados a seguir:
A coesão pode ser definida como responsável pela unidade formal do texto. São observados como itens de coesão textual os mecanismos gramaticais e lexicais.
Outro princípio de textualidade, a coerência, compreende a unidade semântica, pelo sentido do texto, envolvendo só aspectos lógicos e semânticos, mas também os cognitivos.
A intencionalidade está diretamente relacionada à construção que se pretende por parte do produtor do texto, o que se tem em mente para determinada situação comunicativa. Está relacionado ao valor ilocutório do texto.
A aceitabilidade refere-se diretamente ao receptor da mensagem. São as expectativas para uma leitura que apresente alguma relevância.
A situacionalidade, diz respeito à pertinência do texto em determinado contexto. Ela faz a adequação necessária para que ocorra uma situação sociocomunicativa.
A informatividade está relacionada ao grau de informações que se apresenta no texto. Para ser merecedor de atenção um texto não pode ser totalmente previsível, no entanto, necessita de informações novas e dados suficientes para as novas informações que serão apresentadas.
A intertextualidade diz respeito aos fatores que fazem um texto se utilizar de outros textos. A construção de um texto é sempre dependente do já dito. Estes fatores serão utilizados ao longo da análise que se apresenta.

"Paraty está entre as cidades brasileiras que souberam manter, enriquecer e trazer até nós, com renovada beleza, a secular festa do Divino Espírito Santo, presente na região fluminense desde o século XVII."

Observamos que o princípio da informatividade não foi contemplado em sua totalidade. O trecho do texto acima em destaque apresenta deficiência em relação à quantidade de informações. São apresentados dados insuficientes à maneira de situar geograficamente a cidade de Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. A falta de dados geográficos no trecho analisado, não proporciona ao leitor uma informação substancial, que não o faria confundir com nenhuma outra festa do Divino Espírito Santo, uma vez que ela ocorre em várias regiões do Brasil.
"...Luís da Câmara Cascudo lembra que o Ministro José Bonifácio de Andrada e Silva preferiu para Pedro I, em 1822, ao título de Rei o de "Imperador"...

No recorte acima, a presença da intertextualidade se apresenta quando há o resgate de fatos históricos para contextualizar um fato. Para Beaugrande (1997, p. 21) Nós podemos aplicar o princípio da intertextualidade ao conectarmos a situação atual de produção e recepção do texto à nossa experiência prévia com outros textos, especialmente aqueles do mesmo tipo de texto e domínios de discurso.
"Trata-se aqui de uma festa móvel, celebrada no Domingo de Pentecostes, dez dias depois da Quinta-feira da Ascensão do Senhor e quarenta dias após o Domingo da Ressurreição, quando é levantado o Mastro do Divino, perto da Igreja."

O trecho acima, em destaque, apresenta um grau de informatividade necessária à compreensão do texto. São informações exatas que comprovam um fato, criando assim a credibilidade no leitor. Beaugrande (1997, p.20) argumenta que a informação não é apenas o conteúdo da mensagem por si mesma, mas o bom ajustamento entre o conteúdo da mensagem versus aquilo que nós já sabemos.
"É compreensível que o festeiro necessite de um ano, e, hoje, de maior apoio financeiro, para desempenhar-se bem da sua função, pois só em 1981, por exemplo; foram distribuídas gratuitamente aos presentes, em obediência à tradição, três mil e quinhentas refeições."


A intencionalidade apresenta-se no trecho acima destacado, no momento em que indiretamente há um apelo de auxílio financeiro ao festeiro do Divino, uma vez que a autora exemplifica com data de trinta anos atrás os gastos necessários a boa execução de uma festa, levando o leitor a realização de cálculos partindo de uma perspectiva que se em 1981 gastou-se "X" em 2011, neste caso, os gastos serão bem maiores. Na construção do processo dialógico a autora busca o convencimento do leitor através de exemplos e dados, argumentos que serão, segundo a autora, bem aceitos pelo leitor. De acordo com Shimidt (apud KOCK, 2004)
"É somente na medida em que o locutor realiza intencionalmente uma função ilocutória (sociocomunicativa) identificável por parte dos parceiros envolvidos na comunicação que o conjunto de enunciados linguísticos vem a constituir um processo textual coerente, de funcionamento sociocomunicativo eficaz e normalizado conforme as regras constituídas (uma manifestação da textualidade)." (SHIMIDT, apud KOCK, 2004, P. 13).


"Como em todas as comemorações de grande repercussão social da Igreja, é difícil, muitas vezes, traçar os limites entre o sagrado e o profano nesta Festa."


No trecho acima, a autora se utiliza do princípio da aceitabilidade, uma vez que justifica sem apresentar seu posicionamento a presença do sagrado e do profano da Festa do Divino de Paraty. De acordo com Fiorin (1998, p.130), é necessário não perder de vista que uma argumentação bem feira dá consistência ao texto, produz uma sensação de realidade e um impressão de verdade. Leva o leitor a crer que o texto fala de coisas reais e verdadeiras, leva-o a aceitá-lo.

"...uma complementaridade que, em última instância, enfeixarão imbricadamente o encontro do humano com o divino. "
"E ainda as procissões que unem os diversos momentos e espaços dá festa, as missas e as ladainhas, onde se destaca a figura mediadora do sacerdote."

A situacionalidade é abordada no trecho acima no instante onde é abordado imbricamento homem/Divino. Neste momento a religiosidade, assunto principal do texto, é abordada de forma sutil. Todos os fatos até então apresentados estão em função da busca da divindade, do contato do homem com Deus, através da imagem do Divino Espírito Santo. A figura do sacerdote confirma o pensamento apresentado pela autora, a partir do momento em que, segundo a igreja católica, o sacerdote é o representante de Deus na Terra, ele é o responsável pelo contato entre o homem e Deus.

"De aparente vinculação ao profano..."

No trecho acima, observamos a impessoalidade da autora. Sem imprimir seu posicionamento não fica claro e coerente o pensamento da autora. De forma impessoal ela atende, leitores favoráveis e contrários ao tema profano/religioso. A intencionalidade é atendida de acordo com o objetivo da autora, não há necessidade de um posicionamento.

"...aquela distribuição natural de dons preconizada pelo espírito da festa do Divino."

Observamos na finalização do texto que a autora retoma o assunto principal do texto, a religiosidade, a distribuição dos dons do Divino Espírito Santo.
A apresentação das imagens selecionadas nos fazem perceber o desenrolar do texto. A procissão do Divino Espírito Santo é apresentada em três momentos distintos.
No primeiro momento, a presença das bandeiras possui com fundo cenográfico a Igreja de Santa Rita, um dos principais cartões postais da cidade de Paraty. A imagem é afirmação de que a procissão acontece em Paraty, não há possibilidade de ser em outro lugar.
No decorrer do texto é mencionada a importância da figura do Imperador bem como das peças como a coroa, o cetro e a salva, retratado no segundo momento da procissão.
Em um terceiro momento o destaque está na representação do Divino, através da pomba do Divino sendo carregada em andor.
Observa-se com clareza a importância dada durante a procissão a esta representação do Divino, uma vez que há uma certa distância entre o Divino e o restante da procissão que o acompanha.
A imagem retratada do almoço, não apresenta pessoas se alimentando, mas, a preparação dos pratos que serão servidos. O destaque está para a grande quantidade de alimentos.
No interior da Igreja Matriz, onde são realizados os festejos do Divino, ladainhas e missa solene, podemos observar a predominância das cores vermelho e branco, não só na decoração da igreja, grandes faixas e bandeiras, mas nas roupas dos fiéis presentes na igreja, a maioria de roupas brancas, simbolizando os pedidos de paz, que grande parte dos fiéis suplica ao Divino Espírito Santo.
As imagens apresentadas ilustram e resumem o texto de forma bastante autoexplicativa, favorecendo os princípios de textualidade, uma vez que as imagens revelam não só uma ilustração do texto, mas um facilitador, garantindo a constituição dos sentidos que foram propostos pela autora. Ao considerarmos Beaugrande (1997, p.18) nosso mote pragmático deveria ser: um texto não existe, como texto, a não ser que alguém o esteja processando.



CONCLUSÃO
Buscamos analisar em partes do corpus FESTA DO DIVINO a presença dos princípios de textualidade baseado nos estudos teóricos de Beaugrande e Dressler como base da análise.
As partes analisadas exemplificam com clareza a presença ou não dos princípios de textualidade. Em algumas situações comprovadas por sua eficiência e aplicabilidade enquanto que em outras, quando os princípios não foram empregados adequadamente, a compreensão do texto não se fez clara.
As questões abordadas sobre os princípios de textualidade não se esgotam nesta análise, uma vez que, tais estudos serão ainda mais aprofundados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEAUGRANDE, Robert. New foundations for a science of text and discourse: cognition, communication and freedom of Access to knowledge and society. Norwood, New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1997. Trad. Maria Inez Matoso Silveira.

BENTES, A. C. Linguística textual. In: MUSSALIN, F. e BENTES, A. C. Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001.

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2001.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. São Paulo, Cultrix, 2006.

http://www.paraty.com/index.php?option=com_content&task=view&id=124&Itemid=132 ? Acessado em 24 de fevereiro de 2011

http://www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/04/57.pdf - Acessado em 10 de fevereiro de 2011.

http://www.slideshare.net/cleiantjohnny/4o-dia-tp5-os-princpios-da-textualidade - Acessado em 8 de abril de 2011.

ANEXO

FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
Paraty está entre as cidades brasileiras que souberam manter, enriquecer e trazer até nós, com renovada beleza, a secular festa do Divino Espírito Santo, presente na região fluminense desde o século XVII. Foi de tal ordem o prestígio dessa festa, em outro tempo comum a todo o Brasil, que Luís da Câmara Cascudo lembra que o Ministro José Bonifácio de Andrada e Silva preferiu para Pedro I, em 1822, ao título de Rei o de "Imperador", pela extrema afetividade atribuída pela população a esta palavra. Em Largo importante como o da Glória, no centro da própria cidade do Rio de Janeiro, uma aquarela de Thomas Ender nos mostra, em 1817, bem em frente à Igreja, a casa do lmpério do Divino, construída em alvenaria, onde se coroava o Imperador. No meio da praça, na mesma aquarela, vê-se o mastro branco e vermelho, encimado pela tradicional bandeira do Divino, aí simbolizado pela figura da pomba. Trata-se aqui de uma festa móvel, celebrada no Domingo de Pentecostes, dez dias depois da Quinta-feira da Ascensão do Senhor e quarenta dias após o Domingo da Ressurreição, quando é levantado o Mastro do Divino, perto da Igreja. Na Paraty de hoje, crianças levam, nessa ocasião, o "quadro" (cordão segurado por quatro delas, formando um quadrado), dentro do qual é conduzida pelas ruas da cidade a pomba simbólica, para ser colocada em cima do mastro.
Bem antes desse momento, contudo, a folia do Divino já terá percorrido quase todo o município, cantando de casa em casa ao som de caixa, viola e pandeiro, e pedindo contribuições para a festa. Os foliões, conduzidos pelo "patrão", levam consigo á Bandeira do Divino, e deslocam-se pelo município de canoa, quando é preciso ir às ilhas, ou então de carro ou ônibus, mas só até o momento de começarem as visitas de casa em casa, sempre a pé. Assim são percorridos Barra Grande, Graúna, Ilha do Araújo, Campinho, Corisco, Ponte Branca, Tarituba e todos os demais núcleos que concorrem para a festa, possibilitando que, ao menos desta forma, participem dela os que não puderem vir à cidade na véspera e no domingo de Pentecostes.
Hoje, a arrecadação feita no interior é reforçada - sob a coordenação da destacada figura do festeiro - pelo resultado da realização, na cidade, de bingos, cirandas, exposições na Matriz, bazares com artesanatos das donas de casa paratienses, festivais de pipoca, campeonatos de buraco, jogos de futebol, leilões de gado e de. prendas, rifas, bailes da saudade, doações de estabelecimentos comerciais e bancários, assim como de particulares.
É compreensível que o festeiro necessite de um ano, e, hoje, de maior apoio financeiro, para desempenhar-se bem da sua função, pois só em 1981, por exemplo; foram distribuídas gratuitamente aos presentes, em obediência à tradição, três mil e quinhentas refeições. A distribuição de comida e bebida no sábado, véspera de Pentecostes, é elemento incorporado à medula secular da festa do Divino, e quer representar a fartura que reinará no Tempo do Paráclito, que deve começar aqui e agora. Como em todas as comemorações de grande repercussão social da Igreja, é difícil, muitas vezes, traçar os limites entre o sagrado e o profano nesta Festa. Inscritas no âmbito maior do importante evento, estabelece-se entre estas categorias uma circulação, uma complementaridade que, em última instância, enfeixarão imbricadamente o encontro do humano com o divino.
Procurando caracterizar estes aspectos apenas para melhor proceder à síntese do seu acontecer na Festa, encontraremos, com vinculação evidente ao sagrado, a folia e seu percorrido rural, o levantamento do mastro, as novenas preparatórias à conseqüente instalação do altar na casa do festeiro, com a imagem dó Divino, coroa, cetro e salva. E ainda as procissões que unem os diversos momentos e espaços dá festa, as missas e as ladainhas, onde se destaca a figura mediadora do sacerdote.
De aparente vinculação ao profano estão as próprias figuras infantis do Imperador, seus Vassalos e Guardas, em desfile de procissão e coroação; o farto almoço distribuído no sábado, véspera de Pentecostes; a soltura de um preso comum, pelo Imperador, da Cadeia Pública; a escolha do festeiro para o próximo ano; as congadas, as danças do Velho, do Cateretê, das Fitas, das Cirandas; e, finalmente, as provocadoras e carnavalizadas saídas do Boi, da Miota, do Peneirinho e do Cavalinho, à noite, no sábado e no domingo de Pentecostes. Em Paraty se concretiza, através da complexidade e espontaneidade da participação da comunidade no trabalho e na alegria desse tempo, aquela distribuição natural de dons preconizada pelo espírito da festa do Divino.
Texto de Lelia Coelho Frota/ Fotos: Lia Capovilla http://www.paraty.com/index.php?option=com_content&task=view&id=124&Itemid=132 ? Acessado 24-02-2011