Feira de ciências – papel do professor na construção do conhecimento

Planejar, habilitar e executar uma Feira de Ciências requer do  professor habilidades e dedicação, tendo em vista que se trata de uma construção do conhecimento, visando o despertar dos alunos para a investigação científica, bem como as formas de lidar com o colega e enfrentar os problemas de convivência em grupos.

A discussão sobre as modificações no processo de ensino tem se destacado pelos diversos segmentos educacionais, valendo ressaltar a LDB 9394/96 e os PCNs que já apontavam a interdisciplinaridade.

Realizar uma Feira de Ciências desenvolve com os professores, habilidades ao planejamento e envolvimento da comunidade escolar, ressaltando assim, a importância da contextualização dos conteúdos na formação de cidadãos, além de melhorar a integração professor/aluno/comunidade.

A experiência de realização de Feira de ciências desde 2008, na rede municipal(Escola Municipal Professora Maria da Glória Santos) e estadual ( Colégio Estadual Alcebíades Paes e colégio Estadual Professor Fernando Azevedo) na cidade de Nossa Senhora das Dores- SE, tem alcançado objetivos satisfatórios quanto ao aprendizado dos alunos e também a integração da comunidade com a escola.

A média anual dos alunos obtidas depois da implantação da Feira de Ciências, demonstrou a eficácia do trabalho. Além do mais, o conhecimento adquirido pelos alunos foi observado quando estes ingressaram no Ensino Médio, mostrando a base de conhecimento cientifico, atribuído a práticas realizadas durante as Feiras.

Assim sendo, diante dos objetivos alcançados, foi estabelecido que a interdisciplinaridade seja o carro chefe da atividade e em comunhão de ideias com o corpo docente das respectivas escolas, ficou estabelecido que passaria a usar o Termo “Feira das Ciências” estabelecendo assim uma relação entre as disciplinas que abrangem o currículo. Dessa forma, cada disciplina, organiza seus grupos de alunos e apresentam na Feira das Ciências os melhores trabalhos realizados no decorrer do ano letivo em sala de aula. Cada professor responsável pela sua ciência orienta os grupos e avalia de acordo com critérios pré-estabelecidos, tais como: participação, trabalho em grupo, interação, conhecimento, clareza,apresentação, organização.

Segundo Nogueira (2003), os projetos são fontes de investigação e criação, que passam por pesquisas, aprofundamento, análise e criação de novas hipóteses, colocando as diferentes potencialidades e limitações dos componentes do grupo. Na busca para obter mais informações, materiais, detalhamentos, etc., os alunos acabam encontrando estímulos para o desenvolvimento das suas competências.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a metodologia de projetos surge como alternativa para a elaboração de uma proposta curricular enfatizando a contextualização dos conteúdos, a interação entre as áreas do conhecimento e a participação ativa dos professores no desenvolvimento da metodologia de ensino. Tanto para o ensino de Ciências, no fundamental, quanto das disciplinas da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias o objetivo é desenvolver habilidades básicas e competências específicas que capacitem os alunos a enfrentar as transformações próprias do seu tempo, apresentando uma postura crítica perante a ciência, a sociedade e suas próprias vidas(Brasil 2000).

 Trabalhar com Feira das Ciências requer a elaboração de projetos junto com Professores e alunos, visando principalmente a interdisciplinaridade e o despertar pela construção do conhecimento dos alunos. 

Em suma, a experiência de Feira das Ciências tem se mostrado satisfatória, quando se ver o aluno interessado pelo trabalho e preocupado em dar o seu melhor para mostrar a sua capacidade e o seu conhecimento para os colegas, professores e comunidade em geral.