Uma compreensão sobre a determinante fecundidade pode ser utilizada como orientação na formulação de políticas socioeconômicas, que têm como objetivo amenizar os níveis de pobreza e promover o crescimento econômico. O presente trabalho justifica-se por este ser um assunto atual e desafiador, apesar de haver estudos a respeito do tema é sempre relevante à busca por uma maior exploração deste assunto, a fim de proporcionar maior conhecimento sobre as transformações pela qual passa a dinâmica demográfica no país. Nos últimos anos houve no Brasil uma redução da taxa de fecundidade. Diante disso pode-se perguntar: a redução da taxa de fecundidade no Brasil é um resultado consciente e deliberado de uma ação proposital, ou existe uma variável que possui peso realmente relevante para essa decisão? A partir deste questionamento o objetivo deste trabalho é conhecer algumas das causas determinantes ou condicionantes sociais que interferem na taxa de fecundidade da população feminina, tendo como foco espacial o Brasil, Região Norte, Amazonas e Boca do Acre utilizando microdados retirados do Censo Demográfico de 2000 e principalmente de 2010 e cruzados no programa computacional REDATAM. Os principais resultados obtidos através da pesquisa indicam que a taxa de fecundidade total no Brasil ficou abaixo do nível de reposição em 2010. Na Região Norte, no Amazonas e em Boca do Acre, a Taxa de Fecundidade Total continua elevada, em média cada mulher tem de 2 a 3 filhos. A relação entre educação e fecundidade tem um relacionamento negativo, porém, em Boca do Acre, a diferença na taxa de fecundidade entre as mulheres com grau de instrução maior é insignificante em relação as que possuem menor nível de instrução. Na variável raça/cor as mulheres indígenas possuem o maior número de filhos, mas em Boca do Acre a população negra é que detém a maior Taxa de Fecundidade Total. A situação conjugal das mulheres também pode influenciar na TFT. A pesquisa revelou que maior índice está entre as mulheres casadas. Os resultados obtidos com este estudo são importantes, pois contribuem para uma melhor compreensão da taxa de fecundidade, das transformações na dinâmica demográfica, para a melhoria de políticas públicas e para a previsões de cenários socioeconômicos futuros.