FATORES INFLUENCIADORES NA PREDISPOSIÇÃO DA CIRROSE HEPÁTICA
Publicado em 30 de setembro de 2013 por Fernanda Dillenburg da Costa
FATORES INFLUENCIADORES NA PREDISPOSIÇÃO DA CIRROSE HEPÁTICA
Doelma Xavier de Araújo1, Fernanda Dillenburg da Costa1,
Juliane Vilela Salomão2, Shayanne Rafaelli Rodrigues1.
1. INTRODUÇÃO
A cirrose hepática é um processo crônico, degenerativo e considerada irreversível em estágios finais, que resulta do aumento progressivo da atividade fibroblástica no fígado, devido a determinadas agressões continuas ao órgão (1). Também possui evolução insidiosa, com quadro clínico que varia de inespecífico a assintomático, conseqüentemente dificultando o diagnóstico precoce e contribuindo de forma significativa para um aumento de número de internações hospitalares (4).
A degeneração das funções hepáticas se agrava juntamente com o avanço da doença que causa danos ao organismo e coloca em risco a vida do indivíduo. Os sinais e sintomas mais frenquentes são: varizes esofágicas, gástricas e hemorroidais, hipertensão portal, icterícia, edema e deficiências nutricionais. Nos exames laboratoriais geralmente evidenciam elevação dos níveis séricos das transaminases hepáticas (AST e ALT), bilirrubina, níveis reduzidos de albumina. O diagnóstico da cirrose hepática pode ser comprovado através da ultra-sonografia e cintilografia hepática (2).
O fígado, estrutura atingida pela patologia supracitada, é responsável por desenvolver funções extremamente importantes no que se diz respeito à produção, armazenamento, biotransformação e excreção de diversas substâncias envolvidas no metabolismo (2). A cirrose atualmente tem sido uma das principais causas de morte no mundo ocidental, contabilizando aproximadamente 27.000 mortes nos EUA em 2004 e mais de 228.145 anos potenciais de vida perdidos. No Estado de São Paulo registrou-se, em 2002, mortalidade de 10,31 por 100.000 habitantes, principalmente na faixa dos 50 aos 59 anos(3).
Nota-se a existência de vários fatores que desencadeiam à formação de cirrose hepática, como infecções, autoimunidade, alterações metabólicas, medicamentos e álcool. No entanto, o alcoolismo crônico e as hepatites virais crônicas estão entre as principais causas da cirrose em diversas regiões do mundo. A forma de reconhecimento dessas doenças é realizada com base no histórico clínico dos pacientes, testes laboratoriais e análise histopatológica do fígado. Não há tratamento capaz de combater a cirrose, logo o objetivo consiste em interromper o avanço da mesma e prevenir possíveis complicações(5,2).
Levando em consideração que o diagnóstico de cirrose têm crescido em nosso meio, sendo responsável por uma grande quantidade de internações hospitalares e mortalidades causando sérios problemas na saúde publica, torna-se evidente a importância de um olhar minucioso e preocupado por parte do governo e dos órgãos responsáveis que possam interferir com ações de treinamento e capacitação para os profissionais, visando a prevenção e orientação da população diante da cirrose hepática. Deste modo tornou-se necessário um estudo mais específico sobre esta problemática.
Para tanto, o objetivo dessa pesquisa é relatar os fatores influenciadores na predisposição da cirrose hepática e reconhecer a atuação dos profissionais de enfermagem que visam a prevenção da cirrose hepática e considerar a educação em saúde como método de prevenção.