FATORES INFLUENCIADORES NA PREDISPOSIÇÃO DA CIRROSE HEPÁTICA

Doelma Xavier de Araújo1, Fernanda Dillenburg da Costa1,

Juliane Vilela Salomão2, Shayanne Rafaelli Rodrigues1.

 

1.      INTRODUÇÃO

A cirrose hepática é um processo crônico, degenerativo e considerada irreversível em estágios finais, que resulta do aumento progressivo da atividade fibroblástica no fígado, devido a determinadas agressões continuas ao órgão (1). Também possui evolução insidiosa, com quadro clínico que varia de inespecífico a assintomático, conseqüentemente dificultando o diagnóstico precoce e contribuindo de forma significativa para um aumento de número de internações hospitalares (4).

A degeneração das funções hepáticas se agrava juntamente com o avanço da doença que causa danos ao organismo e coloca em risco a vida do indivíduo. Os sinais e sintomas mais frenquentes são: varizes esofágicas, gástricas e hemorroidais, hipertensão portal, icterícia, edema e deficiências nutricionais. Nos exames laboratoriais geralmente evidenciam elevação dos níveis séricos das transaminases hepáticas (AST e ALT), bilirrubina, níveis reduzidos de albumina. O diagnóstico da cirrose hepática pode ser comprovado através da ultra-sonografia e cintilografia hepática (2).

O fígado, estrutura atingida pela patologia supracitada, é responsável por desenvolver funções extremamente importantes no que se diz respeito à produção, armazenamento, biotransformação e excreção de diversas substâncias envolvidas no metabolismo (2). A cirrose atualmente tem sido uma das principais causas de morte no mundo ocidental, contabilizando aproximadamente 27.000 mortes nos EUA em 2004 e mais de 228.145 anos potenciais de vida perdidos. No Estado de São Paulo registrou-se, em 2002, mortalidade de 10,31 por 100.000 habitantes, principalmente na faixa dos 50 aos 59 anos(3).

Nota-se a existência de vários fatores que desencadeiam à formação de cirrose hepática, como infecções, autoimunidade, alterações metabólicas, medicamentos e álcool. No entanto, o alcoolismo crônico e as hepatites virais crônicas estão entre as principais causas da cirrose em diversas regiões do mundo. A forma de reconhecimento dessas doenças é realizada com base no histórico clínico dos pacientes, testes laboratoriais e análise histopatológica do fígado. Não há tratamento capaz de combater a cirrose, logo o objetivo consiste em interromper o avanço da mesma e prevenir possíveis complicações(5,2).

Levando em consideração que o diagnóstico de cirrose têm crescido em nosso meio, sendo responsável por uma grande quantidade de internações hospitalares e mortalidades causando sérios problemas na saúde publica, torna-se evidente a importância de um olhar minucioso e preocupado por parte do governo e dos órgãos responsáveis que possam interferir com ações de treinamento e capacitação para os profissionais, visando a prevenção e orientação da população diante da cirrose hepática. Deste modo tornou-se necessário um estudo mais específico sobre esta problemática.

Para tanto, o objetivo dessa pesquisa é relatar os fatores influenciadores na predisposição da cirrose hepática e reconhecer a atuação dos profissionais de enfermagem que visam a prevenção da cirrose hepática e considerar a educação em saúde como método de prevenção.