Resumo

A qualidade de vida no trabalho proporciona uma maior participação por parte dos funcionários, criando um ambiente de integração com superiores, com colegas e com o próprio ambiente de trabalho, visando sempre a compreensão das necessidades dos funcionários. A qualidade de vida é definida como o nível de prazer na vida do ser humano.  As necessidades básicas de uma pessoa devem ser atendidas para que elas tenham uma elevada qualidade de vida. Uma vez que essas necessidades são atendidas, ela se torna determinada pela sua própria personalidade, seus desejos e seu nível de realização pessoal e profissional.  A pessoa sem qualidade de vida é deficiente em uma ou várias áreas básicas de sua vida. Diante de novos perfis de profissionais e de um mercado muito mais dinâmico o grande desafio dos gestores está em desenvolver as pessoas como seres humanos e não apenas como recursos organizacionais. 

Palavras- chave: Qualidade de vida no trabalho, auto-realização humana, motivação, pessoas.

Introdução

O presente artigo tem como objetivo enfocar a importância da tecnologia da qualidade de vida no trabalho como fundamental no processo de motivação das pessoas dentro das organizações. Atualmente, fala-se muito em qualidade: qualidade no serviço, qualidade no atendimento aos clientes, qualidade nos produtos e qualidade de vida e que todos têem como objetivo criar uma organização na qual todos os funcionários estejam trabalhando para fazer dela a melhor do seu campo.

Para ter uma elevada qualidade de vida no trabalho, uma pessoa tem de ser respeitada, colegas e funcionários de alto nível devem tratá-la de forma justa e educada. O trabalho não deve causar qualquer desconforto físico ou angústia mental ao empregado. Ele deve sentir-se como se estivesse fazendo algo agradável ou pelo menos não desagradável. O trabalhador deve sentir que o salário pago é suficiente para o trabalho que ele está executando. Finalmente, ele deve se sentir valorizado ou apreciado, em função da importância do seu trabalho para o crescimento da empresa.

Somente há pouco tempo, a preocupação com a qualidade de vida no trabalho (QVT) destacou-se para a situação de trabalho como parte integrante de uma sociedade complexa e de um ambiente heterogêneo. Segundo Chiavenato (2002, p. 391), “a QVT tem o objetivo de assimilar duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações quanto a seus efeitos sobre a produção e a produtividade”.

Nos dias atuais, com a globalização, as pessoas estão sendo obrigadas a atingir elevados níveis de produtividade, sendo pressionadas pela concorrência, que se torna cada vez mais acirrada em vários mercados. Sabe-se que, a cada dia, os clientes estão se tornando mais exigentes e, com isso, as empresas têm que estar mais preparadas para satisfazer suas exigências. Segundo Dejours (1992), qualidade de vida é uma expressão de difícil conceituação, tendo em vista o seu caráter subjetivo, complexo e multidimensional. Ter qualidade de vida depende, pois, de fatores intrínsecos e extrínsecos. Assim, há uma conotação diferente de qualidade de vida para cada indivíduo, que é decorrente da inclusão desses na sociedade. Terão mais chances de sobreviver as empresas que se proporem a atender aos anseios, expectativas e objetivos dos funcionários. A qualidade de vida no trabalho aliada aos fatores motivacionais,constitui importante ferramenta na busca da satisfação das necessidades das pessoas e é sobre este assunto que se tratará no presente artigo.

Origem de Qualidade de Vida

A origem do movimento de QVT surge em meados da década de 50, mais especificamente na Inglaterra, por meio do trabalho de Eric Trist e colaboradores, que realizam estudos para tentar compreender a relação existente entre indivíduo, trabalho e organização. Eles observam que um dos aspectos fundamentais é a realização do indivíduo no trabalho.

Na década de 60 o movimento da QVT toma impulso a partir da conscientização da importância de se buscar  melhores formas de organizar o trabalho a fim de diminuir os efeitos negativos do mesmo na saúde e bem-estar dos trabalhadores.  Na década de 90, invade todos os espaços, passa a integrar o discurso acadêmico, ao  comportamento nas organizações, os programas de qualidade de vida.

De acordo com Rodrigues (1994, p.76) “a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência com outros títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de sua tarefa”.

No século XX, muitos pesquisadores contribuem para o estudo sobre a satisfação do indivíduo no trabalho. Entre eles destacam-se Helton Mayo, cujas pesquisas, conforme Ferreira et all (1999), Hampton (1991) e Rodrigues (1999), são altamente relevantes para o estudo do comportamento humano, da motivação dos indivíduos para a obtenção das metas organizacionais e da qualidade de vida do trabalhador, principalmente a partir das análises efetuadas na Western Eletric Company (Hawthorne, Chicago) no início da década de 1920, que culminam com a escola de Relações Humanas
O tema toma força e passa a ser  discutido com maior frequência nas organizações, objetiva atender as necessidades psicossociais dos trabalhadores, o desafio é tornar a QVT uma ferramenta gerencial efetiva e não apenas um modismo,como os outros veêm.A falta de QVT abre um imenso precedente para o adoecimento físico, mental e emocional dos trabalhadores.

[...]