Olho para trás!

Não creio no que vejo.

Preciso crer!

Abaixo a cabeça,

Preciso erguer!

Nada fácil, mas preciso.

Quando sem forças,

Não entrevi sobrevivência,

Ainda assim tive que sobreviver!

Sem o sorriso é bem verdade,

Ele se foi, respeitou o momento.

Envergonhado com o que vi, decidi,

Somente regressaria verdadeiro.

 

Olho para cima!

Vejo o que não cria.

Preciso de socorro!

Levanto a cabeça,

Tenho de curvar!

Não mereço, careço.

De Ti logo me veio toda força,

E do Teu existir,

Minha nova existência!

Até a sorte, restaurada,

Invadiu o tempo presente.

Enquanto que o sorriso, escancarado,

Retornou dando conta de um futuro bom.

 

Olho para frente!

Mesmo sem ver, creio.

Confiar é preciso!

Ergo meu olhar,

Tenho de enxergar!

O Teu tempo, meu tempo será.

Se é desejo Teu me tornar ouro,

Aceito o fogo,

Me darás resistência!

O porquê, já não mais importa,

Acredito no Teu ‘tende bom ânimo’.

E seja para onde for à direção do meu olhar,

O Teu, estará em mim até o instante final de meu dia último.