Sobrenome português classificado como toponimico, ou seja de origem geografica, vem do latim Silvaria que seria " uma moita de silvas " silva é o nome de uma planta existente na Europa. Procedem de Giraldo Sem Pavor, que ganhou Évora aos mouros em tempo do rei D. Afonso Henriques. É solar desta familia o Morgado da Silveira em Alentejo e apelido de família da onomástica da língua portuguesa com raízes toponímicas, mais precisamente da Herdade da Silveira (vila de Redondo). Há várias famílias com este apelido na história, como os Silveiras dos Açores que descendem de um nobre flamengo de nome Willem van der Hagen, que ao chegar aos Açores e depois de andar por várias ilhas se radicou no Topo, ilha de São Jorge, onde traduziu o seu nome de de Hagen para "Vandaraga" e, depois, Silveira. A família desta descendência espalhou-se por todas as ilhas dos Açores à excepção da ilha Graciosa, onde os Silveiras aí radicados constituem um ramo dos Silveira do continente português. Os Silveira de Portugal continental são de origens toponímicas e há mais do que uma a usar este nome como continuação da família.
A que foi documentada, desde épocas mais remotas, é descendente de Vasco Lourenço de Silveira,filho de Lourenço Gonçalves, falecido antes de 1330 e que era senhor da Quinta e Paço de Silveira, no termo da localidade de Redondo. O seu descendente Gonçalo Vasques da Silveira, contemporâneo de D. Fernando I, fidalgo , senhor da defesa da Silveira, termo da vila de Redondo, pelos anos de 1378, é também uma das pessoas mais antigas que se conhece a usar o apelido de uma forma corrente, que teria tomado daquele senhorio, e pai de Gonçalo Vasques da Silveira. Foi casado com Alda Rodrigues de Aguiar, filha de Rodrigo Afonso de Aguiar, dos Aguiares de Évora. Tiveram Maria Gonçalves da Silveira, casada com Martim Gil Pestana, alferes-mor da cidade de Évora, filho de Gil Vaz Pestana, que teve o mesmo ofício, e de D. Alda Vicente, com geração que seguiu o apelido de Silveira. Esta família provinha da nobreza dos escudeiros nobres e a respectiva chefia recaiu na Casa dos Condes da Sortelha. Outros Silveiras ainda, são descendentes do Dr. Fernando Afonso da Silveira, que foi embaixador a Castela em 1423. A representação e chefia destas família está no ramo que fundou na Casa dos barões e marqueses de Alvito (castelo de Alvito).
Há Silveira no Brasil, de norte a sul, tudo indica que não sejam da mesma linhagem, uma vez que vieram para o Brasil Silveiras de Portugal e Silveiras da Espanha. Os Silveiras que vieram para o nordeste, principalmente para o litoral de Pernambuco, assim como as demais famílias desse capítulo que aportaram em Salvador ou Recife, são da primeira linhagem portuguesa, mas os de Parnamirim, mesmo sendo da mesma linhagem, são já descendentes de bandeirantes e sertanistas brasileiros, filhos de paulistas, mineiros e baianos. Os Silveiras que aportaram em Santos e Porto Alegre vieram em segunda leva emigratória,mais tarde na História da Colonização do Brasil. Essas famílias de sobrenome Silveira sempre estiveram associadas às famílias Silva, Pereira, Alencar, Rodrigues, Costa e Ferreira, desde suas origens em Portugal, considerando que as famílias que vieram por ultimo já traziam casais e filhos, com seus brasões e armas de autorização de ocupação, vindo diretamente para o sertão para abrir fazendas de gado. Do mesmo modo que as famílias Silva e Ferreira, os Silveiras aparecem em grande quantidade em Flores, Serra Talhada, Cabrobó e Salgueiro. Em Parnamirim, Silveira é o mesmo que Silva associado à Ferreira, Pereira, Leite e Rodrigues, a maioria remanescentes das fazendas Mororó, Curiaca, Peixoto, Mandassaia e Timbaúba.