Os Mirandas provêm da família de Afonso Peris de Chameca cidadão principal de Lisboa, dos que ajudaram D. João I no começo do seu reinado e um dos cinco companheiros que D. Nuno Alvares Pereira tomou quandel tomou para seu conselho. Teve o senhorio dos Alçacovas e de outras terras e, também de dos lugares de El-Rei em Lisboa, os quais lhes foram dados pelos serviços que prestou Afonso Peris recebeu-se com constança Esteves, de quem teve, entre outros a Martim Afonso da Chameca, o qual andou em demanda com seu irmão Afonso Rodrigues por causa de herança. As Alçacovas e lugares de El-Rei cabendo-lhe tudo por mandado de D. João I se bem que era clérigo foi enviado por embaixador a França, de onde se diz que trouxe uma senhora francesa, que outros pretendem ser castelhana, a chamar-se de D. Mércia Gonçalves de Miranda, do qual houve filhos, que tomaram o seu apelido por a sua muito nobre linhagem. Foi arcebispo de Braga e instituiu dois vinculos que deixou aos dois filhos mais velhos o Rei lhe doou S.Cristovão de Lisboa onde fez uma capela para cabeça do vinculo principal em cujo compromisso mandou que seus descendentes se chamassem Miranda sepultou-se na referida capela.
Seus filhos foram Martim Afonso de Miranda rico-homem, senhor do morgado da Patameira junto de Torres Vedas, instituido por seu pai, o qual se recebeu com D.Genebra Pereira filhad de Aires Gonçalves de Figueiredo, com geração Fernão Gonçalves de Miranda, senhor do segundo morgado instituido por seu pai, rico-homem, casado com D. Branca de Sousa, filha de Afonso Vaz de Sousa com geração de D. Margarida de Miranda primeira mulher de D. Pedro de Meneses, 2º Conde de Viana de Aires Comes de Silva com geração; e de D. Maria de Riba de Vazela, com geração. È um sobrenome português toponímico, do latim Miranda que significa " coisa digna de admiração ".
Os membros dessa família tomaram o nome da cidade de Miranda, onde tiveram a alcaidaria-mor. É também um sobrenome espanhol, um cavaleiro da casa de Ponce de Leon povoou em Asturias e deu origem a linhagem Miranda, sendo Albar Diaz de Miranda o primeiro a utilizar o nome. Esta família tirou o apelido da cidade de Miranda, em Portugal, onde tiveram a alcaidaria-mór, o cavaleiro Obrão de Miranda se achou com o Rei Godo D. Rodrigo na batalha de Guadalete, em 714, sendo depois um dos primeiros a se reunir ao Rei D. Pelagio. Em Portugal, descendem do mesmo o arcebispo D. Martim Afonso e D. Emília Gonçalves de Miranda. Existe também a variação Miranda Henrique, apelido também de origem portuguesa formado a partir do casamento de aires de Miranda, alcaide-mor de Vila Viçosa(filho de Martim Afonso de Miranda, 2º Senhor do morgado da Patameira, e neto de D. Martim Afonso de Miranda ou de Charneca, Bispo de Coimbra de 1386 a 1398, com D. Briolanja Henriques, filha de D. Fernando Henriques, 2º Senhor de Barbacena, e bisneta de Henrique II de Castela, no tempo do Rei D. Duarte de Portugal. Alguns dos seus membros também utilizaram a forma Henriques de Miranda. Há dois títulos nobliárquicos portugueses utilizados por membros dessa família: o dos Condes de Sandomil e do Visconde de Sousel. No Brasil essa família possui várias figuras de destaque nas artes, na literatura, na música e na política. Em Pernambuco, os Mirandas dedicam-se a diversas áreas de atividades culturais, sociais e econômicas. Em Parnamirim há Miranda músicos, professores, empresários, comrciantes e profissionais da educação e da agropecuária. Dois ramos transferiram-se para o Nordeste brasileiro no século XVIII, mais precisamente para a Paraíba e Pernambuco,onde se dedicaram à criação de carneiros e gado e á plantação de cana e algodão.