Em Portugal procedem de D. Pedro Bernardo de Sahagun, o qual recebeu a "Vila de Meneses" da qual resultou o sobrenome para os seus descendentes. A família Menezes já era aristocrata em Leão e Galiza antes de Portugal ser nação em 1143. No palácio de Sintra encontra-se no teto os escudos das 12 mais importantes famílias portuguesas. O escudo dos Menezes não tem qualquer desenho porque sendo a primeira família portuguesa com escudo/brasão não necessitava de qualquer elemento secundário identificativo. As outras famílias é que tinham de identificar os seus escudos com ornamentos próprios (Nobiliário manuscrito de Damião de Góis). Conta-se que a filha do Rei Ordonho II de Leão, a princesa Ximena fugiu da casa real para casar com um lavrador. Por coincidência o rei durante uma caçada foi comer na casa desse lavrador. A filha reconhecendo-o da cozinha preparou-lhe a refeição e deixou-a servir pelos seus dois filhos tão louros quanto ela. Também pousou o seu anel de rubis dado pelo pai real no seu prato. O pai comovido reconcilia-se com a filha e muda o nome do lavrador de Telo para Telles. Assim deu-se início à família Telles de Menezes em cujo brasão se pode ver em cima do escudo liso uma dama loura e sobre o escudo se pode pousar um anel (Camilo Castelo Branco ? Novelas do Minho).
Esta família nobre, mais tarde passa outra vez a pertencer à família real, quando a divorciada dama Leonor Telles de Menezes casa com o divorciado Rei de Portugal D. Fernando, tornando-se rainha de Portugal. Muito mais tarde quando o rei D. Carlos foi assassinado com o seu filho que levou à abolição da monarquia em Portugal, começou a perseguição aos aristocratas. No livro "A Selva", de Ferreira de Castro vê-se como estes Menezes aterrorizados foram se esconder na Amazônia para pouparem as suas vidas. A união da filha herdeira de D. Afonso Teles de Menezes com o Infante D. Afonso de Molina, irmão de D. Fernando, Rei de Castela, ligou a linhagem primogênita dos Menezes à família real de Castela.
Em Portugal, os Menezes mantiveram fortes laços com a família real, tendo D. Leonor Teles contraido matrimônio com o Rei D. Fernando I. Nobres que participaram da campanha portuguesa em terras de África D. Simão de Menezes; D. Aleixo de Menezes; D. Duarte de Menezes; D. Henrique de Menezes e D. Felipe de Menezes;D. Duarte de Menezes acompanhou o Rei D. Afonso V, O Africano, no século XV;D. Diogo de Menezes ? Antigo governador da Índia. João Rodrigues de Sá e Menezes ? Primeiro conde de Penaguião. Camareiro dos reis D. João IV e D. Afonso VI, conselheiro de estado e embaixador em Londres;D. João de Menezes ? Camareiro do príncipe D. João; D. Antonio Luiz de Menezes o qual cooperou para a restauração da Casa de Bragança, em 1640. Fez parte da embaixada que negociou a paz com a Espanha;Gonçalo da Costa Menezes, Provedor-mor do reino de Angola, em 1692, pediu ao governador-geral do Brasil, Câmara Coutinho, reforços para enfrentar os rebeldes angolanos comandados pelo negro Ambrule;Manuel de Magalhães de Menezes, Conselheiro real em 1674; Tenente-General Francisco da Cunha e Menezes, Marquês de Abrantes, participou da Regência que governou o reino de Portugal, quando do embarque da corte portuguesa para o Brasil, em 1807;Pedro Francisco Bacelar de Antas e Menezes, Governador da Ilha da Madeira em 1807;João Rodrigues de Sá e Menezes, Visconde e Conde de Anadia. Pelo aviso de 1º de outubro de 1801, quando ministro do Reino, recomendou ao vice-rei, a inoculação da vacina antivariólica a população.
A família Menezes marcou presença no Brasil desde o inicio da colonização. O 1º que se tem noticia documentada, foi D. Jorge de Menezes, que iniciou carreira militar na Índia em 1520 e participou de vários combates, tendo a mão direita decepada em uma batalha. Em reconhecimento, foi nomeado por D. João III, governador das ilhas Molucas. Durante a viagem da Índia para as ilhas, D. Jorge de Menezes, descobriu a Nova Guiné. Não foi um bom governador, tendo cometido várias arbitrariedades. Quando o Rei D. João III tomou conhecimento do ocorrido, mandou aprisionar o fidalgo e condenou-o a pena de degredo em terras brasileiras.
Por volta de 1535, D. Jorge de Menezes chegou ao Brasil a bordo da nau Glória, em companhia do donatário Vasco Coutinho, fixando-se na capitania do Espírito Santo.Não demorou muito e meteu-se em novas confusões, sendo novamente preso e condenado à morte. A Bahia foi a principal capitania onde os Menezes se estabeleceram.Um dos primeiros que ali residiu foi o governador-geral D. Diogo de Menezes e Siqueira, que conquistou o Maranhão e o Ceará. Em 1625 a esquadra comandada por D. Fradique de Toledo Osório, que veio libertar a Bahia, tinha várias naus comandadas por membros dos Menezes: D. Manuel de Menezes, Rui Barreto de Moura Menezes, D. Diogo Teles de Menezes, D. Antonio de Menezes e Francisco de Sá e Menezes e seus filhos.Ainda na Bahia, Antonio Teles de Menezes, Conde de Vilapouca de Aguiar; Antonio Furtado de Mendonça Castro do Rio e Menezes, conhecido como ?O Braço de Prata?; Antonio Luis de Souza Teles de Menezes, segundo marquês das Minas: Vasco Fernando César de Menezes, quarto vice-rei e D. Luis Pedro Peregrino de Carvalho Menezes de Ataíde, sexto vice-rei. Na batalha dos Guararapes D. Francisco Barreto de Menezes, comandou as tropas luso-brasileiras.Quando desempenhava o cargo de alcaide-mor, na Bahia, Francisco Teles de Menezes foi assassinado na Rua-atrás-da-sé por oito mascarados. Destacam-se nesse tempo, os provedores da Santa Casa da Misericórdia em Salvador, Rodrigo José de Menezes e Manuel Coelho de São Payo e Menezes (Sampaio de Menezes). Depois que a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, vários Menezes governaram a Bahia: Manuel da Cunha Menezes; Manoel Inácio da Cunha Menezes, senador do Império e presidente da província da Bahia. Antonio de Brito Freire de Menezes governou São Paulo; Nas Minas Gerais, encontra-se o nome de D. Rodrigo César de Menezes na conjuração mineira, quando era governador D. Luis da Cunha e Menezes.
No período de 1697 a 1703, no governo por Artur de Sá e Menezes no Rio de Janeiro, sucederam-se por hereditariedade no juizado de Órfãos, D. Diogo Lobo Teles de Menezes, sendo substituído após sua morte por seu filho Francisco Teles Barreto de Menezes, que foi substituído por Luis Teles Barreto de Menezes, que deu sucessão a seu filho, Francisco Teles Barreto de Menezes, uma verdadeira dinastia de Menezes, e após breve hiato, outro membro da família, Antonio Teles Barreto de Menezes, assumiu o cargo. Nos jornais da época foi noticiado que na madrugada de 20 de junho de 1790, um incêndio destruiu a casa do juiz Francisco Teles Barreto de Menezes. Esta residência localizava-se na atual praça XV de novembro, defronte da também atual igreja de N.S. do Carmo. O local da antiga casa é conhecido hoje em dia como Arco do Teles. Encontra-se nas crônicas de 1810, a história do alferes da linha de Moçambique, Augusto César de Menezes conhecido como um terrível arruaceiro, era o terror da cidade, brigando sem qualquer motivo e dando muito trabalho a policia.Tantas fez que o príncipe D. Pedro ordenou por decreto de 02 de abril de 1810, sua demissão do exército e seu degredo para o presídio de Angoche, na África, de onde não poderia mais voltar, sob pena de condenação à morte. Francisco de Sá e Menezes, que governou o Maranhão, foi acusado de ser aliado de Manuel Beckman, no movimento nativista conhecido como a"Revolta de Beckman" em 1684. Os Menezes são conhecidos por seu amor à arte. São vários os nomes da família Menezes ligados à literatura, poesia e música. Entre os condes de Ericeira destacou-se D. Luis de Menezes, autor da obra ?Historia de Portugal Restaurado.' Sua esposa D. Joana Josefa de Menezes, foi uma renomada escritora e poliglota.
No Brasil, Agrário de Menezes e Emílio de Menezes, são grandes nomes da poesia. No interior de Pernambuco os Menezes participaram e participam da política com cargos e funções, tais como vereadores, prefeitos, governadores e senadores. Em Parnamirim, Ulisses Menezes que era farmacêutico, foi prefeito, no período de 1944 a 1945 em sucessão a outro farmacêutico prefeito intendente Antonio de Sá Neves. Em sua gestão Ulisses Menezes foi responsável pelas primeiras escolas oficiais com professores formados, inclusive destacando-se como professoras Dona Aurora Menezes e Dona Ivalda Menezes.