Artigo escrito pelas professoras Karina Rech Herves, Letícia Rizzon Pires e Lidiane Leonardelli da Escola de Educação Infantil Amor Perfeito.

Família e escola nos dias atuais 

Já não existe um modelo básico da família, mas sim uma diversidade cada vez mais ampla. Mas afinal, o que é a família? A família é a primeira instituição social da qual fazemos parte. Antigamente a família era formada por pai, mãe e filhos, sujeita a leis, normas e papéis muito precisos, definidos sobre hierarquia do pai. Praticamente não se podia escolher nada, tudo era imposto e tinha de ser de determinada maneira.

Hoje a família sofre um processo em que as pessoas tomam decisões de como vai ser a sua família, o seu grau de compromisso, a fato de ter filhos ou não, o sexo do casal, a durabilidade da relação. É por isso que já não existe apenas um modelo básico de família, mas sim uma diversidade cada vez mais ampla.

Não existe um modelo de família ideal no qual as condições necessárias para a transmissão familiar estejam garantidas. É certo que as relações estabelecidas entre adultos e as crianças resultarão em vínculos afetivos que podem favorecer a construção de aprendizagens e conhecimentos mútuos. Nunca foi tão importante o contato humano, e as crianças sentem isso. Muitas vezes elas são rodeadas de aparelhos e tão poucas pessoas para tocá-las, falar com elas e ensinar-lhes o que necessitam saber. Normas e valores são fundamentais na educação de uma pessoa e a família é responsável por esta transmissão.

Porém, essa nova configuração familiar pode gerar certa insegurança nos filhos diante de algo tão essencial que é a família. As crianças precisam estabelecer um vínculo de apego seguro, estável e eficaz pelo menos com uma pessoa adulta. O adulto tem o papel de resolver suas necessidades físicas, de saúde e escolares e ajudar os pequenos a estabelecer relações sociais com outras pessoas. Portanto, a virtude de uma família não está em ser convencional, e sim em sua capacidade de satisfazer as necessidades infantis.

Os adultos podem ajudar as crianças a encontrar significado para as mudanças emocionais pelas quais vivenciam. A família e a escola precisam estar em diálogo permanente.

Nós, enquanto educadoras acreditamos que a família é e continuará sendo o núcleo afetivo e socializador para as crianças. Ela não irá desaparecer, suas formas serão diversas, porém é de uma importância fundamental.