Ser ético é fazer tudo aquilo que de uma maneira ou outra contribua para o bem de si mesmo e do próximo. Diante deste conceito podemos presumir que ser cem por cento ético é quase que impossível, quanto mais vivendo em um país capitalista e democrático do direito, estes são institutos que tem todos os atributos para proporcionar ao povo que vive sob estes domínios serem éticos, porém não é o que se constata.

Regime capitalista da oportunidade a todos que laboram receber uma vantagem, um lucro, ou seja, um pagamento em troca do seu serviço prestado e assim terá condições de aumentar o seu capital, ou, os seus bens, até aí nada demais, porém sempre existem aqueles que nunca querem sair perdendo ou mesmo empatando, preferem ganhar sempre e por isso não medem as conseqüências para que isto aconteça. Na maioria das vezes são desprovidos de um pouquinho que seja de ética na relação trabalhista.

Empregadores querem nas relações com os empregados pagarem salários ínfimos ao trabalho árduo, não oferecem proteção à saúde dos que fazem as atividades, entre outras formas de desrespeito.

Empregados também têm algumas atitudes que demonstram a falta de ética por parte deles, podemos citar como tais, não executam as tarefas com presteza e cuidados necessários, não buscam a capacitação devida, entre outras.

Estado Democrático de Direito traz explícito em sua Constituição os direitos e garantias daqueles que vivem sob o seu domínio.

Falar o que pensam ter opiniões disto ou daquilo, são alguns direitos garantidos na Carta Magna, porém é vedado o anonimato, salvo na profissão do jornalista que tem o dever de transmitir às informações a sociedade para que esta através dos órgãos competentes denuncie aqueles que praticam crimes e lesionam todos os que trabalham e faz com que o desenvolvimento aconteça. Nesta afirmação é possível verificar a existência da ética e da sua falta, as informações trazidas de forma correta pelos profissionais reproduz uma características do ser ético, já a prática dos crimes além de ilegal, imoral é sem dúvida nenhuma antiético.

Porém, uma das coisas que mais me intriga e talvez seja criticada pela minha opinião, mas não se esqueçam, vivemos em um Estado Democrático, é o direito que temos de falar de forma que banalizam as atitudes das pessoas, estas que na maioria das vezes já são totalmente desprovidas de boas qualidades e acostumadas com a impunidade, ao invés de se envergonharem e não mais cometerem tais condutas ganha ainda mais força e fica tudo bem.

Para ilustrar o que afirmei transcrevo uma situação que vivi em janeiro de 2010, e que todos que forem a este local com certeza também viverá.

"Visitei o Congresso Nacional em Brasília e fiquei indignada, surpresa, espantada, sei lá, qual foi o meu sentimento, melhor é dizer o que aconteceu: o guia turístico daquela CASA que nos acompanhou foi muito atencioso e simpático, porém, a minha surpresa foi que naquele lugar onde se presume ser o mais ético do país, veja bem, eu disse se presume, pois ali atua os representantes do povo brasileiro e ganham e muito bem para fazerem isto, mas, vira – mexe, mexe – vira, praticam atitudes ilegais, imorais e antiéticas e estas atitudes são expostas pelos guias como se estivessem na feira livre vendendo bananas, tomates, peixes ou qualquer outra tipo de iguarias valiosas ou de pouco valor".

E daí? Depois de tudo isto, é ou não é, difícil ser cem por cento éticos, vivendo em um Estado Democrático de Direito? Pois, podemos falar e falamos, banalizar e banalizamos e ainda mais, aceitamos a banalização dentro da CASA onde autoridades que têm o dever de nos representar, e deveria fazer com que nos orgulhássemos de sermos brasileiros, muitas vezes, se não sempre, acontece o contrário, ou seja, envergonhamos por causa de atitudes antiéticas de nossos representantes que são expostas não só por funcionários daquela CASA, mas como uma forma talvez de ironizar por todos brasileiros, ou melhor, brasileiros, estrangeiros residentes ou não neste PAÍS.

Romilda Lazara Martins Arantes

Faculdade Aldete Maria Alves

18/04/2010