Explicação do mecanismo do processo de aprendizagem.

Cérebro não funciona por compartimentos, como  quis entender Freud no desenvolvimento da sua psicanálise,  as denominadas   áreas distintas, o que se entende por consciência propriamente dita,a pré-consciência ou a inconsciência, que denomina-se inconsciente.

São divisões imaginárias, criadas por ele para justificar comportamentos humanos, o cérebro é um todo e funciona na sua complexidade dentro de um mecanismo próprio de desenvolvimento,  produto do tempo histórico e das culturas desse tempo.

Motivo pelo qual existe uma diversidade de cérebros, ou seja, de lógicas funcionais em consonância com a realidade do desenvolvimento de um povo ou das pessoas em particulares.

A grande questão entendida, é que não existe uma única cultura para um determinado povo, uma mesma cultura com aspectos divergentes, contraditórios.

  Quando essas culturas ou fragmentos delas, se mimetizam esse mecanismo prevalece, desde que não exista a lógica de uma  ou mais etnia cultural sobre as demais em referência.

      O individuo fica completamente perdido, mas a produção das diversas culturas não se manifesta nas subdivisões do cérebro elaborado por Freud.

Elas se dão de forma mimética no mesmo mecanismo cerebral, de acordo com diversas proporcionalidades, que poderão levar a pessoa a perder o rumo das suas lógicas culturais e comportar não adequadamente aos valores  das referências.   

A epistemologia proposta por mim desenvolvida pela formulação de uma lógica não ideológica,  o individuo, ao ter o máximo de domínio dos processos de sínteses em suas  diversas razões, não ao desenvolvimento das valorações ideológicas.

O que implica em criar uma segunda razão, para trabalhar com o seguinte mecanismo, aproveitar a lógica complexa, os aspectos fundamentais de determinadas epistemologias como valorações científicas.

Quando a pessoa trabalha com o mecanismo da primeira razão, como é proposto por Freud ou qualquer outro pensador, faz do pensamento ideologia e não Ciências, a não ser quando o sujeito  faz uso do método indutivo, aplicação epistemológica especificamente  nas ciências da natureza e não nas ciências do espírito.

Por um simples motivo, as ciências do espírito, o objeto em estudo é tão produto da cultura como o espírito conhecedor, de tal modo que o conhecimento pelo menos em parte transforma-se evidentemente em ideologia.

Quando as mesmas se confrontam em diversas proposições das contradições, os motivos das doenças psicológicas, a não ser que sejam exatamente por alguma questão neurológica o que é muito difícil, isso não significa que não as  tenha em diversas situações.

Durante vários anos como professor procurei efetivar esse estudo dentro do mecanismo do processo pedagógico, percebi que o rendimento, particularmente, ou fracasso, está sempre associado a diversos mecanismos alheios ao processo pedagógico.

A grande questão colocada sempre foi meramente ideológica, certas valorações culturais de antropologias diversas impediam ao bom desenvolvimento do aluno.

 Isso no uso de diversos métodos, esse mecanismo não atinge apenas aos alunos, mas também aos professores.

Talvez o principal mecanismo da recusa epistemológica do saber, está associado a certos mecanismos de valores religiosos, percebia sempre empiricamente que os alunos com valorações procedimentos da fé, criavam bloqueios de aprendizagem em Biologia.

 Em  razão da justificação de que  homem nasceu e desenvolveu por mecanismos naturais ligados a evolução das espécies em geral, essa ideia  leva ao aluno a recusa da aprendizagem, e faz por exemplo sua escolha a disciplina de matemática.

Do mesmo modo, os alunos recusavam aprendizagem a outras disciplinas associadas à mesma lógica explicativa que contrariava os preceitos das suas valorações culturais, como Química Física, etc.

 Exemplo muito marcante em minha vida sempre estudei em seminário de padre, vivia num convento, nos estudos de Filosofia, percebia, que  seminaristas alienados religiosamente com concepções arcaicas da fé, não conseguia entender algumas doutrinas da Filosofia, fracassava nas teorias de Nietzsche, Sartre, Marx etc.

Entretanto, os mesmos alunos eram bem sucedidos em Agostinho, Tomás de Aquino, Aristóteles, Platão.  A explicação justifica-se apenas por fundamentos da ordem do bloqueio ideológico.

  Naturalmente que existem outros fatores de ordem social exclusivamente, a má alimentação leva a formação não completa nos neurônios, tipos sais e vitaminas entre outros elementos, sendo que a deficiência na formação dos neurônios impossibilita ao desenvolvimento das aprendizagens e a retenção dos processos de sínteses.

O que significa que o fracasso no processo de aprendizagem resulta de mecanismos diversos, não adiante fazer uso de uma ou outra pedagogia quando não são identificadas as verdadeiras causas do fracasso escolar.

Edjar Dias de Vasconcelos.