Experiência De Uma Orientação Em Pesquisa De Campo Com Alunos Do 1o Ano De Ciências Sociais (UEL ? 1997)
Publicado em 03 de julho de 2008 por Djalmira Sá Almeida
Os alunos do primeiro ano do curso de Ciências Sociais da UEL de 1997, sob minha orientação, tiveram uma primeira experiência em pesquisa de campo, visando observar e descrever as variações lingüísticas entre quatro categorias de profissionais liberais: padres, advogados, professores e comerciantes.
A idéia de entrevistar pessoas para relatar por escrito surgiu da necessidade de orientar os trabalhos acadêmicos do primeiro ano da disciplina especial de Análise e Produção de Textos. Os alunos teriam que pesquisar a respeito de variação lingüística os tópicos sobre o ato da comunicação nas Ciências Sociais: as funções da linguagem; os fatos que provocaram tal variação, os níveis de linguagem de diversos grupos sociais e características do texto dissertativo de caráter científico.
Após leituras e pesquisas bibliográficas, os alunos escolheram os grupos, montaram as questões para as entrevistas e criaram os critérios de rejeição e aceitação de informantes, considerando, inicialmente, o interesse de investigar o léxico utilizado por pessoa que, em seu trabalho diário, utilizam a linguagem verbal para interagir com outros grupos. Formaram 4 grupos de 5 elementos para entrevistar 4 categorias, sendo 1 entrevistador para cada entrevistado, de modo que, cada grupo de 5 tivesse cinco entrevistas, totalizando 20 entrevistados.
Para os alunos, o interesse, além do cumprimento da tarefa escolar, também era trazer dados diferentes para apresentar em seminários na oficina de textos. Para mim, a intenção foi aproveitar os dados da pesquisa para analisar os estágios labovianos, tanto nas falas dos alunos, durante as apresentações das entrevistas, quanto das falas gravadas dos entrevistados para observar a variação do léxico e os níveis de aquisição da linguagem de todas falas apresentadas (alunos entrevistados).
Dos grupos de comerciantes e padres não fiz levantamento em razão da exigüidade do tempo; evidenciei apenas os termos que foram rejeitados nas perguntas e (aceitos) incorporados nas respostas.
Foram os seguintes termos rejeitados e aceitos pelos grupos (para caracterizar sua clientela): - Professores: (rejeição) cliente, freguês, irmão, usuário, companheiros, seguidores, discípulos, adeptos. Aceitação: aluno, educando, aprendiz. - Comerciantes: (rejeição) irmão, amigo, discípulos, seguidores, adeptos. Aceitação: cliente, freguês, usuário, comprador - Padres: (rejeição) freguês (mas aceitam freguesia), irmão, cliente, usuário, adeptos, seguidores, companheiros, amigos. Aceitação: fiéis, discípulos, cristãos. - Advogados: (rejeição) freguês, companheiros, discípulos, amigos, usuários. Aceitação: clientes, pacientes.
A idéia de entrevistar pessoas para relatar por escrito surgiu da necessidade de orientar os trabalhos acadêmicos do primeiro ano da disciplina especial de Análise e Produção de Textos. Os alunos teriam que pesquisar a respeito de variação lingüística os tópicos sobre o ato da comunicação nas Ciências Sociais: as funções da linguagem; os fatos que provocaram tal variação, os níveis de linguagem de diversos grupos sociais e características do texto dissertativo de caráter científico.
Após leituras e pesquisas bibliográficas, os alunos escolheram os grupos, montaram as questões para as entrevistas e criaram os critérios de rejeição e aceitação de informantes, considerando, inicialmente, o interesse de investigar o léxico utilizado por pessoa que, em seu trabalho diário, utilizam a linguagem verbal para interagir com outros grupos. Formaram 4 grupos de 5 elementos para entrevistar 4 categorias, sendo 1 entrevistador para cada entrevistado, de modo que, cada grupo de 5 tivesse cinco entrevistas, totalizando 20 entrevistados.
Para os alunos, o interesse, além do cumprimento da tarefa escolar, também era trazer dados diferentes para apresentar em seminários na oficina de textos. Para mim, a intenção foi aproveitar os dados da pesquisa para analisar os estágios labovianos, tanto nas falas dos alunos, durante as apresentações das entrevistas, quanto das falas gravadas dos entrevistados para observar a variação do léxico e os níveis de aquisição da linguagem de todas falas apresentadas (alunos entrevistados).
Dos grupos de comerciantes e padres não fiz levantamento em razão da exigüidade do tempo; evidenciei apenas os termos que foram rejeitados nas perguntas e (aceitos) incorporados nas respostas.
Foram os seguintes termos rejeitados e aceitos pelos grupos (para caracterizar sua clientela): - Professores: (rejeição) cliente, freguês, irmão, usuário, companheiros, seguidores, discípulos, adeptos. Aceitação: aluno, educando, aprendiz. - Comerciantes: (rejeição) irmão, amigo, discípulos, seguidores, adeptos. Aceitação: cliente, freguês, usuário, comprador - Padres: (rejeição) freguês (mas aceitam freguesia), irmão, cliente, usuário, adeptos, seguidores, companheiros, amigos. Aceitação: fiéis, discípulos, cristãos. - Advogados: (rejeição) freguês, companheiros, discípulos, amigos, usuários. Aceitação: clientes, pacientes.